Caso envolveu fuga armada do Hospital das Clínicas, morte de policial e cerco que durou 56 horas, com prisões e mortes.
POR RODRIGO VIUDES
26/11/2025
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| Registro de Wander Ferreira, o Du Cara Gorda ou General como era conhecido, morto em Marília aos 33 anos em 2000 - Reprodução: Alexandre Lourenção/Jornal da Manhã |
A situação reabriu um trauma no histórico de atendimento a detentos pelo HC: o resgate armado de um dos fundadores do Primeiro Comando da Capital (PCC), que terminou em mortes e prisões entre outubro e novembro de 2000.
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| Os oito primeiros fundadores do PCC e ao lado os dois primeiros batizados na Facção - Imagem: Reprodução |
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| Penitenciária "José Luiz Mansur" de Marília, que tem capacidade para 622 detentos mas que tem atualmente uma população carcerária de 1.076 custodiados |
O bando fugiu em direção à região do Córrego do Pombo, na zona oeste da cidade. Uma viatura da Polícia Militar que fazia ronda notou um veículo com as características do utilizado pelo grupo e iniciou o acompanhamento.
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| Munições de armas de grosso calibre que seriam do PCC, segundo PM apresentou à época - Imagem: Reprodução Alexandre Lourenção/Jornal da Manhã |
Morte de policial e perseguição
Os criminosos se esconderam mais à frente, aguardaram a aproximação da viatura e surpreenderam os policiais com tiros. A viatura foi alvejada várias vezes. O cabo Waldir Antonio Marques foi baleado na cabeça e morreu no local, aos 37 anos. O outro policial sobreviveu e conseguiu pedir socorro.
A morte do militar mobilizou todo o efetivo da PM em Marília, com reforço de batalhões da região, numa operação que se estendeu por 56 horas. O grupo foi localizado e cercado por cerca de 100 policiais em uma área rural do município.
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| Penitenciária "José Luiz Mansur" de Marília, que tem capacidade para 622 detentos mas que tem atualmente uma população carcerária de 1.076 custodiados |
Além do líder do PCC, outros dois membros do bando foram mortos durante a perseguição: um nas proximidades de uma escola estadual, na Vila Coimbra, e outro na Vila dos Comerciários, ambas na zona oeste.
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| Cabo Waldir Antonio Marques foi sepultado com honras militares - Imagem:Reprodução Edio Junior/Jornal da Manhã |
Rebeliões
Menos de três meses depois, em fevereiro de 2001, a Penitenciária de Marília seria uma das Unidades envolvidas na megarrebelião coordenada pelo PCC em todo o Estado. À época, pelo menos 40 integrantes da facção cumpriam pena no local.
Inaugurada em 29 de março de 1989, a Penitenciária José Luiz Mansur – em Marília – registra poucas rebeliões em sua história — entre elas a de 2001 e outra em julho de 1997, que durou 15 horas. Em 2017, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) descobriu e conteve um plano de motim.
A unidade tem capacidade para 622 presos, mas abrigava 1.076 detentos, segundo atualização da SAP na última terça-feira (25).
Alta Hospitalar
Nesta quarta-feira, a pasta explicou que dois presos receberam alta médica ainda durante a madrugada e retornaram à Penitenciária de Marília. "Outros cinco internos permanecem hospitalizados em instituições da cidade", afirmou.
"Cinco policiais penais que atuaram no combate ao incêndio também foram encaminhados ao hospital para atendimento, mas já receberam alta".
Fonte: Marília Noticia












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