18 junho 2018

Agente penitenciário é preso por envolvimento em fuga e facilitação de entrada de celulares em Rondonópolis/MT

Quatro aparelhos foram encontrados no banco da motocicleta do agente. Ele foi detido nesta segunda-feira (18) durante o expediente na cadeia.












Por G1 MT
18/06/2018 18h32  


Aparelhos estavam escondidos em banco de agente penitenciário (Foto: Polícia Civil/Divulgação)




Um agente penitenciário foi preso, nesta segunda-feira (18) suspeito de entrar com aparelhos de celular a pedido de detentos na Penitenciária Major Eldo Sá, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá.
Em novembro do ano passado, 26 presos atiraram contra os agentes, explodiram parte de um muro e fugiram.

De acordo com a polícia, o agente teve o mandado de prisão temporária cumprido e foi detido com quatro aparelhos de celular escondidos no banco da motocicleta dele.

Durante as investigações sobre a fuga, foi descoberto que o agente - que não teve a identidade divulgada, entrava com os aparelhos dentro da penitenciária.

O agente foi preso dentro da unidade enquanto trabalhava.

Os policiais ainda foram até a casa de R.H.S.S., onde encontraram ainda outros celulares, uma quantidade significativa de dinheiro e um revólver calibre 38 sem documentação.

As investigações do caso estão sendo conduzidas pelo delegado Gustavo Belão, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) da cidade.

Em seu depoimento, R.H.S.S., assumiu que atuava na introdução dos aparelhos celulares na Penitenciária, alegando que cobrava, entre R$ 300 a 400, para praticar o crime, dependendo do tamanho do telefone móvel.

O suspeito foi indiciado pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa e ingressar com aparelhos celulares no presídio, R.H.S.S. também foi autuado em flagrante pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo e tentativa de ingressar aparelho celular no presídio.

Bandidos atiraram contra torres de segurança e jogaram explosivos no muro da Mata Grande, em Rondonópolis
(Foto: Sindspen/Divulgação)

Fuga

Os detentos fugiram no dia 10 de novembro. Eles tiveram ajuda de bandidos que atiraram contra agentes que estavam nas torres de segurança da penitenciária, jogaram explosivos no muro da unidade.

Antes da explosão, os presos serraram a grade de uma das celas do raio 3 e o alambrado que divide o local perto do muro. A explosão foi causada por artefatos presos em uma bicicleta, que foi encostada na muralha e acionada a distância.

Sete meses após o ataque à penitenciária, quatro detentos ainda continuam foragidos.




Fonte: G1