Operação na cela do ex-senador, preso em Brasília, encontrou pendrives, documentos e chocolates, investigação apura regalias a Luiz Estevão.
Por Mara Puljiz, TV Globo
27/06/2018 19h25
Sede do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Distrito Federal (Foto: TV Globo/Reprodução) |
Policiais civis estiveram na sede do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Distrito Federal na manhã desta quarta-feira (27).
No local, os investigadores recolheram documentos e computadores. Os itens serão analisados e, se necessário, anexados ao inquérito que apura supostas regalias ao senador cassado Luiz Estevão, preso no Complexo Penitenciário da Papuda.
A operação foi feita em sigilo, 10 dias depois de a polícia entrar na Papuda e encontrar pendrives, chocolates, documentos, cereais, remédios e tesoura na cela de Luiz Estevão.
A Coordenação de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado tenta descobrir quem tem facilitado a entrada dos objetos na cela de Luiz Estevão – esta foi a terceira vez que regalias ao ex-senador foram descobertas.
Documentos atribuídos ao senador cassado Luiz Estevão foram apreendidos pela Polícia Civil (Foto: Polícia Civil do DF/Divulgação) |
Os investigadores também querem saber se o detento tem acesso a um computador enquanto está detido em regime fechado.
Um dia depois dos flagrantes, a Secretaria de Segurança Pública do DF exonerou o subsecretário do Sistema Penitenciário, Osmar Mendonça de Souza, e o diretor do Centro de Detenção Provisória, José Mundim Júnior.
Como o processo está sob sigilo de Justiça, a Polícia Civil afirmou que não pode dar informações sobre a abordagem.
Ex-senador Luiz Estevão chega para depoimento na 10ª Vara Federal, em Brasília (Foto: TV Globo/Reprodução) |
Preso na Papuda
Luiz Estevão foi condenado a 26 anos de prisão por fraudes e desvios nas obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Essa sentença já transitou em julgado – ou seja, não pode ser alvo de novos recursos.
Em março, a Justiça ampliou essa pena em dois anos pelo crime de sonegação fiscal. A defesa recorre dessa sentença, e diz que o processo já prescreveu – ou seja, perdeu a validade.
Estevão cumpre pena no Centro de Detenção Provisória (CDP), no complexo da Papuda. Além dos presos provisórios, o CDP tem ala reservada para ex-policiais e detentos com direito a cela especial.
Fonte: G1
Contraponto: Na minha humilde opinião isso foi um ataque aos Agente Penitenciários e a Entidade que os congrega, os defende e os representa. Afinal de contas o Sindicato não tem poder algum no interior das unidades prisionais, isso é responsabilidade da Secretária e dos seus gestores.
E os servidores tem suas responsabilidades e códigos de ética para com a Secretária que os emprega e que os remunera, sabem dos riscos que correm por cometerem desvios de conduta durante o exercício da função, e são extremamente zelosos e responsáveis no que diz respeito a estas falhas funcionais, pois também sabem que por estarem na ponta da corda a probabilidade de serem responsabilizados e penalizados é sempre muito grande.
Estranho vir esta investigação procurar documentação e informações nos computadores e dependências do Sindicato, pois do que sabemos o que eles irão encontrar são dados e registros funcionais dos servidores. Nada mais.
Em relação as regalias também podemos inferir que quem as concede de fato é quem tem o poder para fazer isso, e no caso em questão não são os agentes, e isso sim cabe a policia descobrir o fio da meada. Trabalhando a tanto tempo dentro do sistema prisional, difícil falar que simples servidores poderia fazer a concessão de regalias a presos tão poderosos, eles iriam negociar tais benesses com quem manda de fato nas unidades.
Então fica o questionamento, a quem interessa tal investigação na Entidade Representativa dos Servidores? O que almejam com tal investida e ataque a Entidade? Mesmo sabendo que o Sindicato apenas defende e representa os Servidores? Ficam as perguntas......O que eu quero são respostas a estas indagações.