Drogas, dinheiro, seringas e antenas improvisadas foram encontrados em cadeias durante Operação Varredura.
Por G1 AM
06/09/2017 19h41 Atualizado há 4 horas
Compaj foi palco de massacre de mais de 50 presos no início do ano (Foto: Jamile Alves/G1 AM) |
O Ministério da Defesa divulgou os números parciais da Operação Varredura, realizada em 26 presídios de sete estados brasileiros pelo Exército e Marinha do Brasil. No total, 7.265 armas brancas, 452 celulares e apenas dois revólveres/pistolas foram apreendidos até agosto deste ano nas unidades prisionais.
Em todo o país, foram utilizados equipamentos de raio-X, equipes de cães farejadores, câmaras telescópicas e detectores de metal e do uso de celulares.
Entre os problemas verificados nas cadeias, o Ministério da Defesa citou o contato entre presos do semiaberto e fechado, o alto número de guaritas sem segurança, e os excessivos serviços internos prestados pelos detentos, além da fragilidade das celas, da facilidade de transformar objetos de madeira (como beliches/camas) em armas e da falta de bloqueadores de celular e de local adequado para visitas.
Operação do Exército faz pente-fino na penitenciária de Dourados (Foto: Adilson Domingos |
Também ocorreram apreensões de chips, carregadores, baterias e acessórios em geral para celulares (1.025); drogas (367), cachimbos (220), balanças de precisão (7) e pêndulos para entorpecentes (91); seringas (41); navalhas (43) e tesouras (99); televisores (167), antenas improvisadas (142) e rádios transmissores (2); munições (84); fogões e/ou fogareiros improvisados (79), isqueiros (1.182) e botijões de gás (5); CDs e/ou pendrives (948); dinheiro em espécie (R$ 2.392), e geladeiras (61).
Números
Os custos mais altos da operação foram empregados no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, com quase R$ 1,4 milhão. Na mesma cidade, a Unidade Prisional do Puraquequara (PP) teve o efetivo mais numeroso, com 709 militares. O Amazonas e o Acre tiveram a maior quantidade de vistorias - seis em cada estado.
A maior apreensão de armas brancas - 963, entre facas, entoques, chunchos etc - foi registrada no Centro de Ressocialização de Ariquemes, em Rondônia. Já a quantidade mais alta de celulares apreendidos - 58 - foi no Estabelecimento Prisional Jair Ferreira de Carvalho, no Mato Grosso.
Exército realizou operação para reprimir a ação do crime no interior dos presídios acreanos /Foto: Assessoria |
Além das unidades já citadas, também foram fiscalizados o Presídio de Monte Cristo, em Roraima; a Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, os Centros de Detenção Provisória Masculino (CDPM) e Feminino (CPDMF) e o Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), no Amazonas; as Penitenciárias Estadual de Parnamirim e Agrícola de Mossoró, as Cadeias Públicas de Mossoró e Natal.
O Complexo Penitenciário de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte; a Penitenciária Estadual de Dourados, no Mato Grosso; o Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde, a Unidade Penitenciária Manoel Néri da Silva, Unidade Penitenciária Moacir Prado, Unidade Prisional Evaristo de Morais Sena Madureira, Unidade Prisional do Quinari, e Complexo Unidade Penitenciária 4, no Acre; Centro de Recuperação Prisional do Pará; e Unidade Prisional Urso Panda, Unidade Prisional Milton Soares Carvalho, Casa de Detenção de Ariquemes, e a Casa de Detenção José Mário Alves, em Rondônia.
Fonte: G1