Polícia investiga caso de rapaz que apanhou de criminosos após desrespeitar aviso, veja vídeo abaixo.
Danilo Verpa
Rogério Pagnan
16.dez.2021 às 13h36
Atualizado: 16.dez.2021
Faixa em Heliópolis, na zona sul da capital, proíbe motociclistas de empinar moto e fazer barulho; mesma mensagem foi vista em outras comunidades da capital - Danilo Verpa/Folhapress |
"Tirar de giro" é, na "quebrada", a manobra realizada por motociclista que provoca a explosão do escapamento, barulho que se assemelha a disparos de arma de fogo. "Chamar no grau", por sua vez, é empinar a roda da frente da moto para se exibir.
"Quero dizer que essas faixas são, sim, para serem respeitadas, entendeu, mano? Quem está colocando é a comunidade, é o crime, em prol da população", diz o rapaz, fazendo, segundo ele mesmo, uma retratação de uma postagem anterior em que aparece "tirando de giro" e desrespeitando uma dessas faixas.
A gravação é acompanhada por homens desconhecidos e, diante deles, o motociclista explica a ordem do crime: "devido à molecada tirando giro, tirando um barato do pessoal, empinando, [isso] coloca em risco a criançada e idosos" e incomoda "trabalhador que não consegue dormir".
Sob ameaça de criminosos, ele finaliza dizendo que está postando o vídeo para dar exemplo.
"Porque quem vier a fazer isso daí vai ser pego para exemplo, como eu estou sendo", diz ele. Em seguida, é espancado por um homem com chutes, socos e cotoveladas.
"Corretivo aplicado em infrator da lei da quebrada"
A Folha apurou que em praticamente todas as regiões de São Paulo essas faixas foram vistas, inclusive em vias importantes de acesso a grandes favelas, como Heliópolis, na zona sul da capital.
Também foram identificadas pela reportagem as mesmas faixas em Parelheiros, na zona sul, e em Jaçanã, na zona norte. Em todas essas regiões o crime é monopolizado pelo PCC, maior facção criminosa do país.
Assim como na Grande São Paulo, os moradores desses bairros informam que elas foram colocadas nessas vias para aviso aos infratores, que são punidos em eventual desobediência. As punições geralmente ganham publicidade para conseguir o efeito dissuasório.
Não está claro nesse código do PCC qual a punição para os reincidentes.
Criminosos espalham em Parelheiros, zona sul da capital; mesma mensagem foi encontrada em ]outras regiões da capital e grande São Paulo - Redes sociais |
No inquérito, a polícia também realiza diligências para esclarecer todas as circunstâncias do fato.
A polícia também diz, em nota, que "a Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) do município investiga outros locais na cidade em que possam existir faixas, no intuito de apurar eventuais crimes existentes por trás de tal comportamento".
E finaliza: "Com relação às faixas colocadas nas demais regiões, as delegacias das áreas mencionadas iniciaram apuração para verificar se há ligação entre a instalação dessas faixas e criminosos".
Fonte: Folha de São Paulo
Contraponto:
A presença diuturna das Forças de Segurança impõe respeito, segurança e dão credibilidade ao próprio estado |
Pois onde falta Estado, um Poder Paralelo há de se instalar e ocupar este vazio, isso é inevitável. Ocorreu o mesmo nas Unidades Prisionais do estado de São Paulo em meados dos anos 90, presos recém chegados a determinadas U.Ps, coisa ai de 06 a 08 meses, promoviam rebeliões com o intuito de serem transferidos para outra U.Ps, para dar continuidade a seus planos de disseminação da ideia do Primeiro Comando da Capital (PCC), e foi como um rastilho de pólvora aceso, foi devastador seus efeitos. E o mundo e os país todo ficou sabendo desta triste realidade em pouco tempo.
Apesar dos diversos alertas de agentes penitenciários e demais servidores, a Administração fechou os olhos aos problemas relatados, e então vieram as megarebeliões, onde após já estarem consolidados na maioria das U.Ps, também tomaram o poder nas U.Ps onde havia resistência, inclusive com assassinatos cruéis, degolas, retirada de vísceras dos inimigos e impondo o terror enfim conseguiram o domínio deste enorme espaço público.
O Estado presente, combater o crime e se impõe como a Força que defende a sociedade da presença do caos |
Vem então o vazio, pois espaço público não ocupado pelo Poder Público, será inevitavelmente ocupado pelo Crime Organizado, e os exemplos são muitos, pois enquanto o estado se move dentro da burocracia imposta por idiotas, o crime é dinâmico, ágil e preciso em suas ocupações e estratégias de ocupações dos espaços abandonados. A ausência do Estado cria ou amplifica a já existente violência, a insegurança e o medo de toda um população de bem.
E esta precarização e desestruturação do Estado tem um objetivo totalmente maléfico, PPPs, Concessões e Privatizações dos Serviços Públicos, que são os meios mais rápidos e limpos de se desviar dinheiro do Erário e com isso darem continuidade ao seus Projetos de Perpetuação do Poder, exatamente como ocorre em São Paulo, onde já há quase exatos 27 anos o PSDB ocupa o Palácio dos Bandeirantes, e não é porque eles são assim tão bons, mas apenas porque aparelharam todo o Estado e têm dinheiro a rodo para as campanhas políticas. Só por isso.
Leandro Leandro.
E ai seu Doriana do caralho, oque vai fazer agora, vai punir o PCC por dar cacete nesses lixos que não resspeitam ninguém? Assim como vc fez com os policiais...Seu instrume de rato e paga pau de lombrozinho.
ResponderExcluirPior é que do mesmo jeito o PCC já vem fazendo nas eleições para conseguir emplacar os candidatos alinhados com o partido. Impondo nas comunidades em quem os moradores devem ou não votar
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