Um preso matou a mulher na manhã de hoje na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), durante o horário de visita.
Josmar Jozino
Colunista do UOL
13/02/2022
Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, onde ficam abrigados integrantes do PCC |
Policiais penais disseram à reportagem que um preso do pavilhão 3 esganou a mulher, bateu a cabeça dela no concreto e jogou o corpo nu na ala inferior. O presídio tem câmeras de segurança. Mas, como as visitas ocorrem dentro da cela, os funcionários não viram a ação e nada puderam fazer.
Um servidor antigo no sistema prisional revelou que o pavilhão 3, assim como os demais na P-2 de Venceslau, abrigam condenados integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), todos apontados como de alta periculosidade.
Penitenciária 2 de Presidente Venceslau — Foto: Reprodução/TV Fronteira |
A coluna também procurou a SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária. Até a conclusão deste texto, a pasta não havia dado retorno. As informações serão atualizadas assim que houver uma resposta oficial das autoridades carcerárias e da Segurança Pública.
O autor do crime foi transferido provisoriamente para a Penitenciária 1 de Presidente Venceslau. O presídio é uma unidade de castigo, destinada a presos que cometem faltas graves no sistema prisional.
O preso deve ser removido posteriormente para o CRP (Centro de Readaptação Penitenciária) de Presidente Bernardes, cidade vizinha a Presidente Venceslau, onde poderá ficar um ano em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado).
Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) "Dr. José Ismael Pedrosa" de Presidente Bernardes |
Essa não é a primeira vez que um presidiário mata a mulher na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau em dia de visita. Em 6 de janeiro de 2008, Miriam Suban foi enforcada com corda de nylon pelo companheiro Raul Gomes de Brito, conhecido como Raulzinho Louco.
O sentenciado já tinha um histórico de violência. Em 2005, três anos antes de matar a mulher, ele liderou uma sangrenta rebelião na Penitenciária 1de Presidente Venceslau. Cinco presos foram decapitados.
As cabeças foram fincadas em bambu e expostas no telhado da unidade prisional. A matança teve repercussão mundial. As fotos foram publicadas em jornais da Europa e Estados Unidos. Os rebelados eram integrantes do PCC, a maior facção criminosa do país.
Fonte: UOL
Motivo suficiente para esses malandros não terem visita dentro da cadeia. Cadê o Ministério Público?
ResponderExcluirNunca deu certo esse negócio de visita de presos.