A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recorreu ao Supremo Tribunal Federal na tentativa de manter o auxílio moradia para o Ministério Público.
Por Esmael Moraes
30 de novembro de 2018
Procuradora Geral da Republica Raquel Dodge e o auxilio moradia |
Ela usou argumento processual, ou seja, não discute o mérito da questão, de que o auxílio é uma vergonha para o poder judiciário como um todo.
Na segunda-feira (26), o ministro Luiz Fux STF revogou a liminar que autorizava o pagamento de auxílio-moradia para a magistratura, Ministério Público, Defensoria Pública e tribunais de contras.
A decisão veio no mesmo dia em que o ilegítimo Michel Temer (MDB) sancionou o reajuste em 16,38% para o Judiciário.
A barganha foi clara e vergonhosa.
Mas para Raquel Dodge não basta. Ela quer o aumento para o MP sem perder a “boquinha” do auxílio moradia, que é mais do que ganha a maioria das famílias do país.
Nunca é demais lembrar que Temer sancionou o aumento no salário de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que saltou de R$ 33 mil para R$ 39 mil, com a promessa de a liminar de Luiz Fux sobre o auxílio-moradia fosse revogada.
Entretanto, Raquel Dodge quer manter a mamata. Segundo a procuradora, Fux deve rever sua decisão ou submetê-la ao plenário. Dodge não entrou no mérito da constitucionalidade do benefício — que imoral é, de acordo com a opinião da maioria dos brasileiros.
Independente de possuírem casa própria ou não, todas as carreiras judiciárias recebem um ‘checão’ gordo mensal de R$ 4,3 mil do erário, qual seja, do contribuinte.
Segundo a OAB do Paraná, em recente pesquisa, 60% dos advogados paranaenses ganham mensalmente menos que o auxílio-moradia.
Fonte: Blog do Esmael