Polícia investiga se decapitação da zona leste está ligada à guerra interna da facção; partes de corpo também foram encontradas em Suzano (SP).
Rogério Pagnan
17.jan.2022 às 17h07
Curiosos acompanham trabalho da polícia em praça da zona leste da capital, onde cabeça de homem foi encontrada com bilhete dentro da boca - Reprodução redes sociais |
"Esse pilantra foi cobrado em cima da covardia que ele fez em cima dos nossos irmãos ‘Anselmo’ e ‘Sem Sangue’", diz o bilhete, conforme a polícia. A cabeça estava entre a guia da calçada e no pneu dianteiro de um veículo estacionado na via. Próximo do local, também foi encontrado um caso com dentadura dentro.
A polícia continua investigando o assassinato do empresário Anselmo Becheli Santa Fausta, de 38 anos, conhecido como Magrelo ou Cara Preta Imagem: Reprodução/Band |
Conforme imagens de câmera de segurança da rua, um carro aproximou-se do veículo onde estavam Fausta e Corona Neto e, dentro dele, um atirador sacou uma pistola automática e efetuou cerca de dez disparos. Ambos morreram no local.
A polícia investiga a possível ligação de crime com o encontro de partes de um corpo em Suzano, na manhã deste domingo, dentro de sacos de lixo.
Corpos decapitados podem ser "acerto de contas" por morte de líder do PCC
Também junto às partes do corpo havia um bilhete com os mesmos dizerem sobre a morte de Anselmo e Sem Sangue.
"Esse pilantra foi cobrado em cima da covardia que ele fez em cima dos nossos irmãos ‘Anselmo’ e ‘Sem Sangue’", diz o bilhete.
O material foi localizado por guardas municipais de Suzano, na Estrada das Neves, na Vila Barros, a cerca de 30 quilômetros da praça 20 de Janeiro.
Além do bilhete, os policiais encontraram junto ao corpo uma reservista e um título de eleitor em nome de Noé Alves Schaun, homem com passagens pela polícia por crimes como homicídio e roubo.
Gegê do Mangue, chefe do PCC morto no Ceará - Divulgação/ SAP |
De acordo com o colunista do UOL Josmar Jozino, especialista em crime organizado, Magrelo era ligado a Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e a Fabiano Alves de Souza, o Paca, assassinados a tiros em fevereiro de 2018 na região metropolitana de Fortaleza, no Ceará.
Ainda segundo ele, uma semana depois das mortes de Gegê e Paca, o PCC passou a enfrentar uma sangrenta guerra interna e a violência se espalhou principalmente pelas ruas do Tatuapé. As mortes dessas últimas semanas seriam, assim, desdobramento das mortes de 2018.
Fonte: Folha de São Paulo
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