22 março 2018

Cães da PM acham cerca de 20 quilos de drogas em sítio onde traficante Capuava foi preso em Mogi das Cruzes/SP

PM faz buscas em sítio desde prisão de Weliton Xavier dos Santos - o Capuava - no último domingo. Traficante era um dos mais procurados pela polícia do Estado de São Paulo.






Por G1 Mogi das Cruzes e Suzano
22/03/2018 15h49  

Cães da PM acharam material que aparenta ser cocaína e pasta base, além de carregadores de armas municiados
 em sítio de Mogi das Cruzes (Foto: Polícia Militar/Divulgação)



Cães da Polícia Militar acharam nesta quinta-feira (22), cerca de 20 quilos de drogas no sítio onde Weliton Xavier dos Santos - o Capuava - foi localizado no último domingo (18), no distrito de Sabaúna, em Mogi das Cruzes.

Além das drogas, os cães Mel e Judá - do canil da PM de Suzano - ainda localizaram uma pistola 9 mm, três carregadores municiados e quatro carregadores municiados de fuzil 762. O armamento estava enterrado dentro de três sacos. Já o material que aparenta ser cocaína pronta para o consumo e pasta base estava dividido em 29 embalagens. As armas e os entorpecentes, segundo a PM, foram achados em uma área de mata e estão no local aguardando perícia.

No sítio, segundo a polícia, funcionava um laboratório de refino e distribuição de drogas. “Tivemos informações da comunidade de que havia um sítio no distrito de Sabaúna que estaria com a movimentação fora da rotina do bairro. Fizemos um trabalho emergencial para reunir as equipes da Força Tática, Rocam e outras equipes do Batalhão para fazer o cerco no bairro e conseguir acessar o maior número de sítios possível para efetuar a detenção do indivíduo”, explicou no domingo o tenente da Polícia Militar Geison Moura Silva.

Weliton Xavier dos Santos, o Capuava, foi preso pela segunda vez no Alto Tietê (Foto: Foto: Divulgação/Denarc)



A polícia já havia apreendido no domingo uma metralhadora 9 milímetros, dois fuzis e munição. As armas estavam escondidas na raiz de uma árvore. Produtos químicos para o refino de droga também foram apreendidos.

De acordo com a PM, Weliton Xavier dos Santos viu a movimentação da polícia e fugiu em um carro com mais sete homens. O grupo foi perseguido pelos policiais e o motorista perdeu o controle da direção, batendo em seguida em um barranco.

Santos foi preso junto com mais dois homens. Outros três ficaram feridos no acidente e foram encaminhados para o Hospital Luzia de Pinho Melo e dois suspeitos fugiram, segundo a PM.

A Secretaria Estadual de Segurança Pública informou nesta quinta-feira (22) que os quatro presos, incluindo Capuava, estão no Centro de Dentenção Provisória (CDP) de Mogi das Cruzes. A polícia ainda procura pelos dois foragidos. Um inquérito foi instaurado pelo Denarc.

A Secretaria apura se Weliton Xavier dos Santos segue preso e se os foragidos foram localizados. A reportagem também tenta localizar a defesa de Capuava.

Outra prisão

Drogas encontradas em Santa Isabel na prisão anterior do suspeito (Foto: Jamile Santana/G1)

Esta foi a segunda prisão de Weliton Xavier dos Santos no Alto Tietê. Em julho de 2015, policiais do Departamento de Narcóticos (Denarc) de São Paulo apreenderam 1,6 tonelada de cocaína, 898 kg de mistura para a produção da droga, além dos demais componentes químicos usados para produzir a droga em uma propriedade de alto padrão em Santa Isabel.



Na ocasião, então secretário de Segurança Pública Alexandre de Moraes esteve no local para acompanhar o trabalho dos investigadores. Na ocasião Santos e mais quatro pessoas foram presos.

Um mês depois, porém, Capuava conseguiu um habeas corpus e foi solto. Na época, o desembargador Otávio Henrique de Sousa Lima foi afastado da função para que o Tribunal de Justiça fizesse uma investigação interna para apurar a decisão dele que concedeu a liberdade.

O advogado do desembargador, Marcial Hollanda, disse ao G1 que a decisão do habeas corpus foi tomada com base nas informações da prisão em flagrante que Lima dispunha. “Ele [Weliton] estava a um quilômetro do local da apreensão. Os quatro [outros presos] negaram que conheciam o Weliton. Não havia nada contra ele. Depois que se descobriu que o carro dele tinha um fundo falso com resquício de cocaína”, afirmou.





Fonte: G1