15 julho 2017

POLICIA PRENDE MULHER SUSPEITA DE ARQUITETAR EXPLOSÃO DE PRESÍDIO EM GUAPÓ(GOIÂNIA)


Na filmagem ela nega que tinha conhecimento do crime, mas admite ter abrigado um dos suspeitos na própria casa um dia antes do ocorrido. Ação deixou 11 presos fugirem e 5 foram recapturados.


Por Vanessa Martins, G1 GO
14/07/2017 17h58

Delegado explica que ela é companheira de um dos presos que encomendaram o crime e agiu por causa dele. Ação deixou casa destruída, uma moradora ferida e possibilitou a fuga de 11 detentos.



Mayara de Souza é presa suspeita de planejar a explosão do presídio de Guapó (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)
















Polícia Civil prendeu na manhã desta sexta-feira (14) Mayara Camargo de Souza, apontada como companheira de um dos presos que fugiram com a explosão do presídio de Guapó, na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo os investigadores, ela é a responsável por planejar a fuga.

“Ela arquitetou o plano de fuga, deu a casa dela para dar suporte para a organização criminosa. Acreditamos que ela entrou para o mundo do crime porque causa dele”, disse ao G1 o delegado responsável pelo caso, Arthur Curado Fleury.

De acordo com os policiais, após a explosão, Mayara fugiu com o companheiro, Diemerson de Sousa, vulgo Pará. Ele é apontado como um dos mentores da explosão e foi preso logo depois. Já ela estava foragida.

Fleury explicou que ainda deve ouvir Mayara. Por isso, mais informações sobre a prisão dela só serão divulgadas em uma coletiva de imprensa marcada para esta tarde.


Explosão abriu buraco na parede de presídio e destruiu a casa vizinha (Foto: Vitor Santana/G1 )

Explosão

A fuga Aconteceu na manhã do dia 30 de maio deste ano. Criminosos arrebentaram o portão da residência que fica ao lado do presídio, entraram na casa e agrediram a moradora, Taynna Karita Silva Barros, de 20 anos.

Após fazer a jovem refém por dez minutos, eles detonaram os explosivos para facilitar a fuga dos presos. Onze presos fugiram na ação, mas cinco foram recapturados.
Com a destruição da casa, a moradora teve de ser resgatada dos escombros (veja o vídeo no fim do texto). A jovem foi levada ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, e liberada dias depois.


Taynna Karita, de 20 anos, teve de ser resgatada dos escombros da casa (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)


Horas após a explosão, três homens foram presos suspeitos de cometer o crime: Lucas Coelho Costa, de 19 anos, João Wellington Lira do Nascimento, de 19, e Higor Lemes da Silva, de 20. O trio disse à PM que os presos que encomendaram o crime pagariam R$ 15 mil a eles. Porém, eles não tinham recebido ainda.
De acordo com a investigação, a Polícia Civil apurou que os presos e os suspeitos pela explosão do presídio criaram um grupo em um aplicativo de celular para planejar a fuga. Toda a negociação durou cerca de três semanas.
Apesar da casa ter ficado completamente destruída, a estrutura do presídio não foi abalada. Assim, os presos permanecem na unidade. Ao todo, 87 presos estavam internos o local. O buraco feito em uma das celas, por onde o grupo fugiu, foi tapado com cimento.


Trio foi preso suspeito de explodir muro de presídio em Guapó a mando de detentos (Foto: Paula Resende/G1)

























O dono da casa em que Taynna morava, o açougueiro Rodrigo Raimundo dos Reis, de 27 anos calcula que teve um prejuízo de R$ 400 mil. Segundo ele, até a fundação do imóvel ficou abalada.

Quando a moradora recebeu alta, Taynna prestou depoimento na Polícia Civil. A jovem relatou que foi agredida e que, quando estava embaixo dos escombros, criminosos tentaram encontrá-la para se certificarem que ela havia morrido.

“Os bandidos queriam matá-la porque ela viu o rosto deles. Ela está sofrendo um trauma psicológico muito grande. Disse que foi ameaçada sob uma arma de fogo, que vasculharam a casa à procura de pessoas e que, por cerca de 10 minutos recebeu coronhadas. Após a explosão, eles queriam ter certeza que ela tinha morrido, mas não a acharam nos escombros ”, contou ao G1 o delegado Carlos Levegger, que a ouviu.


Fonte: G1

Grupo explode fundo de presídio e destrói casa em Guapó


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