30 março 2019

Agentes penitenciários flagram celulares e ilícitos em caminhão de alimentação no Instituto Penal de Campo Grande/MS

Dois detentos do regime semiaberto são os suspeitos de camuflar carga em meio à caixas de steak. Agepen vai investigar quais presos receberiam e como seria a distribuição.







Por Graziela Rezende, G1 MS
30/03/2019 10h22  

Polícia apreendeu carga ilícita dentro de caminhão com comida para presos de MS
Foto: Polícia Civil/Divulgação





A polícia apreendeu mercadorias ilícitas dentro de um caminhão, prestes a descarregar comida para presos, no Instituto Penal, em Campo Grande. Logo que o motorista estacionou, nessa sexta-feira (29), os agentes penitenciários fizeram vistoria e constataram o crime. A investigação apontou dois detentos, do regime semiaberto, como as pessoas que camuflaram os objetos dentro do veículo.

O motorista foi questionado e disse que trabalhava, há pouco dias, na distribuidora de alimentos. Ele ressaltou ainda que não tinha acesso a carga, já que era lacrada no pátio. Os investigadores então foram até o local, na avenida Costa e Silva, endereço da empresa reponsável pelo caminhão e no local foi informado que o carregamento dos produtos foi realizado por dois funcionários: Willian Bruno, 28 anos, e Franscisco Leite, 26 anos, que cumprem pena em regime semiaberto e prestam serviços para a empresa há 4 dias, que ambos cumprem pena em regime semiaberto e, durante o dia, trabalhavam na empresa.

Os policiais encontraram no armário deles bebida alcoólica e encaminharam os produtos para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro. Em seguida, os agentes penitenciários que apreenderam os produtos prestaram depoimentos. Eles ressaltaram que, nos últimos dias, foi intensificada a vistoria para coibir a entrada de ilícitos, quando acharam os produtos em meio a caixas de steak.

Produtos seriam entregues no Instituto Penal de Campo Grande - Foto: Bruno Henrique/Correio do Estado



Foram encontrados: 10 celulares, 48 cartelas com comprimidos de estimulante sexual, 8 carregadores e 9 chips de aparelho celular, 1 bateria anexada a um cartão de loja, 3 fones de ouvido e o mesmo número de bonés, 20 carteiras de cigarro, 6 camisetas e 5 carregadores portáteis.

Ao G1 a assessoria de imprensa da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) informou que agora haverá outra investigação, para verificar quem receberia e como se daria essa distribuição dos produtos.

O caso foi registrado como favorecimento real e corrupção, entre outras qualificadoras.




Fonte: G1

Contraponto: Fatla de senso dos responsáveis pela empresa em responsabilizar dois presos do semiaberto em fazer os carregamentos dos referidos produtos. Ou é pura inocência dos mesmos, ou alguém mais está em conluio com toda esta patifaria. Inadmissível.