22 julho 2017

MULHERES DE DETENTOS PROTESTAM EM MS CONTRA FIM DE VISITAS INTIMAS EM PRESÍDIOS FEDERAIS

Palavras de ordem, cartazes e faixas fizeram parte do ato. Manifesto aconteceu um dia depois de movimento organizado por agentes penitenciários.

Mulheres de detentos protestaram nesta sexta-feira (21), em Campo Grande, conta o fim das visitas íntimas em presídios federais pelo país. O ato aconteceu próximo ao presídio federal da capital sul-mato-grossense.

Por TV Morena
21/07/2017 20h42




Presídio Federal de Campo Grande/Mato Grosso do Sul
















Com bexigas, cartazes, faixas e palavras de ordem, as mulheres pediram para que o benefício não seja extinto. "A gente pede para as autoridades, aos juízes, aos direitos humanos, que a gente possa levar os nossos filhos e sentir o beijo, o cheiro dos nossos maridos", argumentou uma das manifestantes.

"O que nós buscamos com esse manifesto é o direito das crianças de terem convívio com os pais. Das esposas poderem levar o alento. Porque, infelizmente, a ressocialização do preso não parte por parte do estado. Quem ressocializa o preso é a família", argumentou a advogada Mirella Cabral.

Outro lado

O ato foi realizado um dia após manifesto dos agentes, organizado na quinta-feira (20). Eles pedem o fim das visitas íntimas como medida de segurança, mesmo os presídios federais não tendo superlotação e o número de agentes ser maior que a quantidade de presos.

O sindicato dos agentes denuncia morte de servidores que seriam encomendadas por internos. As ordens para atentados e crimes teriam sido dadas durante visitas íntimas e sociais, em que há contato físico com amigos e parentes.

"Eles são notoriamente líderes de facções criminosas, e, de dentro das unidades prisionais, eles continuam a comandar as facções", explicou um servidor federal.

Desde maio os presos só falam com visitantes através de um vidro. A suspensão das visitas íntimas e sociais vai até a semana que vem, mas os agentes se mobilizam para que o Ministério da Justiça acabe de vez com o benefício.

Fonte: G1

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