19 agosto 2019

Agente penitenciário federal acusado de matar pedreiro em show sertanejo é absolvido de homicídio em MS

Advogado alegou o processo possuía mais de 15 laudas e o juiz analisou "item por item". O suspeito acertou um tiro no tórax de Adílson, que morreu na escada que dava acesso ao camarote








Por Graziela Rezende, G1 MS
19/08/2019 

Joseilton de Souza Cardoso durante depoimento Foto: Wesley Ortiz/Arquivo


O agente penitenciário federal Joseilton de Souza Cardoso, de 38 anos, acusado matar o pedreiro Adílson Silva Ferreira dos Santos, de 23 anos, em um show sertanejo de Campo Grande, foi absolvido com a tese de legítima defesa. Ao G1 o advogado José Roberto Rodrigues da Rosa alegou o processo possuía mais de 15 laudas e o juiz analisou "item por item".

"A decisão saiu ontem e deve ser publicada entre hoje e amanhã. Ele foi absolvido com a tese de que houve a legítima defesa e não há dúvida que ocorreu. Nas minhas razões finais, o juiz já poderia decidir e reconhecer a legítima defesa. No entanto, sabemos que há uma chance muito grande do Ministério Público recorrer e aí o Tribunal de Justiça vai decidir", alegou o advogado.

Entenda o caso

A confusão aconteceu na fila do banheiro, após o evento no estacionamento do shopping Bosque dos Ipês, em setembro de 2017. No fim de semana, o primo da vítima contou o que viu. “Aí meu primo foi ajudar ele. Aí meu primo grudou na altura da cintura dele, segurou. E meio que puxou para trás, que ele estava debruçado. Aí foi o momento que ele virou com tudo e deu um empurrão no meu primo, aí foi o momento que ele sacou a arma e efetuou o disparo", comentou uma testemunha.

O agente penitenciário federal foi absolvido com a tese de legítima defesa da acusaçãode
 matar o pedreiro Adílson Silva Ferreira dos Santos, de 23 anos

Parte dessa versão está descartada porque a polícia afirma que não houve ajuda, mas, uma briga. Joseilton ficou preso por cerca de um mês, após investigação da 3ª Delegacia de Polícia Civil. O delegado adjunto Paulo Sá ainda não ouviu os parentes que estavam com Adilson no dia do show. Outras 15 pessoas já prestaram esclarecimentos na delegacia e as versões são bem parecidas.

“Os testemunhos são concisos, são verossímeis e coerentes entre si. Não quer dizer que sejam coerentes com as primeiras versões apresentadas”, destacou o delegado.

A polícia ainda aguarda os resultados de vários laudos, como os feitos no corpo da vítima e no local do crime. Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), o caso foi comunicado à corregedoria do órgão, que acompanhou todas as investigações.





Fonte: G1
Imagem: Top Mídia News