Advogada é presa pela Polícia Federal em RR suspeita de ligação com facção criminosa
Prisão ocorreu na casa da advogada em área nobre de Boa Vista nesta quarta-feira (23). Ação ocorreu na 2ª fase da operação Tovajar.
Por G1 RR
23/08/2017
Uma advogada foi presa na manhã desta quarta-feira (23) em Boa Vista suspeita de envolvimento com uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios do estado. A prisão foi em cumprimento a mandado expedido na 2ª fase da operação Tovajar da Polícia Federal, que investiga mulheres de detentos ligadas a um grupo criminoso.
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Operação Tovajar em ação |
A advogada foi presa na casa onde mora no bairro Caçari, área nobre da capital, e deve ser conduzida à sede da PF, de acordo com o delegado Alan Robson. Por volta das 10h30, agentes da PF faziam buscas na casa onde a suspeita foi detida. O nome dela não foi divulgado pela PF.
O G1 entrou em contato com a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Roraima para obter o posicionamento da instituição sobre o caso e aguarda retorno.
Conforme a PF, investigações apontaram que a advogada, chamada de 'gravata' pela facção, atuava financiada e vinculada à cúpula da organização criminosa nacional.
Ainda segundo a PF, ela também é suspeita de se aproveitar do trabalho que exercia para 'levar e trazer' ordens da facção criminosa de dentro e fora dos presídios. Além disso, advogada teria feito ameaças de morte a uma detenta do sistema prisional roraimense e seus familiares, a mando da organização criminosa.
Outros mandados
Outros dois mandados de prisão e dois de busca e apreensão estão sendo cumpridos na 2ª fase da Tovajar. As buscas são nos bairros Caçari e São Francisco.
Os presos em cumprimento aos mandados serão conduzidos para a PF para interrogatórios e indiciamentos. Depois, eles devem ser encaminhados ao sistema prisional e ficarão à disposição da Justiça Estadual.
1ª fase da Tovajar
Na primeira fase da Operação Tovajar, que ocorreu no dia 11 de agosto, foram cumpridos 15 dos 16 Mandados de Prisão expedidos, bem como um envolvido foi preso em flagrante, decorrente de ação conjunta com a Polícia Militar e a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de Roraima.
Ao todo, nove mulheres foram investigadas na 1ª fase da operação. Todas seriam ligadas a detentos membros de uma facção criminosa que atua nos presídios, conforme a PF.
[1] TOVAJAR significa “inimigo” e também “cunhado” na língua tupi-guarani antiga. Parte da organização criminosa se intitulava “cunhadas”.
Fonte: G1/Roraima
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