Caso é desfecho da Operação Elmo, de 2021, que investigou ameaças de ataques às Forças de Segurança.
Por João Colosalle
31 de março de 2024
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Policiais estiveram em condomínio no bairro Nova Veneza onde morava suspeito de ser uma das lideranças do PCC em Sumaré – Foto: Wagner Souza / Futura Press / Estadão Conteúdo 26-10-2021 |
A sentença, dada no último dia 19, traz penas de 5 a 8 anos de prisão, em regime fechado, para todos os envolvidos.
Foram condenados 17 homens e quatro mulheres pelo crime de integrar organização criminosa. Apenas dois deles confessaram integrar a facção. O restante negou os crimes. Todos ainda podem recorrer da decisão.
A investigação do Ministério Público em Sumaré surgiu, na época, após interceptações telefônicas identificarem o risco grave e real de ataques a policiais.
A investigação do Ministério Público em Sumaré teve início após interceptações telefônicas revelarem ameaças concretas de ataques contra policiais. Essas ameaças surgiram durante a Operação Ferrolho, em agosto de 2018, e após a intervenção da Rota em um "tribunal do crime" no bairro Matão, em setembro do mesmo ano
As conversas grampeadas entre membros do PCC apontavam para possíveis ataques às viaturas da Força Tática da PM. Durante seis meses, os telefones celulares de lideranças locais da facção foram monitorados, revelando atividades de tráfico de drogas, roubos e homicídios na cidade.
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Operação Elmo prendeu nove suspeitos nas regiões de Campinas (SP), Piracicaba (SP) e São Carlos (SP) - Foto: Baep/Polícia Militar |
TELEFONES
Na Operação Elmo, foram monitorados os telefones celulares de lideranças locais da facção por seis meses.
No período, a apuração interceptou relatos de tráfico de drogas, roubos e assassinatos na cidade.
Os grampos ocorreram entre outubro de 2018 e abril de 2019, e serviram para embasar a acusação apresentada em maio de 2021 pela Promotoria em Sumaré contra 24 integrantes da organização criminosa no município e em cidades vizinhas, como Hortolândia e Monte Mor.
No processo julgado na última semana, 21 foram condenados. Apenas dois deles admitiram integrar o PCC. Um deles confessou ser responsável pela cobrança de pessoas que deviam para a facção.
Outra acusada, uma mulher, disse que fazia a função de telefonista na organização criminosa, uma espécie de central telefônica.
Confronto
Um confronto entre os policiais do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) e um dos alvos ocorreu no condomínio Águas da Prata, no bairro Nova Veneza, em Sumaré. Segundo a Polícia Militar, o homem portava uma pistola calibre .380 com numeração raspada.
"Ele era um dos principais nomes da organização criminosa na região de Campinas", informou, sobre o suspeito preso, a Promotoria de Justiça de Sumaré.
Na casa de outro suspeito, em Rio Claro, foram localizados documentos que comprovam a participação dele na organização, segundo a PM. O homem, no entanto, não foi encontrado.
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