Não é para qualquer um a fortuna descoberta em contas na Suíça do empresário Paulo Vieira de Souza, vulgo Paulo Preto.
Por Ricardo Noblat
23 fev 2018, 14h58
Dinheiro da corrupção flui com facilidade nas campanhas políticas |
Notório arrecadador de dinheiro suspeito para financiar campanhas do PSDB de São Paulo – e, quem sabe? – forrar o bolso de figuras eméritas do partido.
Os R$ 113 milhões que ele amealhou são mais do que o dobro da fortuna que o ex-ministro Geddel Vieira Lima escondia em um apartamento de Salvador. É muito dinheiro para quem foi apenas diretor de uma estatal paulista nos governos de Alckmin e de Serra entre 2005 e 2010.
Aconteceu o que os tucanos mais emplumados tanto temiam – a revelação de um novo escândalo capaz de atingi-los gravemente a poucos meses das próximas eleições. Para isso foi preciso que autoridades suíças tivessem a iniciativa espontânea de investigar as contas de Paulo Preto.
Desta vez a Policia Federal descobriu a módica quantia de R$ 113 milhões.....só o dobro do que foi apreendido com o Geddel na Bahia |
A investigação por aqui sempre se arrastou devagar e quase parando. Há sombras de mais e pouca luz em torno do caso que assombra o PSDB e que cheira mal há mais de uma década. Se quiser, a Justiça poderá desvendá-lo a tempo de produzir severos estragos na imagem do partido.
Ela foi rápida e eficiente quando o PT era o alvo. Demorou um pouco, mas bateu à porta do PMDB e de outros partidos. O PSDB parecia preservado, a não ser pelo enrosco em que se meteu o senador Aécio Neves (MG). Pau que bate em Chico tem que bater também em Francisco.
Fonte: Revista Veja