Vídeo: Doria afirma que servidores de carreiras essenciais, mesmo no grupo de risco devem se sacrificar(até morrer?)

A entrevista foi na manhã desta segunda feira, 13/04/2020 durante seu pronunciamento sobre as medidas de combate ao covid-19.

Leandro Leandro
13/04/2020

Para o governador João Agripino da Costa Doria Junior não importa se o servidor faz ou não parte dos grupos
de risco, neste momento ele deve se sacrificar em nome de seu triunfo pessoal e projeção política

O governador apenas se esqueceu de citar que devido a liminar que o Sindicato conseguiu obter na justiça, a SAP reeditou o decreto para afastar o grupo de risco e mesmo sendo cassada a liminar, ainda continua com validade. Pois se o que ele diz é que mesmo que os servidores que sejam  do grupo de risco devem sim continuar trabalhando, isso é uma irresponsabilidade sem tamanho.

E vai na direção oposta e contra tudo o que ele está pregando neste momento, fazendo cena de bom moço e de estar de fato preocupado com a população do estado de São Paulo. Ainda que sabedores que somos que todos aqueles que fazem parte dos grupos de risco estão mais suscetíveis a exposição do Covid-19, o novo coronavírus, e que além de poderem se infectar, levar para o seu lar e a todos os seus familiares o terrível vírus, e mais, estes servidores estão correndo sérios riscos de morte

Pois segundo suas palavras as categorias essenciais, mesmo os servidores destas fazendo parte do grupo de risco, devem continuar a trabalhar e se sacrificar, ou seja "morrer" em nome de suas posturas e de suas apresentações, pois está claro e visível a sua plataforma política em relação a esta pandemia.

Vídeo onde Doria afirma sobre o sacrifício dos servidores

Não vamos deixar de nos preocupar com a seriedade da situação que dizima vidas de fato, porém as decisões e aplicações devem ser tomadas de modo educativo e informativo, a despertar nos cidadãos a sua própria responsabilidade diante deste funesto momento por qual passamos, porém, sem arbitrariedades, repressão ou autoritarismo.

Mesmo porque sabemos que nem mesmo a coragem de interromper as visitas no Sistema Penitenciário Paulista ele teve, o Ministério Público de São Paulo teve que intervir, os Sindicatos tiveram que mover Ações Judiciais para que isso viesse de fato a ocorrer. E esta teria que ser uma de suas primeiras medidas, se estivesse de fato preocupado com a pandemia.

Mas qual, é muito mais fácil colocar um bom terno alinhado, gel nos cabelos e um sapato italiano e ir a frente das câmeras e posar de bom samaritano ou ainda de solidário e de altruísta, quando sabemos que nenhuma destas qualidades faz parte de seu caráter, que visa e enxerga apenas números, listas e planilhas de excel e de cifrões, de preferência dolarizados.

Leandro Leandro

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