02 junho 2018

Detentos fazem princípio de motim, GOPE é chamado e acaba com a folia no Presídio Estadual de Anápolis/GO

A Diretoria Geral de Administração Penitenciária disse que 10 ficaram levemente feridos. Segundo OAB, revolta teria sido causada por falta de água há dois dias.











Por Vanessa Martins, G1 GO
02/06/2018 16h10  

GOPE restituiu a disciplina


Detentos do Presídio Estadual de Anápolis, a 55 km de Goiânia, se revoltaram na unidade e se recusaram a voltar para as celas após o banho de sol. A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que agentes usaram aramas não letais para controlar a situação, 10 pessoas ficaram levemente feridas e não precisaram ser hospitalizadas.

A DGAP informou que durante a revolta algumas celas foram danificadas pelos presos. O órgão disse que 16 presos foram levados à Polícia Civil de Anápolis para registro de Boletim de Ocorrência por danos ao patrimônio, foram ouvidos e já voltaram à unidade prisional.

Ainda conforme o órgão, o presídio tem capacidade para 300 detentos e abriga cerca de 200 internos atualmente.

O G1 não conseguiu localizar o delegado responsável pelo registro o crime na Polícia Civil para comentar o caso.

Presídio Estadual de Anápolis, onde houve princípio de motim (Foto: Vitor Santana/ G1)




Motivações dos presos

A revolta ocorreu na sexta-feira (1º). Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Anápolis, Regis Davidson Gonçalves, responsáveis pelo presídio disseram que o princípio de motim foi causado por racionamento de água.

“Segundo o chefe de equipe, uma caixa de abelhas caiu dentro do reservatório na terça-feira, deixando a água imprópria para consumo. Com isso, foi autorizada a entrada de familiares com água para os presos. No entanto, a situação foi resolvida ainda ontem (1º)”, explicou.

Também conforme o advogado, parentes ficaram na frente da unidade prisional pedindo melhores condições para os detentos neste sábado (2). Ele contou que até por volta de 15h30 eles se encontravam na porta da cadeia. Um representante da comissão também estava no local, mas não teve autorização para entrar no local.

“O Grupo de Operações Penitenciárias (Gope) entrou nesse sábado na unidade para fazer uma revista nas celas e, por isso, não foi autorizada a entrada de advogados”, afirmou.




Fonte: G1