29 setembro 2017

BANDIDOS TENTAM INCRIMINAR AGENTE PENITENCIÁRIO DA MÁXIMA DE CAMPO GRANDE PLANTANDO DROGAS NA CARROCERIA DA VIATURA DA UNIDADE

Polícia flagra 12 tabletes de droga deixados em veículo com agente penitenciário
Apesar da quantidade, versão inicial é de 'prova plantada'



Geisy Garnes e Arlindo Florentino / Fotos: Cleber Gellio
28/09/2017 11h47 -
Atualizado em 29/09/2017 14h11

A droga foi encontrada por militares na carroceria da caminhonete


Policiais militares foram acionados pela segurança de um supermercado no Bairro Tiradentes na manhã desta quinta-feira (28) e encontraram 12 tabletes de maconha na carroceria de uma caminhonete usada por um agente penitenciário. Vigilantes flagraram um homem rondando o veículo e escondendo algo na parte traseira, e o servidor garante que se trata de 'prova plantada' para incriminá-lo.

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, o servidor, lotado na Penitenciária Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima de Campo Grande, teria chegado ao mercado atacadista em uma Mitsubishi e deixou o veículo no estacionamento enquanto entrou para fazer compras.

Neste intervalo, o vigilante do local percebeu um desconhecido rondando a caminhonete. Segundo o relato da testemunha, o suspeito teria depositado algum objeto na carroceria da Mitsubishi, e desconfiado que ele fosse roubar o veículo, acionou a Polícia Militar.

Depois de deixarem os tabletes de maconha, os suspeitos fugiram de moto


Antes que os policiais chegassem, um motociclista teria buscado o suspeito no estacionamento e fugido. No local, o vigilante apontou aos militares a caminhonete que supostamente seria roubada, e na carroceira foram encontrados 12 tabletes de maconha. Enquanto a apreensão era feita, o agente penitenciário apareceu e se identificou como o motorista da caminhonete.

O veículo, no entanto, não é dele. O servidor admitiu que a caminhonete foi acautelada pela justiça para uso da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). Ele não explicou as circunstâncias em que usava o automóvel. A informação repassada no local é de que o agente fazia compras a serviço da Agepen.

O veículo foi escoltado até a delegacia



Foram deixados 12 tabletes, que são uma quantidade considerável de entorpecente caro. Dependendo do peso unitário, um tablete seria suficiente para comprometer o servidor público com crime de tráfico de drogas.

No entanto, o servidor negou a propriedade da droga. Agentes foram ao local dar apoio ao colega e endossaram a versão de que a apreensão da droga é retaliação. Eles acreditam o crime possa ter sido encomendado por presos da Máxima para prejudicar o agente e toda a categoria. O caso será investigado.

Droga foi levada para a Denar




Os tabletes de maconha apreendidos foram levados para a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico). Ainda não foi informado o peso total da apreensão, tipo de entorpecente e valor. O agente e duas testemunhas do caso, para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga, onde devem prestar depoimento.




Fonte: MidiaMax