Grupo é investigado por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Servidor público preso e um colega também são suspeitos de levar celulares e drogas para dentro da Penitenciária Estadual de Rio Grande (Perg).
Por g1 RS
05/07/2023
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Operação foi desecadeada na madrugada desta quarta-feira, 05/07/2023 na penitenciária de Rio Grande/RS - Imagem: MPRS |
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), desencadeou nesta quarta-feira, 5 de julho, a segunda fase da Operação Perg, dentro da Penitenciária Estadual de Rio Grande (Perg).
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Promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas durante exposição da operação na Penitenciária Estadual de Rio Grande - Foto: Marcelo Kervalt/MPRS |
O alvo é uma organização criminosa sediada em Rio Grande, voltada ao cometimento dos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Os investigados – entre eles dois agentes penitenciários – também levavam celulares, drogas e dinheiro para dentro da casa prisional.
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Grupo de Ações Especiais da Susepe (GAES) traablhou na Operação, onde agentes foram presos preventivamente durante o expediente - Marcelo Kervalt / Ministério Público do RS |
Dois são presos preventivamente
Considerado o principal alvo da ofensiva, o policial penal tinha papel de extrema importância dentro da organização. É um dos responsáveis pela entrada de materiais ilícitos na cadeia. O outro mandado de prisão foi cumprido contra um homem que já estava recolhido na Perg.
Ele foi identificado como responsável por fazer os contatos e pagamentos aos policiais penais que levavam materiais ilícitos para dentro da casa prisional. Somente entre julho e novembro de 2022, o apenado movimentou R$ 545 mil em uma de suas contas bancárias.
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Policial Policial penal foi preso durante operação na Penitenciária Estadual de Rio Grande - Foto: Ministério Público/Divulgação |
“Este preso arregimentava os policiais penais e os colocava em contato com pessoas fora da cadeia. Em local determinado, geralmente no Cassino ou no Centro de Rio Grande, um membro do grupo em liberdade entregava para o agente materiais ilícitos, como drogas e celulares, dentro de pacotes. O policial penal, então, levava para dentro da Perg. Depois, o apenado pagava o agente com dinheiro em espécie ou por pix. Entre dezembro de 2018 e fevereiro de 2023, o ex-diretor da Perg movimentou em suas contas mais de R$ 7 milhões, o que é completamente incompatível com sua condição de servidor público sem outra fonte de renda lícita declarada”, conta Caldas.
No mesmo período, o agente preso na operação recebeu de visitantes e apenados R$ 391.373,51 e utilizou sempre o mesmo caixa eletrônico para depositar para si R$ 379.228,00 em dinheiro.
Essas movimentações na boca do caixa foram feitas durante o horário de trabalho ou logo após ele sair da penitenciária após o expediente.
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Material apreendido durante operação - Imagem: Marcelo Kervalt / Ministério Público do RS |
A mulher do agente foi presa em flagrante por posse irregular de munição. Ao todo, além das três prisões, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em Pelotas, Canoas e Rio Grande, onde dois veículos e um imóvel de luxo foram sequestrados.
Foram apreendidos mais de R$ 60 mil em dinheiro sem comprovação de origem, drogas, computadores, armas de fogo, munições, documentos e celulares.
Fonte: G1/MPRS
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