Após blitz e transferência de 1133 presos, são encontrados R$140 mil e armas de fogo em Penitenciária de Goiânia/GO

As revistas continuam sendo feitas ao longo deste sábado para saber se há armas e outros objetos que não poderiam estar no local.

Pedro Paulo Couto

Colaboração para o UOL, em Goiânia

05/12/2020 15h29

Revista em penitenciária encontra R$ 140 mil durante transferência de presos em Goiás-Imagem: Divulgação/SSP-GO

Uma revista feita no Penitenciária Odenir Guimarães (POG) encontrou R$ 140 mil em espécie no local após ser realizada a transferência de 1.133 presos, na manhã de hoje, na região metropolitana de Goiânia. Além do dinheiro, foram apreendidas armas de fogo e celulares.

"Logicamente, que esse dinheiro, os celulares e as armas encontradas, tudo será objeto de apuração pra saber como entraram no presídio", afirmou o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda.

A operação, chamada de Kaizen, foi feita hoje para transferir os presos que estavam na penitenciária, que fica no Complexo Prisional, para diversas unidades espalhadas pelo estado, em nove regionais diferentes. 

Policiais penais do GIT se preparam para a fazer a Intervenção na POG/GO

De acordo com o secretário, o motivo da transferência foi a necessidade de realização de obras na POG, que começam nesta segunda-feira (7), além de uma possibilidade de conflito entre os detentos, que são de facções rivais.

Uma revista mais completa será realizada na penitenciária nos próximos dias. Foram mais de 700 servidores envolvidos na transferência, entre integrantes das polícias Militar, Civil, Técnico-Científica, Rodoviária Federal e do Corpo de Bombeiros. 

"Conforme novas unidades prisionais vão sendo inauguradas em Goiás, vamos readequando os presos no sistema", finalizou o secretário.

Transferência de mais de 1 mil detentos da Penitenciária Odenir Guimarães do
 Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia Goiás — Foto: Reprodução/DGAP

Mudanças

Diretor-geral de Administração Penitenciária, o coronel da Polícia Militar Agnaldo Augusto explicou que a estrutura do presídio é muito antigo e exige mudanças para atender os presos e garantir a segurança dos servidores.

“A unidade tem mais de 60 anos, um custo de manutenção muito alto, tem problemas sanitários, elétricos e hidráulicos e uma arquitetura que não se adequa mais aos tempos de hoje. Sempre foi um problema no estado e agora temos condições de reorganizar”, contou.

Ainda de acordo com ele, a reforma do local está prevista para começar na segunda-feira (7). A expectativa é que, quando estiver pronta, ela permita uma economia de até 30% nos gastos com a POG, já que procura evitar desperdício de água e energia.

Fonte: UOL/G1

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