31 agosto 2019

PROJETO POLÊMICO, FILTRO TEM QUE SER EFICIENTE: Prisão de detentos gerou polêmica em Caieiras/SP

Foram duas ocorrências distintas registradas em 22 de agosto em escolas do Jardim Vitória e Jardim Marcelino.







REGIONAL NEWS
31/08/2019

Casos foram registrados em escolas do Jardim Vitória e Marcelino. Atividade foi suspensa pela prefeitura
(Fotos: Rede Social)



A prisão de seis integrantes de um programa que capacita presos do regime semiaberto para trabalhar na pintura de prédios públicos no estado São Paulo repercutiu de forma negativa na cidade de Caieiras.

A polêmica teve início após quatro dos envolvidos serem denunciados a Polícia Militar por terem recebido drogas em frente a Emef Aurora Rodrigues de Moraes, unidade onde prestavam serviços de pintura. Na outra situação, ocorrência semelhante foi atendida pela Guarda Civil Municipal, desta vez na Emef Carlos Bayerlein.

Para investigar a denúncia envolvendo integrantes de um programa de ressocialização do Governo do Estado, a PM esteve na escola e, ao abordar os presidiários, fotos foram tiradas e postadas em rede social, gerando um grande alvoroço entre os pais.

Com informações desencontradas e não oficiais sendo publicadas e replicadas de forma descontrolada, as críticas se voltaram contra a prefeitura, responsável pelas escolas e por implantar o programa que já tinha sido destinado e realizado em outras unidades da cidade sem quaisquer intercorrências.

Enquanto a maioria criticava, quem defendia pedia que ao menos eles trabalhassem aos finais de semana ou no período de férias. “Quem foi o irresponsável que teve esse ideia?”, questionou uma internauta. “Devido a presença dos presos, os alunos só podem ir ao banheiro em horários determinados”, postou outra. Vários comentários também foram feitos no grupo do WhatsApp do jornal Regional News.

Dessa forma, o caso ganhou repercussão negativa na cidade e o a reportagem procurou o prefeito Gersinho Romero e o presidente da Câmara Municipal, Dr. Wladimir Panelli, em busca de esclarecimentos.

“O projeto tornou-se polêmico, causou constrangimento aos pais e por essa razão mandei paralisar esse trabalho imediatamente nas escolas. Como é de responsabilidade do Estado, encaminhei um ofício a eles sugerindo que mudasse o dia de trabalho para um sábado ou durante as férias, além de pedir que deem condições de segurança para que pudéssemos voltar”, disse Gersinho.

Ainda segundo o prefeito, apesar do programa gerar economia ao município, a prioridade é a segurança dos alunos, dos pais e funcionários. “Não vamos comprometer a segurança da população e dos alunos. Por isso mandei paralisar o projeto em Caieiras”, completou.

O presidente da Casa de Leis, seguiu a linha do prefeito e informou que pretende mudar a modalidade do programa. “O projeto alcançou as escolas de Caieiras para ajudar a comunidade e a cidade.

Prevíamos uma economia de mais de R$ 500 mil. Mas depois de cinco trabalhos, uma das escolas trouxe problemas e a atividade foi suspensa imediatamente. Decisão tomada após uma reunião com os secretários da Educação e Segurança do município. Se o Estado aceitar mudar os dias de trabalho, voltamos com o projeto. Caso contrário, não”, reforçou Dr. Wladimir Panelli.


Caso de polícia


Por envolver presos e drogas, o caso virou de polícia. Na situação registrada na Emef Aurora Rodrigues de Moraes, quatro pessoas foram detidas, além de terem sido apreendidos pinos de cocaína e maconha.

De acordo com o BO nº 2583/2019, as investigações continuam. Após a abordagem a Polícia Militar, teve início uma investigação e com a ajuda de imagens de câmera de segurança da escola foi possível identificar quatros dos mais de 20 presos que trabalham na escola.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, na tentativa de se livrar do flagrante, um deles engoliu a droga. A ação foi confirmada após a realização de um raio-x no pronto-socorro. Todos foram presos em flagrante.

Na ocorrência registrada na Emef Carlos Bayerlein, outros dois assistidos pelo programa de ressocialização foram presos pela Guarda Civil Municipal.

Segundo o BO nº 2585/2019, a GCM recebeu uma denúncia de que os presos estariam fazendo uso drogas em frente à escola, além de mexer com mulheres que passavam pelo local. Após abordar todos os detentos, parte deles acabou conduzida à delegacia após terem sido flagrados recebendo uma sacola que continha droga e bebida alcoólica de uma pessoa com bicicleta, também ouvida pela polícia.



Fonte: REGIONAL NEWS