27 março 2023

Carrefor do PCC leva 39 anos por "decretar" morte do então diretor do CDP de Mauá; há 16 anos atrás

Em janeiro de 2007, o condenado estava preso na P II de Presidente Venceslau e, com um telefone celular, encomendou assassinato de Wellington Rodrigo Segura, executado a tiros de escopeta e pistolas.

MP/SP/Folha de São Paulo

27/03/2023

Crime ocorreu em 26/01/2007, quando o diretor geral da Unidade Prisional foi executado a tiros de
escopeta e pistolas por sua postura correta e rígida - Imagem: SAP/SP
O MPSP obteve, na quinta-feira (23/3), a condenação a 39 anos e 6 meses de reclusão no regime fechado pelos crimes de homicídio qualificado e associação criminosa armada de um integrante da cúpula do Primeiro Comando da Capital. 

Na época dos fatos, ele comandava a “sintonia do sistema”, responsável pelas ordens de execução de agentes e autoridades do sistema carcerário, segundo as informações do MP/SP.

Em janeiro de 2007, “Carrefour”, como é conhecido, estava preso na Penitenciária II de Presidente Venceslau e, de dentro da cadeia, utilizando-se de um telefone celular, ordenou a morte de Wellington Rodrigo Segura, então diretor do Centro de Detenção Provisória de Mauá. 

Planejamento e "decreto"

A Polícia Civil de Mauá (Grande São Paulo) concluiu que nove homens --entre eles três detentos-- planejaram a morte de Wellington Rodrigo Segura, 31, diretor do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Mauá no dia 26 de janeiro de 2007.

De acordo com o delegado que investigou o caso, Américo dos Santos Neto, os presos pediram a execução de Segura porque ele mantinha uma disciplina rígida dentro da unidade, que não era tolerada pelos presos do PCC (Primeiro Comando da Capital).

"Os três presos, que são do PCC [Primeiro Comando da Capital] elaboraram o assassinato para atender a uma reivindicação dos detentos do CDP. Mandaram recados, mas o diretor não mudou a postura", disse o delegado.

Condenado cumpria pena na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP) quando ordenou a morte
do diretor-geral do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Mauá (SP) - Foto: Reprodução/TV Fronteira
A reivindicação dos presos foi levada à liderança do PCC por Adriano Nogueira Leite e Maurício José de Santana, detentos chamados de "sintonia interna", que ocupam posição de líderes do PCC no CDP, de acordo com o delegado.

Eles repassaram a reivindicação para José Cláudio Pires Lealbino, conhecido como Carrefour, um dos chefes do primeiro escalão do PCC, que se encontrava preso na penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo).

"O Carrefour enviou, por meio de um "salve fechado', ou seja, por visita ou advogado, a ordem para matar o diretor do CDP", disse o delegado.

Com isso, explicou Santos Neto, Fábio Aparecido de Almeida, conhecido como Magrelo, recebeu a determinação de levantar informações sobre a vida de Segura.

"Inclusive eles chamaram de "mamão com açúcar', era fácil, porque a vítima tinha uma rotina", explicou Santos Neto.

Almeida não estava preso, assim como os três suspeitos que receberam a ordem para matar Segura, de acordo com o delegado. Os suspeitos foram contratados por Ricardo Paulo Ferreira.

Davi Borges da Silva, Denis Humberto Magui e Luciano Pereira foram os três homens que atiraram contra Segura, mais de dez vezes.

A arma utilizada no crime foi pistolas automáticas e uma escopeta, que foi deixada com Fábio de Oliveira, o Pezão, preso pelo Deic (Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado) no dia 16 de fevereiro de 2007.
MPSP reverteu a o resultado do plenario do juri popular, e assim com a reforma da decisão, foi
o verdadeiro mandante do crime sentenciado a 39 anos e 06 meses de reclusão em regime fechado

O crime

O diretor-geral do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Mauá (Grande São Paulo), Wellington Rodrigo Segura, 31, foi assassinado então na noite de sexta-feira, 26/01/2007. Ele estava dentro de uma Parati branca, carro oficial do Estado, acompanhado de Marilene Maria da Silva, 25, diretora de Recursos Humanos do CDP. Eles foram surpreendidos por uma Parati escura com pelo menos dois criminosos.

Segundo o boletim de ocorrência, Segura levou um tiro no rosto,e mais dezenas de tiros de escopeta e pistolas, já Marilene foi baleada quatro vezes. Ela veio a sobreviver e foi encaminhada a um hospital da região. O crime aconteceu por volta das 19:00h, no bairro de Jardim Santista.

Réu havia sido absolvido

Levado a júri popular, no primeiro plenário,  Carrefour foi absolvido da acusação, embora o Conselho de Sentença, formado por sete pessoas comuns, tenha reconhecido que ele seria o autor do crime

O Ministério Público apelou da sentença e o Tribunal de Justiça a reformou, reconhecendo que a decisão era contrária à prova dos autos, entendimento mantido pelos tribunais superiores. No novo julgamento realizado nesta quinta-feira, os jurados acolheram todas as teses do MPSP.  

O plenário do Júri foi realizado pela 7ª Promotoria de Justiça de Mauá com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Fonte:  MPSP/Jornal Folha de São Paulo

Um comentário:

  1. esse lixo de juiz que absolveu esse demônio, no primeiro júri, é que deveria pegar 32 anos de prisão, com certeza tava envolvido com essa raça de lixos e vermes da humanidade, raça chamada pelo juiz Odilon de Oliveira de "sebos", pois não produzem nada e não trazem nada de bom a humanidade, os "sebos" deveriam ser instintos, pena de morte, inclusive para esse ser "seboso" de agente publico, e todos os outros "sebosos" que inclusive vivem em nosso meio, exemplo o fato do cpp de são jose do rio preto, é necessário amputar essa raça de agentes nojentos da vida publica, o câncer da humanidade.

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