19 março 2019

Sumiço de inquérito beneficia líder de facção criminosa e assassino do agente de Álvares Machado/SP

Elvis Riola de Andrade não pagou por alguns dos crimes mais graves que teria cometido durante os ataques que a facção cometeu em São Paulo em 2006.

JORNAL DA RECORD  
18/03/2019 - 23h09

Elvis Riola de Andrade não pagou por alguns dos crimes mais graves que teria cometido



O inquérito começou porque o líder era suspeito de ter organizado os atentados na zona Oeste da cidade.
Ele é o assassino do agente penitenciário Denilson Dantas Gerônimo, de 27 anos,  que foi executado com 14 tiros de pistola calibre 380, no dia 03 de maio de 2009,  quando chegava em sua residência, no bairro Nossa Senhora da Penha, no município de Álvares Machado (576 km a oeste de São Paulo).

De acordo com a Polícia Civil, o agente havia ido com a namorada assistir a um show musical em Presidente Prudente e, no início da madrugada, retornava para sua residência quando foi assassinado.

Segundo declarações da namorada da vítima, assim que o agente estacionou o veículo na frente da casa, na rua Sete de Setembro, ele desceu do carro para abrir o portão e foi executado com 14 tiros.

Ainda de acordo com a testemunha, o autor dos disparos não disse palavra alguma. Ele deu 15 tiros e fugiu em um carro com placas de Campinas (SP). No local do crime, a polícia apreendeu 15 cápsulas deflagradas de pistola calibre 380 e alguns projéteis amassados.

Denilson Dantas Gerônimo trabalhava no sistema carcerário havia sete anos e, atualmente, era chefe de turno no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP), unidade de segurança máxima que fica em Presidente Bernardes (SP) e é destinada aos sentenciados de altíssima periculosidade e aqueles que cometem faltas graves, principalmente relacionadas ao comportamento.

Vídeo jornalístico

 
O CRP de Presidente Bernardes possui 160 celas individuais, onde o sentenciado é vigiado 24 horas por dia, tem banho de sol em horário reduzido e monitorado, não tem acesso a rádio ou TV e recebe apenas duas visitas, sem contato físico. O preso vê a visita por meio de um vidro blindado e conversa por uma espécie de telefone. A unidade abrigou sentenciados como Fernandinho Beira-mar, Marcola, Andinho, Norambuena e outros presos de alta periculosidade.

Ele foi preso passado mais de um ano após ter cometido o assassinato. Desde a data do crime, a Polícia Civil prosseguiu nas investigações que culminaram com a localização e detenção do acusado, encontrado no Grajaú, bairro da zona sul de São Paulo.

Mantida prisão de acusado de matar agente penitenciário a mando de facção criminosa

O citado assassino do agente penitenciário recorreu de todas as formas no intuito de não ser culpabilizado pelo homicídio cometido, mas seu último recurso também foi negado pelo STF no ano de 2017.

Fonte: R7