O MPE (Ministério Público Estadual) de São Paulo acusa o preso Wagner Rodrigo dos Santos, 42, o "Branquinho", de ter movimentado US$ 13,6 milhões para os cofres do PCC (Primeiro Comando da Capital) no período de 17 de outubro de 2018 a 27 de julho de 2019.
Josmar Jozino
Colunista do UOL
15/12/2020
Wagner Rodrigo dos Santos, 42, o "Branquinho", é acusado de ser gerente financeiro do PCC, com movimentações milionárias - Imagem: Reprodução |
Branquinho foi preso em 12 de fevereiro de 2019. A planilha mostra que no dia seguinte ele ordenou uma remessa de US$ 1,3 milhão para a facção. Em 1º de março de 2019, ele foi transferido para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), presídio considerado de segurança máxima.
Ainda segundo o MPE, Branquinho também é apelidado de Peixeiro e autorizou de sua cela na P-2 de Venceslau 22 remessas de dinheiro para os cofres do PCC, num valor total de US$ 5,5 milhões, entre março e junho de 2019.
Antes disso, ainda em liberdade, entre outubro de 2018 e janeiro de 2019, movimentou US$ 6,8 milhões em nove operações. Os três valores somados totalizam os US$ 13,6 milhões. De acordo com o MPE, o dinheiro é proveniente do tráfico de drogas.
Por causa das acusações feitas pelo MPE, no último dia 26, o preso foi comunicado pela direção do presídio de ter cometido falta grave na unidade. A SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária) instaurou o Procedimento Interno Disciplinar 153/2020 para apurar o caso.
Operação Sharks Foto: Ministério Público de São Paulo - Clique na imagem para ampliar |
Advogados e visitas comunicam coordenadas entre presos, aponta MPE
As investigações concluíram que Branquinho, de dentro da P-2 de Presidente Venceslau, continuou a gerir a organização criminosa, comunicando-se com outros presos integrantes do PCC custodiados em outros presídios.
As operações teriam sido feitas, segundo as investigações, por meio de comunicações com visitas, advogados, correspondências e contatos com presos de outras unidades prisionais.
A SAP aplicou punição de 30 dias de isolamento em cela especial para Branquinho e propôs a internação dele em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), sistema de castigo no qual o preso fica trancado em xadrez individual 22 horas por dia e só sai para duas horas de banho de sol.
A planilha estava armazenada em um pendrive apreendido em 14 de setembro deste ano durante a deflagração da Operação Sharks, desencadeada pelo MPE no estado de São Paulo. O material foi encontrado na casa de um dos alvos.
Movimentação financeira atribuída ao PCC, administrada por Wagner Rodrigo dos Santos, o "Branquinho", ou "Peixeiro", como consta na tabela elaborada pelas investigações do MPE Imagem: Reprodução |
PCC movimentou R$ 1 bilhão em pouco mais de um ano
O MPE denunciou à Justiça 19 pessoas acusadas de integrar o PCC. Todos tiveram a prisão preventiva decretada e são réus. Alguns deles, como Branquinho, já se encontravam presos. Promotores de Justiça disseram que juntos, eles movimentaram R$ 1 bilhão em pouco mais de um ano.
O preso Décio Gouveia Luiz, o Décio Português, recolhido na P-2 de Presidente Venceslau desde agosto de 2019 é, assim como Branquinho, acusado de exercer função de comando no PCC de dentro da prisão.
A mesma punição imposta a Branquinho foi aplicada pela SAP a Décio Português. Ele é apontado pelo MPE como líder principal do PCC na P-2 de Venceslau, em substituição a Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe máximo da facção, removido em 2019 para presídio federal.
Em vídeo Gaeco-MPSP, discorre sobre a Operação Sharks
Advogados de Branquinho alegam que ele não tem o apelido de Peixeiro. Afirmam ainda que as acusações são infundadas porque desde 1º de março de 2019 o cliente está em presídio de segurança máxima, onde há bloqueadores de sinal de telefonia, as comunicações são restritas e monitoradas e, portanto, não poderia ter cometido nenhum crime.
Segundo os advogados, não há provas de que Branquinho integre o PCC nem que tenha se comunicado com presos de outras penitenciárias. Para os defensores, ele tem bom comportamento na prisão e é vítima de injustiça.
A defesa de Décio Português também sustenta que ele não é integrante de facção criminosa, não foi denunciado na Operação Sharks e que não há prova de que tenha exercido função de comando no PCC na prisão. Documento da SAP atesta que ele tem bom comportamento no presídio.
Fonte: UOL
Isso fora SP...
ResponderExcluirNé?
INTERIOR = PSDB = P= PÉS S= SOLO D = DE B= BARRO
ResponderExcluir## Não coloque a nós, do interior, na mesma frase que PSDB pq espero que todos acordem e percebam o câncer q PSDB tem sido para SP. Assim como nem todos do interior votaram no PSDB, nem todos da capital votaram em outro partido. Quanto a usar as iniciais do partido pra nos comparar a esta desgraça q é o PSDB, tbm não faça isto, pq vc empregou, por exemplo, a letra "S" como "solo" e, evidentemente, sabe que é do solo que vem o alimento. É do solo que vem o material usado nas construções. É do solo que vem o material empregado nas fábricas. Somos nós, do interior, junto com os trabalhadores da capital que geramos renda para este Estado Não reconhecer isto é ignorância. #
ExcluirQue coisa não?
ResponderExcluirPrefeito eleito em Riolandia é psdb...funcionário da sap!
ResponderExcluirRolândia? Kkkk
ExcluirCom certeza utilizou o iPhone rosa dos diretores para enviar as mensagens de controle do chefe. Parabéns aos envolvidos, diretoria da unidade, coordenador, bosta de secretário e equipe de milicos que não prestam pra nada além de sugar.
ResponderExcluir