O policial penal Wagner Moura, de 41 anos, morreu na última terça-feira, estava com Covid-19.
Carolina Heringer
16/04/20 16:25
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Policial penal Wagner Moura tinha apenas 41 anos de idade - Imagem: SindSistema |
Segundo informações da Seap, o agente se apresentou para trabalhar na semana passada, mas foi orientado a retornar para casa após ser verificado que ele estava com febre. Internado no Lourenço Jorge, Wagner fez o exame para saber se tinha sido contaminado pelo novo coronavírus.
O Complexo de Gericinó, onde Wagner trabalhava, concentra 27 das 51 unidades prisionais do estado do Rio, incluindo hospitais. Em nota, a Seap lamentou o falecimento do agente e informou que está prestando o auxílio necessário aos seus familiares.
Wagner Moura estava trabalhando dentro dos padrões especificados e se protegendo como podemos ver nesta publicação de 02/04/2020 - Imagem: SindSistema |
A secretaria também informou que até o momento, 121 servidores estão afastados de serviço por questões médicas. "A Seap esclarece que, como procedimento de rotina, os atestados médicos dos mesmos são encaminhados à pericia da Secretaria de Estado de Saúde, que os analisa e tem a responsabilidade de deferir ou não a licença médica", diz a nota.
Nota do SindSistema
Apesar da Seap informar que está prestando o auxílio necessário aos familiares do servidor, o sepultamento contou com a “vaquinha” de colegas de trabalho. Embora a pasta tenha divulgado na terça-feira (14), em um vídeo publicado em seu Instagran oficial, que até o momento não havia nenhum caso (da doença) confirmado na SEAP, desde a semana passada outros dois inspetores penitenciários encontram-se internados com diagnóstico positivo para Covid-19.
Complexo Penitenciário de Gericinó com suas 27 Unidades Prisionais - Clique para ampliar |
Wagner é o primeiro inspetor penitenciário do Estado do Rio de Janeiro vitimado pelo Covid-19. Ele trabalhava na Penitenciária Gabriel Ferreira Castilho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, Zona Oeste do Rio, no recebimento de bolsas trazidas por visitantes. Medida tão contestada pelo Sindicato que chegou a ser chamado de irresponsável por denunciar tal postura da Seap.
Foi necessária uma Ação Judicial do SindSistema para que os Equipamentos de Proteção Individual chegassem aos inspetores penitenciários responsáveis pela revista, embora as visitas estejam suspensas.
O apelo agora é para que os servidores utilizem os equipamentos. O presidente do Sindicato continua indo às unidades prisionais e acompanhando de perto o cumprimento da decisão judicial.
Fonte: O DIA/SINDSISTEMA
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