17 fevereiro 2018

Servidores do sistema penitenciário carioca aprovam intervenção, mas dizem que não serão subservientes

Em comunicado, sindicato que representa funcionários públicos afirmou que não vai acatar 'caprichos e vaidades' dos interventores.




Fernanda Nunes e Marcio Dolza, O Estado de S.Paulo
17 Fevereiro 2018 | 15h45

Agentes afirmaram não aceitar subserviência




RIO – Os servidores do sistema penal do Rio de Janeiro se posicionaram favoravelmente à intervenção federal na Segurança Pública do Estado anunciada nessa sexta-feira, 16, pelo governo federal.


O apoio, porém, é condicionado à valorização dos profissionais que já atuam nas penitenciárias. Em comunicado, o sindicato que representa desse grupo de funcionários públicos, o Sindisistema Penal RJ, afirmou que, embora aceite a intervenção, vai atuar para  frustrar interferências que possam gerar conflitos.

Ainda acrescentou que os profissionais contratados pelo Estado não vão acatar "caprichos e vaidades" dos interventores e garantiram que vão dar todas as informações pedidas pelas forças armadas, desde que os militares demonstrem estar comprometidos com o "respeito e valorização dos inspetores penitenciários".

O sindicato também ressaltou os problemas estruturais nas prisões, como superlotações e o quadro reduzido de trabalhadores.


"A crise tão propagandeada de que o sistema penitenciário tornou-se o ‘escritório do crime’ não pode ser imputada aos inspetores penitenciários, pois estes vêm demonstrando um nível de controle das unidades prisionais acima da média, se comparado a outros entes federados", afirma.

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Os servidores públicos do sistema penal creditam a crise na segurança do Rio à "omissão do Estado brasileiro para com o sistema" e afirmam que não serão “subservientes a caprichos ou vaidades que nos imponham responsabilidade” pelos problemas do sistema penal.

No comunicado, reivindicam o pagamento do 13º salário de 2017 e de promoções e autorizações para o uso de alguns armamentos permitidos a outras forças de segurança, como os de calibre 9 mm, além da convocação de aprovados nos concursos de 2003, 2006 e 2012. "Que a intervenção venha de forma positiva e com a valorização de todos os profissionais", traz o comunicado.

O que o Interventor irá comandar( Clique para ampliar)





Fonte: Estadão

Contraponto: Vindo de Servidores do Sistema Penitenciário do Rio pelo watts Leandro a princípio todos nós, tanto a sociedade organizada quanto algumas entidades olhamos com reservas  esta intervenção federal no Rio de Janeiro. 

Não questionamos a necessidade de tomada de atitude para estancar a violência No Rio os níveis estão insustentáveis próximo a barbárie.   

Questionamos decisões monocráticas tomadas ao cair da noite em decisões palacianas por correligionários de um GOVERNADOR desgastado acusado de corrupções mantido a frente do executivo por recurso junto ao TSE.

Não intervir no executivo origem de todo o descalabro do estado gera desconfianças que somente o tempo irão sanar.

Também há várias incógnitas quanto a paralisação da reforma previdenciária, tema tão defendido pelo governo Temer e com a intervenção no Rio fica suspensa.

Ficamos no aguardo das medidas para sabermos os reais motivos destas medidas, visto outros estados também estarem com índices de violências próximo a barbárie e não terem sofrido tais medidas.