Oportunidade serviu para o sindicato ouvir dos agentes quais as necessidades da unidade na área da segurança e o que pode ser feito para evitar novas ocorrências
Por Lucas Mendes
Postado em : 04/05/2018
Funcionários da Penitenciária de Lucélia puderam dialogar com o SINDCOP sobre a situação da unidade. Foto: Reprodução/Mariane Santos/TV Fronteira. |
Nesta quinta-feira, 03, o presidente do SINDCOP, Gilson Pimentel Barreto, esteve na Penitenciária de Lucélia acompanhado dos representantes regionais do sindicato, Ana Paula Campesi e Rodrigo Cavalcanti, e do advogado da entidade, Isael Tuta Ferreira.
A visita do sindicato serviu para conversar com os agentes sobre as vulnerabilidades da unidade, e o que pode ser feito para se evitar novas ocorrências no local.
A Penitenciária de Lucélia foi palco de uma rebelião de presos na última quinta-feira, 26, que durou quase 24 horas e teve como reféns três defensores públicos do estado.
Os representantes do sindicato estiveram junto com os funcionários do plantão, que comentaram os pontos fracos da segurança na unidade e as medidas que devem ser tomadas para o bom andamento das suas funções. Na ocasião o diretor da unidade e demais funcionários também conversaram com o sindicato sobre o que aconteceu durante a rebelião.
Pelo fato de ter colocado em risco a segurança e integridade física do corpo funcional da penitenciária, o SINDCOP vai estudar medidas cabíveis com relação a atuação dos defensores públicos na unidade de Lucélia.
Representantes Sindicais da Croeste Ana Paula e Rodrigo, Dr, Izael Tuta e Gilson Pimentel Barreto |
A rebelião
Com início na tarde do dia 26 de abril, a rebelião em Lucélia começou após a visita de cinco defensores públicos na unidade. Eles fariam o atendimento aos presos e verificação das instalações.
Como os defensores chegaram durante o horário de banho de sol dos presos, foram orientados pela direção do presídio a não entrar naquele momento.
Após insistência, os defensores entraram nos pavilhões três e quatro, durante o banho de sol e, após 20 minutos, os presos tomaram três deles como reféns, dando início a rebelião com a quebra das portas dos outros pavilhões.
No dia seguinte ao início da rebelião, os representantes regionais do SINDCOP se dirigiram até a Penitenciária de Lucélia para acompanhar a situação e dar eventual assistência aos funcionários de lá. Nenhum agente penitenciário ficou ferido com a rebelião.
Na tarde de sexta, 27, depois da liberação individual dos defensores públicos, a rebelião teve fim e a Tropa de Choque da Polícia Militar entrou no local. Também estavam de prontidão no lado externo da cadeia o GIR (Grupo de Intervenção Rápida) e o Corpo de Bombeiros.
Fonte: Sindcop