'Eles usavam brasão e camisa da PCDF e tinham mandados falsos para invadir casas', afirma polícia. Suspeitos teriam levado 10 kg de cocaína de um único traficante.
Por G1 DF
15/09/2017 16h21
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| Delegado Eduardo Galvão da 26ª DP (Samambaia Norte) afirma que PMs da reserva se passavam por policias civis para extorquir dinheiro de traficantes no DF (Foto: Bianca Marinho/G1) |
Três sargentos reformados da Polícia Militar foram presos preventivamente suspeitos de se passar por policiais civis para extorquir dinheiro de traficantes no Distrito Federal. Um suspeito de ser informante também foi preso e outro está foragido.
As investigações fazem parte da Operação Extorsor, deflagrada nesta sexta-feira (15) pela Polícia Civil em parceria com a Polícia Militar.
Os mandados de prisão foram cumpridos em Ceilândia, Taguatinga e Samambaia. Na casa dos suspeitos foram encontradas armas de fogo, armas de brinquedo, dinheiro e um brasão da PCDF. De acordo com a investigação, os PMs usavam pessoas envolvidas no tráfico para obter informações de onde encontrar dinheiro e drogas.
As investigações começaram em novembro de 2016, quando um traficante foi preso e disse à Polícia Civil que havia sido vítima de extorsão. Segundo o traficante, o crime foi praticado por duas pessoas que usavam brasão e camisa da PCDF.
De acordo com o delegado Eduardo Galvão da 26ª DP (Samambaia Norte), os suspeitos invadiram a casa do traficante com um mandado de busca e apreensão falso e levaram R$ 13 mil em espécie e 10 kg de cocaína.
"Eu acredito que eles já trabalhavam com informantes, o que está se tornando uma coisa muito comum e é ilegal. Ao irem para a reserva, eles continuaram com os informantes e começaram a usar isso para ganhar dinheiro."
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| Armas, dinheiro, celulares e brazões da Polícia Civil foram apreendidos com PMs que, segundo investigação, extorquiam dinheiro de traficantes no DF (Foto: Bianca Marinho/G1) |
Segundo as investigações, os policiais militares revendiam a droga para outros traficantes. A PCDF apura o envolvimento de outras pessoas no esquema, mas não há indícios de outros policiais envolvidos.
Por nota, a PMDF diz que "repudia toda e qualquer ação criminosa praticada por integrantes das forças policiais". A nota também afirma que "toda denúncia de crime praticado por policiais militares é rigorosamente apurada pela corporação".
Fonte: G1
