Condenada e bloqueada de rol, mulher é flagrada em visita no CDP I de Osasco/SP; vídeo

Já condenada pela Justiça, Lorraine Cutier Bauer Romeiro, que cumpre prisão domiciliar, mesmo proibida, adentrou o CDP I de Osasco e lá ficou por mais de 06:00 horas em visitação ao companheiro.

Leandro Leandro

30/01/2024

Lorraine Cutier Bauer Romeiro, conhecida como "Gatinha da Cracolândia" na região da rua Helvétia, condenada por tráfico de drogas na cracolândia, conseguiu a liberdade em decisão do STJ - @Lo Bauer no Instagram

SÃO PAULO - A influenciadora digital Lorraine Cutier Bauer Romeiro, conseguiu mesmo estando proibida e suspensa do Rol de Visitas, adentrar a Unidade Prisional do Centro de Detenção Provisória (CDP) I "ASP Ederson Vieira de Jesus" de Osasco, e lá permanecer por mais de 06:00 horas. Situação inusitada e inaceitável e que deve ser cobrada com rigor pela atual Administração.

Diante de um fato tão surreal e totalmente descabido, para todos entenderem a situação da SAP/SP, e a necessidade urgente que se faz da Regulamentação da Polícia Penal, vez que as áreas carcerárias das Unidades Prisionais serão geridas e administradas enfim pelos Políciais Penais, e que esperamos que seja um "Operacional de Fato", não destes que colocam a farda, ou o uniforme preto apenas para ter o curriculo do "Curso do Gir," e para posar para fotografias.

Atualmente pessoas indicadas por compadrios e favores atuam nas direções de muitas Unidades, situação que já advém de décadas, e que não pode ser jogada como responsabilidade desta Gestão. e não podemos generalizar de forma alguma, pois existem pessoas de altissíma competência, e que eu as conheço particularmente, sérias e comprometidas com uma boa e disciplinada administração. 

Os fatos ocorreram no  Centro de Detenção Provisória (CDP) I "ASP Ederson Vieira de Jesus" de Osasco

Mesmo porque não sabemos o que ocorreu e nem qual foi a motivação de ela ter conseguido adentrar a U.P.. mesmo estando bloqueada no Rol de Visitas, o que apenas as investigações e apurações posteriores irão poder confirmar se houve ou não favorecimento, se houve ou não uma falha humana.

Mas assim também como existem pessoas de péssima índole ocupando cargos sem nenhuma competência, apenas pelo prazer de ter o poder e poder massacrar, humilhar e prejudicar seus subordinados e, que delegam poderes a indivíduos ainda menos capacitados, e isso é o que gera muitas vezes caos, indisciplina, motins e o nome da SAP nas mídias, com notícias que fazem os cidadãos que pagam impostos ficarem com os pelos da nuca arrepiados e vermelhos de vergonha. 

Mas acredito que com o advento da Regulamentação da Polícia Penal, protocolos rigídos de segurança devem ser criados e colocados em operação. E se de fato houver favorecimentos, ou falhas gravissímas como esta, devem ser cobradas a altura do favorecimento ou da falha cometida. 

A denúncia

Quem é Lorraine Cutier?

A influenciadora digital Lorraine Cutier Bauer Romeiro, deixou a prisão após conseguir um habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ela foi condenada a cinco anos de prisão por tráfico de drogas na cracolândia, no centro de São Paulo.

Na última terça-feira (13/12/2022), a Sexta Turma do STJ atendeu pedido da defesa e estendeu a ela os efeitos de habeas corpus conseguido por outro réu. A prisão deve ser substituída, segundo a decisão, por medidas cautelares a serem fixadas pelo Juízo de Direito da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital.

Lorraine foi presa em 30 de junho de 2021 na rua Helvetia, em Santa Cecília, com dez embalagens unitárias de cocaína, seis de maconha e dez pedras de crack escondidas em suas roupas íntimas, segundo consta no processo.

De acordo com a denúncia, o entorpecente estava embalado de forma unitária e pronto para venda. Na ocasião, os investigadores apontaram que ela era conhecida na região como Gatinha da Cracolândia.

Flagrante de venda de drogas na Rua Helvétia onde Lorraine foi presa pela primeira vez - Imagem:  Danilo Verpa/Folhapress

Ainda segundo o processo, ao ser interrogada em juízo, a influenciadora negou a acusação de tráfico de drogas. Conforme os autos, ela afirmou que apenas acompanhava o namorado que trabalha na região da cracolândia, quando saiu correndo durante uma operação policial, pois nunca havia passado por uma situação como aquela.

Policiais militares que fizeram a prisão disseram que avistaram a influenciadora, que já era conhecida por fotos feitas pela Guarda Civil Metropolitana, no meio do fluxo de usuários de drogas. Segundo a PM, Lorraine permaneceu em silêncio na ocasião e tinha drogas escondidas no sutiã e na calcinha.

A policial militar que fez a prisão afirmou à Justiça que dava auxílio à GCM para limpeza da região, com a migração do grupo de pessoas de um local para o outro, "quando notou a ré andando no fluxo livremente, demonstrando certa hierarquia" e que "eles abriam caminho para ela".

O magistrado afirmou na sentença que a influenciadora não apresentou nenhuma testemunha que pudesse confirmar sua versão dos fatos, nem mesmo o ex-namorado. "Seu relato encontra-se isolado no contexto probatório com o qual, aliás, colide frontalmente."

Fluxo do comércio de drogas na Cracolândia, situada na Rua Helvétia e imediações, onde Lorraine
foi presa pela primeira vez - Imagem:  Danilo Verpa/Folhapress

A advogada Patricia Aparecida Teixeira de Araújo Carvalho afirmou, à época, que ia recorrer da condenação e buscar redutores de pena. Segundo ela, o juiz, entre outras coisas, não levou em consideração a quantidade mínima de drogas citadas na ação.

Também vai recorrer da multa de R$ 50 mil aplicada pelo juiz. "Ela não trabalha e não se pode alegar que é de família de empresários, porque a pena é dela", disse a advogada.

SEGUNDA PRISÃO

Menos de um mês depois da operação na cracolândia, Lorraine foi presa novamente, em 22 de junho de 2021, em Barueri, na Grande São Paulo.

Os investigadores encontraram a jovem na casa de seu companheiro, no Jardim Timbauhy –o homem já havia sido preso por tráfico anteriormente. Segundo a Polícia Civil, mais de 400 porções de crack, cocaína, maconha e ecstasy, além de quase cem frascos de lança-perfume, foram apreendidas no imóvel.

Lorraine também foi detida. Ainda de acordo com a versão policial, a jovem indicou que drogas eram armazenadas em prédio invadido na rua Helvetia, no centro de São Paulo. Lá, os agentes afirmam ter apreendido uma mochila com 85 porções de maconha, 295 de cocaína e 8 de crack.

Também foram localizados 97 frascos de lança-perfume, 16 comprimidos de ecstasy, R$ 750 em dinheiro, uma balança de precisão, uma faca, um machado e um celular. "Ela foi absolvida neste caso", diz a advogada.

Policiais ouvidos pela reportagem na época apontaram que ela seria arrendatária de uma barraca de drogas, na qual pagava por semana à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) entre R$ 3.000 e R$ 5.000, ainda segundo a investigação. Por mês, ela poderia ter faturado até R$ 500 mil com a venda de drogas, de acordo com estimativas da polícia.

Lorraine sempre negou ser responsável por tráfico de drogas. Ela chegou a ter mais de 36 mil seguidores em seu perfil no Instagram.

Fonte: Vídeo Jornal da Band/ jornal da Noite/Folha de São Paulo/ Leandro Leandro

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