Polícia cumpre mandado no CDP de Rio Preto e Região sobre “Banco do PCC"

Operação mira em ligação da facção com a política, parte dos mandados de busca e apreensão está sendo cumprida no Centro de Detenção Provisória de São José do Rio Preto, no Centro de Progressão Penitenciária de Valparaíso e na Penitenciária de Lavínia.

Por Bia Menegildo

Publicado em 07/09/2024

Centro de Dentenção Provisória (CDP) de São José do Rio Preto - SP -Imagem: Leandro Leandro

A operação “Ligações Perigosas”, deflagrada pelo Ministério Público (MP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em conjunto com a Polícia Civil de Araçatuba e a Polícia Militar, cumpriu um mandado, nesta sexta-feira (6), no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto. A investigação é sobre o envolvimento da facção criminosa chamada Primeiro Comando da Capital (PCC) com políticos.

Foram cumpridos, ao todo, 13 mandados no Estado de São Paulo, nas cidades de Araçatuba, Rosana, Birigui, Penápolis, São Paulo, Paraguaçu Paulista e Assis, além de outros dois no Mato Grosso do Sul, em Dourados e Anhumas. 

Em Araçatuba, um vereador foi alvo de busca e apreensão, chegou a ser preso por estar com uma arma de fogo com a numeração raspada, mas foi liberado e negou as irregularidades, dizendo que o alvo era um ex-assessor dele.

Mandados foram cumpridos em Penitenciárias e CDP de Lavínia São Paulo - Imagem: CDP de Lavínia/Leandro Leandro

De acordo com o MP, a operação foca também em crimes relacionados ao tráfico de drogas e esclarecimento de homicídios. As investigações estão a cargo da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Araçatuba.

A operação envolveu 424 policiais civis, militares e penais, além de promotores de Justiça. Equipes do Batalhão Especial de Polícia (Baep), Força Tática e o helicóptero Águia, da Polícia Militar, também participaram das ações.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou o cumprimento de mandados no CDP de Rio Preto, no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Valparaíso e na Penitenciária de Lavínia. “Conforme as investigações, os líderes da organização criminosa que estão presos emitiam ordens para a prática de crimes no município de Araçatuba”, consta em nota emitida pelo órgão.

 87 agentes do GIR 10 do estado de São Paulo, policiais penais do SOE e do GAECO/MS também estiveram trabalhando juntos

SAP poia Ministério Público em ação para combater facção criminosa

Na manhã desta sexta-feira (6), em Araçatuba, Agentes do Grupo de Intervenção Rápida de Mirandópolis (GIR-10) apoiaram a Operação "Ligações Perigosas", criada para desarticular as atividades de organização criminosa com repressão e responsabilização de seus membros e colaboradores. 

O GIR-10 deu suporte para o cumprimento de mandados de busca em estabelecimentos prisionais do Estado de São Paulo, de onde líderes de uma organização criminosa buscavam emitir ordens para a prática de crimes nas ruas da cidade.

A operação foi resultado do esforço investigativo coordenado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público de São Paulo, e da Polícia Civil paulista, por meio do Departamento de Estadual de Investigações Criminais (DEIC) de Araçatuba. 

Agentes Penitenciários se reúnem para o início da operação

A operação também contou com o apoio da Polícia Militar. Além das ações nos presídios, a força-tarefa deu cumprimento a 35 mandados de prisão temporária e 104 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 1ª e pela 2ª Varas Criminais da Comarca de Araçatuba. 

Policiais também foram para as ruas em 13 cidades do Estado de São Paulo e em do Mato Grosso do Sul. Ao todo, participaram da operação 424 policiais Civis e Militares, com apoio de dois helicópteros, além de 87 agentes do GIR 10, policiais do SOI, do GAECO/MS, quatro promotores de Justiça e sete servidores do Ministério Público.

Ao todo 87 agentes penitenciários participaram da Operação

Parte dos mandados de busca e apreensão está sendo cumprida no Centro de Detenção Provisória de São José do Rio Preto, no Centro de Progressão Penitenciária de Valparaíso e na Penitenciária de Lavínia, nos quais líderes do PCC estão custodiados.

Segundo os promotores do Gaeco - braço do Ministério Público que combate o crime organizado - eles distribuíam ordens de dentro dos presídios para a prática de crimes nas ruas de Araçatuba.

Fonte: SAP/SP - Gazeta de Rio Preto

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