Ex secretário André Caffáro soube de sua demissão pelo Diário Oficial e ficou somente 10 dias no cargo.
Por Marco Antonio Martins e Leslie Leitão, G1 Rio e TV Globo
11/01/2019 09h20 Atualizado há 44 minutos
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| Governador não deu tempo para o secretário nem mesmo compor sua agenda de trabalho |
O secretário estadual de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, André Caffaro Andrade, foi exonerado nesta sexta-feira (11), ficando apenas 10 dias no cargo. André não foi comunicado da decisão e só soube de sua demissão ao ver o decreto do governador Wilson Witzel publicado no Diário Oficial desta sexta.
O nome de Caffaro havia sido confirmado na edição do Diário Oficial do dia 1º de janeiro para comandar a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Esta foi a primeira vez na história da secretaria que um agente esteve à frente da pasta, essa escolha foi uma promessa de campanha de Witzel.
Caffaro é formando em Odontologia e trabalha como cirurgião-dentista. Desde 2016, ele coordenadava a saúde ocupacional da Seap. Para o lugar do exonerado, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, nomeou o coronel da Polícia Militar Alexandre Azevedo de Jesus.
Carioca, bacharel em Direito, Azevedo nasceu em 21 de janeiro de 1972. Servidor público do estado há 27 anos, trabalha como gestor da área penitenciária desde 2002.
É pós-graduado em Direito Penal e Processo Penal pela Universidade Cândido Mendes. Concluiu o curso de especialização em Direito da Fundação Escola da Defensoria Pública. Especializou-se em Metodologia e Técnica de Ensino com ênfase em Administração Escolar e, pelo Instituto Modus Faciendi, cursou “Bases Pedagógicas, Jurídicas, Políticas e Políticos sociais”.
Fonte: G1
Contraponto:
Depoimento de Inspetor da Secretária de Administração Penitenciária
VERGONHA.
Se existe um sentimento que define a atual situação de nossa categoria com certeza este seria o de VERGONHA, perdemos para nós mesmos, sucumbimos em uma verdadeira fogueira de vaidades e conspirações, como marionetes fizemos o jogo sujo para perdermos o que mal havíamos conquistado.
Caffaro foi o primeiro agente a assumir a Seap — essa escolha foi uma promessa de Witzel durante a campanha, mas sabíamos e havia escrito que isto desagradava inúmeros setores, dado o interesse em manter nossa secretaria em mãos estranhas, e, que deveríamos nos policiar para não perdermos para nós mesmos.
Quem somos? Onde estamos? O que fazemos aqui? Antes de desejarmos ser alguma coisa, devemos ter sentimento de corpo, uns desejam ser policiais civis, outros Policiais penais, mas acima de tudo não descobrimos que ainda não somos nada e caminhamos céleres para o abismo com esta divisão que só nos prejudica.
O Governador tem sobre sua mesa uma pasta lotada de prints de tela de zaps uns escopetando os outros, denuncias infundadas, resoluções sem pé nem cabeça, exposição gratuita, nestes primeiros dez dias nossa secretaria foi à única que acumulou uma serie de mensagens para o governador.
Pois bem, passados apenas 10 dias sinalizamos que não podemos ser emancipados, o sentimento de filho bastardo se apoderou de nós, chibata no lombo, mais uma vez estranhos se apoderam de nosso espaço, não por competência, mas por total incapacidade de percebermos o quão importante era esta manutenção da pasta em nossas mãos.
Durante anos o MANTRA repetido milhares de vezes de que é melhor um estranho a algum de nós tomou conta, se transformando em uma verdadeira maldição, vivemos a síndrome de Estocolmo, do cachorro vira-lata ou do filho bastardo, não temos identidade nos prostramos aos primeiros que aparecem, caímos de quatro, não entendemos que de nossas vidas funcionais depende uma secretaria forte e principalmente nossa.
Mas todas estas coisas são o principio de dores, não importa a qualificação de quem chega, não é isto que esta em discussão, mas tão somente a nossa capacidade de nos destruirmos, Senhor Governador que a sua palavra no Club Municipal que nos entregaria nossa secretaria seja mantida, se não foi com nosso companheiro Caffaro que outro seja escolhido, mas que este seja um servidor de CARREIRA.
Dórea.
