Sindicato que representa a categoria acredita que o fim do benefício deve aumentar a tensão nas unidades e as agressões contra servidores.
Autor: Redação
Data: 21/03/2024
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Segundo alguns deputados, o projeto aprovado pela Câmara acaba com o mecanismo da ressocialização, diferente da maioria que entenderam que tal medida irá proteger a sociedade |
Esse medo tem razão de ser. O déficit de mais de 30% no quadro de agentes de segurança, além das condições precárias e de superlotação enfrentadas pelas unidades prisionais paulistas provocou um aumento alarmante de 304% nas agressões contra policiais penais em 2023, em comparação com o ano anterior, e um triplo aumento em brigas e motins, sublinhando a escalada da violência dentro do sistema.
O presidente do Sindicato, Fábio Jabá, argumenta que, mais do que nunca, é indispensável reestruturar o sistema prisional, visando a ressocialização efetiva dos detentos, em vez de medidas que apenas exacerbam o ambiente já tenso. “Precisamos discutir soluções reais, como o aprimoramento do monitoramento por tornozeleiras eletrônicas, além do reforço da segurança nas unidades para enfrentar a crise no sistema prisional, que hoje mais se assemelha a uma fábrica de criminosos”, afirma.
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Centro de Progressão Penitenciária "Dr Rubens Aleixo Sendin" de Mongaguá, que tem capacidade para 1.640 presos em regime seniaberto, mas que tem uma população carcerária de 2.169 reeducandos |
Precariedade
Jabá cita os Centros de Progressão Penitenciária (CPP), feitos para abrigar os presos do regime semiaberto, que têm acesso à saidinha. Essas unidades têm estrutura de segurança menor e, por isso, são alvos constantes da ação dos ninjas, que arremessam drogas, celulares e outros ilícitos dentro das unidades.
Uma dessas unidades é o CPP “Dr Edgar Magalhães Noronha” de Tremembé, conhecido como Pemano. Com capacidade para 2672 pessoas, abriga 2979.
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Centro de Progressão Penitenciária (CPP) “Dr. Edgard Magalhães Noronha”, o Pemano de Tremembé, ao fundo, em área extensa, superlotado, quase 3.000 presos, e com baixo número de servidores |
O mesmo acontece em Mongaguá. O CPP “Dr Rubens Aleixo Sendin” tem capacidade para abrigar 1640 pessoas, mas estava com 2169 em 20 de março.
Para cuidar desse contingente, há apenas 6 policiais penais durante o dia e 4 durante a noite. “Decretar o fim das saidinhas sem investir na ressocialização, na recomposição do quadro funcional e na segurança das unidades é acender o pavio em um sistema dominado por facções criminosas e extremamente fragilizado com a superlotação e a falta de materiais básicos”, completa Jabá.
Fonte: ABCDOABC
Temer? Temer oque? quem trabalha no fundão sabe que vivemos em cadeias amotinadas, tanto faz saidinha não saidinha e além do mais o Sr jabasão deve ter comido Loko, faz pelo menos 20 anos na sombra.....agora quero os gbtsqacha que é +, não vão querer mesmo descer a radial
ResponderExcluirainda não é definitivo, nem sabemos como terminara. mas é mais do esperado que vai chacoalhar o sistema. vamos nos preparar
ResponderExcluirquem sabe agora o Estado não entenda a importância e regularize nossa situação
Sinceramente, não tenho temor nenhum. Faz parte do serviço, independentemente da situação.
ResponderExcluirQue coisa não...
ResponderExcluirTá, cadeia com 2000 presos e 10 funça no plantão..... e a noite ainda 5 ou 6 mestrão pra segurar..... tá tudo nas mãos do crime, fazem oque quiserem a hora que quiserem......
ResponderExcluirGostaria de saber quem foram os entrevistados que fizeram essa afirmação, afinal, foi feita uma generalização coletiva como que se todo o corpo funcional estivesse temendo o que na verdade não será o término das saidinhas. Que o sistema é um barril de pólvora isso já sabemos, mas o ofício e as atribuições serão executadas como sempre foi feito, aquilo que não podemos nunca esquecer é que não se trata apenas da nossa condição profissional mas também da questão social, afinal nossas famílias estão inseridas numa sociedade que suplica por mais segurança nas ruas e em alguns casos, também em seus lares que são invadidos por criminosos.
ResponderExcluirMuitos comentários de quem chegou ontem e acha que sabem de tudo ! Sabem de nada inocentes!😬😆
ResponderExcluirRebeliões são riscos inerentes à profissão, todo asp sai de casa sabendo que pode estar indo para a morte. No curso de formação da década de 90 já éramos doutrinados para ficar cientes que penitenciária só tem hora para entrar, sem a menor garantia que sairá vivo.
ResponderExcluirEssa consciência gera gatilhos para refletir se vale a pena puxar saco de diretor, alcaguetar os colegas, brigar igual cães raivosos por carguinhos medíocres, ficar mocozado em salinha administrativa, etc.
De que vale ter um proceder destes, se a qualquer momento pode virar estatística e morrer no espeto, ou enrolado em colchão?
E pode esperar, não precisa ser vidente ou especialista em segurança
para saber que o sistema vai quebrar, muita cadeia vai pro chão com reféns e muitas mortes.
Porém acredito que o molusco cleptomaníaco do " diálogo cabuloso" vai vetar.
Caso contrário, contagem regressiva...