23 agosto 2017

DETENTOS COMANDAM TRÁFICO DE DENTRO DO PRESÍDIO EM FEIRA DE SANTANA, DIZ JUSTIÇA

Ações coordenadas pelos suspeitos ocorriam nos bairros Baraúnas e Queimadinha. Eles participaram de audiência nesta quarta-feira (23).


Por G1 BA
23/08/2017 22h38  Atualizado há 31 minutos

A juíza da 1° Vara de Tóxicos e Acidente de Veículos de Feira de Santana, cidade que fica a cerca de 100 quilômetros de Salvador, ouviu nesta quarta-feira (23) 15 dos 17 detentos suspeitos de comandar o tráfico de drogas de dentro do presídio da cidade. Todos participaram de uma audiência no Fórum Filinto Bastos, também na cidade.

Presídio Central de Feira de Santana era o escritório do crime



Conforme a Justiça, as ações coordenadas pelos detentos referentes ao tráfico de drogas ocorriam nos bairros Baraúnas e Queimadinha, em Feira de Santana. A Justiça ainda vai ouvir testemunhas de defesa e de acusação, e depois o promotor e o advogado dos presos, para então decidir sobre a sentença dos detentos.

A ação dos presos foi descoberta após uma denúncia anônima de que um grupo de 17 pessoas estava comandando o tráfico de drogas nos bairros da cidade. Ainda na denúncia, foi informado que o líder, apontado como Gilberto da Silva Gonçalves, conhecido como Juninho, dava as ordens de dentro do presídio de Feira de Santana. Gilberto foi transferido para o Presídio de Serrinha, mas ação da quadrilha continuou, de acordo com informações da polícia.

Promotor afirma que grupo esta sendo investigado desde 2013




Diante da denúncia, interceptações telefônicas feitas desde novembro de 2013, que fizeram parte das investigações, levaram à polícia a descobrir que a ação tinha o envolvimento dos detentos. Não há maiores detalhes do caso, pois o processo é sigiloso. Todos os envolvidos estavam custodiados no presídio de Feira de Santana, mas ao longo das investigações foram transferidos para o presídio de Serrinha, a cerca de 70 km de Feira de Santana.

"Ele [Gilberto] tinha acesso a aparelhos celulares, com os quais mantinha contato constantes com os demais integrantes que se encontravam no ambiente externo. Após a transferência dele para Serrinha, do que eu tenho conhecimento, esse contato a partir do Gilberto parou, embora se saiba que a facção que ele integra continua comandando o tráfico de drogas, principalmente na Baraúnas", contou o promotor do Ministério Público do Estado, André Luiz Mota.

O advogado Augusto Leal, que representa seis dos acusados, inclusive o preso apontado como líder da quadrilha, diz que nada foi comprovado e que os clientes têm bom comportamento dentro do presídio.

"Existem as interceptações, mas nenhum desses números de linha são vinculados a eles, nenhuma linha é vinculada ao CPF dos acusados. Todas as linhas que foram interceptadas são de pessoas diversas que existem nos autos", revelou.


Fonte: G1

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