Detento resgatado por criminosos em Caxias do Sul se suicida em Porto Alegre, após cerco policial

Guilherme Fernando Mendonça Huff estava escondido em um apartamento na Avenida Independência, no centro da capital, Porto Alegre.

VITOR ROSA

09/06/2021 - 13h24min

A informação inicial repassada pelas autoridades de segurança é de que ele teria dado um tiro contra si mesmo - Lauro Alves / Agencia RBS

Após um trabalho incansável das Forças Policiais de diferentes cidades do estado, iniciado após a morte do policial penal da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), Clóvis Antônio Roman, 54 anos, ocorrido na última segunda-feira (07), em ação de resgate de preso, durante escolta médica, em Caxias do Sul, teve o desfecho final na manhã desta quarta-feira (09), em Porto Alegre.

Com o exaustivo trabalho de inteligência da Brigada Militar, e investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi descoberto o paradeiro do criminoso em Porto Alegre. A Brigada Militar, juntamente com a Polícia Civil chegaram no apartamento onde ele estava escondido. Ao perceber a presença policial, ele tentou fugir, e encurralado acabou se suicidando.

Principal motivador do assassinato do policial penal Clóvis Antonio Roman, também morre após cerco policial

Guilherme Fernando Mendonça Huff estava escondido em um apartamento na Avenida Independência, no Centro da Capital. A informação inicial repassada pelas autoridades de segurança é de que ele teria dado um tiro contra si mesmo quando as equipes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e do setor de inteligência da Brigada Militar chegaram ao local.

A polícia prendeu quatro suspeitos durante operação desta quarta-feira, além de cumprir um mandato dentro de um presídio em Caxias do Sul. A primeira ocorreu no apartamento na Avenida Independência e, simultaneamente, equipes da Polícia Civil prenderam outro suspeito em um apartamento na Rua Santa Cecília, também na Capital. 

Em Caxias do Sul, onde foram apreendidos coletes balísticos, munições, carabina, rifle e fuzil,
além do veículo que aparece nas filmagens do resgate do preso na UPA Zona Norte.

Outra prisão ocorreu em Portão, no Vale dos Sinos. A companheira de Huff, apontada como uma das financiadoras do resgate, foi detida enquanto ia para o trabalho em Três Cachoeiras, no Litoral Norte. 

Ainda na segunda-feira a BM e a PC, já haviam chegado num dos endereços de apoio a quadrilha, na rua Ludovíco Cavinato, no bairro São José em Caxias do Sul, onde foram apreendidos coletes balísticos, munições, carabina, rifle e fuzil, além do veículo que aparece nas filmagens do resgate do preso na UPA Zona Norte.

A polícia prendeu quatro suspeitos durante operação desta quarta-feira, além de cumprir
um mandato dentro de um presídio em Caxias do Sul

Quem era o presidiário Guilherme Huff

Guilherme, mais conhecido como Mig, estava preso na Penitenciária Estadual de Caxias desde março deste ano. Ele havia sido detido em Osório, como integrante da facção Os Manos, que já atuou na região de Lajeado, no Vale do Taquari.

Natural de Lajeado, ele foi preso em flagrante em 17 de janeiro, em Pouso Novo. Na data, a Brigada Militar apreendeu um carregamento de 841 quilos de maconha que estava sendo descarregado de uma carreta bitrem no estacionamento de um minimercado na BR-386. Ele e mais quatro homens foram presos e um sexto conseguiu fugir.

Huff respondia a processo por tráfico internacional de drogas. Era integrante de facção com base no Vale do Sinos e atuava no Litoral Norte e no sul de Santa Catarina. Devido à ligação com o Estado vizinho, sua defesa já havia pedido transferência para o Presídio Regional de Araranguá.

Fonte: Gaúcha ZH/Blog do Juarez

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