Oficiais do alto comando falam nos bastidores em tentar derrubar o secretário de Tarcísio; OUTRO LADO: Secretaria fala em 'movimentações de rotina'.
Rogério Pagnan
Carlos Petrocilo
21.fev.2024
![]() |
O Secretário da Segurança, Guilherme Derrite, durante evento no Batalhão da Rota, em SP - Zanone Fraissat/Folhapress |
Ao todo, foram movimentados 34 coronéis, de um total de 63, que atinge todos os setores da PM.
A medida, que enfraquece ainda mais o comandante-geral da PM, Cássio Araújo de Freitas, revoltou grande parte dos oficiais superiores da corporação. Em um movimento inédito, o coronelato paulista promete retaliações e, agora, diz nos bastidores trabalhar para a queda do próprio Derrite –no cargo desde o início da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O motivo da revolta seria, entre outros, a forma como as mudanças foram feitas. Os oficiais mais prejudicados afirmam que ficaram sabendo das movimentações pelo "Diário Oficial", algo considerado desrespeitoso no trato com quem está em função de comando e vem se dedicando à PM há décadas.
Secretaria da Segurança, por meio de nota, diz que a atual gestão "reconhece e valoriza o trabalho dos policiais paulistas e informa que não procedem as informações obtidas pela reportagem".
"Desde o início do ano, uma série de promoções por mérito e movimentações de rotina foi efetivada junto às polícias Civil, Militar e Técnico-Científica do estado. Tais medidas são planejadas e executadas a partir de critérios estritamente técnicos com o objetivo de aprimorar constantemente a atuação policial e reforçar a segurança de toda população" diz a nota.
![]() |
Coronel Freixo segundo oficiais ouvidos era um dos critícos da operações letão na Baixada Santista - Imagem: Danilo Verpa/Folhapress |
É rara a troca de um subcomandante durante a gestão de um comandante. Oficiais ouvidos citaram apenas um episódio em que isso aconteceu, mas o subcomandante, na ocasião, havia sido obrigado por lei por conta do seu tempo no posto de coronel.
Além disso, os policiais também ficaram muito descontentes porque Freixo é considerado um dos mais respeitados coronéis paulistas. É visto como o principal defensor da PM contra as interferências políticas na instituição e o avanço da "mentalidade bolsonarista" em postos chave.
O subcomandante, que é o responsável pela implantação das políticas de segurança na PM, teria se recusado a cumprir medidas consideradas políticas e, com isso, desagradado o secretário. Conforme disse a amigos, a intenção dele era manter a corporação como uma polícia de estado e não de governo.
Freixo também é, segundo oficiais ouvidos, um dos críticos das operações letais na Baixada Santista e, por outro lado, um dos defensores da ampliação do programa de câmeras corporais na tropa. No lugar dele, Derrite coloca o comandante do Choque, coronel José Augusto Coutinho, supostamente mais alinhado com a política de enfrentamento do secretário.
![]() |
Freixo também é, segundo oficiais ouvidos um dos defensores da ampliação do programa de câmeras corporais na tropa - Imagem: Reprodução |
A possibilidade de mudança vinha sendo acompanhada pela Folha desde a semana passada, quando Derrite passou a comentar abertamente sobre o assunto. Em resposta aos recados enviados, conforme coronéis ouvidos pela reportagem, o secretário teria sido avisado da possível rebelião.
Assim, para os oficiais ouvidos, a medida é vista com um "aposta tudo" de Derrite no braço de ferro com os coronéis –que nunca esconderam o descontentamento com a escolha desse secretário. Agora, a análise deles é que ou Derrite é derrubado do cargo pelo coronelato ou sai ainda mais fortalecido, especialmente na base da corporação.
Isso seria importante nas pretensões políticas do secretário, tido como virtual candidato ao Senado.
Entre as possíveis medidas de retaliação estariam a permanência de um grupo de cerca de 30 coronéis na ativa, que deveriam ir para reserva com a assunção de Coutinho.
Com pedidos de licença, férias e outros tipos de afastamento, o grupo de coronéis impediria o secretário de fazer essas escolhas. Uma saída de Derrite seria publicar uma medida para obrigar esses coronéis mais antigos e irem para reserva, algo cogitado.
Outra possibilidade dessa rebelião é a de os novos indicados não assumirem as funções. Isso criaria um vácuo inédito na instituição. Entre os coronéis que os colegas diziam esperar esse comportamento está o próprio Coutinho que, internamente, teria manifestado o desejo de não assumir o comando até por temer uma "implosão" da PM. Com isso, Tarcísio teria de agir.
Essa não foi a primeira vez que Derrite faz mudanças pelo "Diário Oficial" e desagrada os coronéis. No ano passado, ele mudou três nomes desta forma. Na época, o coronel da reserva José Vicente da Silva criticou esse comportamento do secretário e alertou para o silêncio dos colegas para caso tão grave.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo
Deveria aproveitar o embalo e mudar os coronéis da sap por integrantes de carreira..
ResponderExcluir??????
ResponderExcluirEu quero é fazer Dejep das 22 as 06. Os Coronéis da SSP que se foda!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirComo eles dizem, " manda quem pode, obedece quem tem juízo ". Secretário e Governador, estão acima deles. Essa é a hora de colocar em prática, aquilo que eles ensina à tropa.
ResponderExcluirKardilho vulgo Guarda Juju do Marrey só faz curso EAD... parabéns pela conquista priiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii priiii piiiiiii piiiii priiii
ResponderExcluir