22 dezembro 2018

CADÊ OS AEVPs ? : Nova fuga com auxílio externo nesta noite de 21/12 no CPP de Mongaguá/SP

Nesta noite de sexta-feira, 23:15, no CPP de Mongaguá, ocorreu a fuga de três presos. O delito contou com a participação externa de outros criminosos.






Sifuspesp
Publicado: 22 Dezembro 2018


Fuga ocorreu durante a noite desta sexta feira em Mongaguá. Criminosos não foram localizados
(Imagem: Rogério Soares/AT)




Próximo das 22 horas, foi avistado próximo do local um veículo de onde saíram aproximadamente quatro elementos. O alarme no entanto foi acionado posteriormente no horário acima descrito (23:15h), com a fuga dos três presos.

Um dos fugitivos foi rendido na área externa, mas outros dois evadiram-se.

 A fuga ocorreu com a quebra de janelas, bastante fragilizadas. A equipe de trabalho, no entanto, bastante atenta, conseguiu recapturar um dos presos.

Segundo informe local, incidentes como este têm ocorrido constantemente devido a falta de manutenção do local e um reduzido efetivo. O incidente ocorreu no pavilhão I, da unidade.

 Parabenizamos a equipe de trabalho e assim que obtivermos novas informações, informaremos a categoria.


Segunda ocorrência de fuga com auxílio externo na semana


Um agente de segurança penitenciária (ASP) do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) "Dr Rubens Aleixo Sendin" de Mongaguá levou um tiro de raspão durante uma tentativa de resgate, na madrugada da última quarta-feira, 19/12. O fato ocorreu quando o ASP tentava acionar o alarme durante a evasão dos presos. Ele levou um tiro raspão na perna, mas passa bem.

O CPP de Mongaguá não é a primeira unidade de regime semiaberto a ser surpreendida por ataques de bandidos da área externa auxiliando fugas neste ano de 2018. As ocorrências são semelhantes: aparecem armados e atiram contra o presídio, deixando os agentes e população carcerária em situação de perigo extremo.

Uma das lutas do SIFUSPESP é a presença de Agentes de Escolta e Vigilância (AEVPs) nas muralhas dos CPPs para garantir a segurança dos agentes e dos próprios presos. Além de ajudar a impedir este tipo de evasão.




Fonte: Sifuspesp
Fonte Imagem: A Tribuna


Contraponto:    

No site da SAP consta as seguintes informações sobre a U.P. CPP "Dr Rubens Aleixo Sendin" de Mongaguá

População prisional - data: 17/dez
Capacidade: 1640   População: 2806

Há que se notar que em uma U.P onde sua capacidade de lotação está com 1.166 detentos acima do que realmente comporta, alguma coisa está errada no Sistema Prisional Paulista e já passou da hora de colocarmos a boca no trombone. 

Nesta mesma semana, no dia 19/12, uma outra fuga, com auxílio externo tambem, tendo inclusive um servidor ferido de raspão por disparo de arma de fogo.  A unidade não tem a presença dos profissionais que poderiam prestar a segurança armada de forma adequada proporcionando segurança real e concreta ao servidores, aos detentos e a própria U.P. Estes servidores são so Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária(AEVPs)

Também nesta semana uma agressão a Servidor,  na PI de Franco da Rocha, onde o mesmo foi severamente agredido, U.P, que está com a capacidade excedida em 1.020 detentos. 

Não é possível que o administrador não entenda que é humanamente impossível colocar excessivos contigentes de detentos em estruturas prisionais que não suportam tais populações carcerárias, sem o número adequado de servidores e que consequentemente irá ocasionar os mais diversos problemas, não apenas de tentativas de fugas. 

Faltará tudo,  agentes penitenciários, motoristas, oficiais administrativos médicos, servidores técnicos, dentistas, enfermeiros, viaturas, sobrecarga dos sistemas de água, esgoto, energia elétrica. fora o desgaste de todos os servidores que terão que ser responsabilizados por uma população carcerária acima de sua capacidade de trabalho. 

E com isso vem o strees, o desgaste piscológico, a frustração profissional, a falta de valorização, o desrespeito e isso tudo abre caminho para doenças psiquícas, depressão, pressão alta, alcoolismo, uso de drogas, desestruturação familiar e segregação social.  Arrastando centenas e centenas de servidores ao limbo. 

Como é possivel ver o administrador transformando em Depósitos Humanos tais edificações, e ao mesmo tempo pregando a Ressocialização e a Recuperação dos Detentos? Como é possível ver o Judiciário paulista omisso em relação aos atos do Executivo que nada faz para resolver tais problemas?

Sabemos que isso se repete em mais 70% das unidades prisionais. Fica então uma pergunta no ar. Até quando? Até a próxima tragédia ?