Os presos foram vistos e filmados na cidade fumando maconha, ingerindo bebida alcoólica, usando telefone celular e até entrando e saindo de motel. A SAP informou que a fiscalização é realizada pelo município.
Josmar Jozino
Colunista do UOL
04/03/2024
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Moradores fotografaram detentos em uma praça de Praia Grande, usando drogas e álcool - Imagem: Reprodução |
Moradores de Praia Grande relataram as irregularidades cometidas pelos presidiários a agentes penitenciários das duas unidades prisionais. Foram feitas fotografias dos detentos em uma praça no município, se reunindo e fazendo uso de drogas e álcool.
Em Mongaguá, os presos saem do presídio entre 6h e 6h30. São 200 em média. Eles usam tornozeleira eletrônica e são levados em quatro ônibus até a Praia Grande, para prestar serviços à prefeitura do município. Os trabalhos são de manutenção em praças, jardins e áreas verdes.
Os mesmos ônibus transportam os prisioneiros de volta ao CPP por volta das 16h. Porém, muitos detentos chegam embriagados. Outros são pegos tentando entrar com grande quantidade de droga na unidade. No último dia 21, um deles foi flagrado com 30 porções de maconha no estômago.
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Detento tentou levar no estômago porções de maconha para a prisão - Imagem: Divulgação |
No CPP de São Vicente, outros três ônibus transportam os detentos para o trabalho externo. Moradores de Praia Grande disseram aos agentes que viram vários deles em grupos perambulando pela cidade e ficaram muito assustados.
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Os presos monitorados segundo os denunciantes são oriundos do CPP de Mongaguá/SP - Imagem: Divulgação/Prefeitura de Mongaguá |
Deveriam ser fiscalizados por agentes
Segundo Fábio Jabá, presidente do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), os presos do semiaberto autorizados a sair para o trabalho deveriam ser fiscalizados por agentes penitenciários da unidade prisional.
Jabá afirmou, no entanto, que há um déficit de 60% no quadro de funcionários do CPP de Mongaguá. Segundo ele, no turno da noite são seis funcionários para tomar conta de 2.300 presos e, durante o dia, 12. Ele acrescentou que seriam necessários 20 no período noturno e 30 no diurno.
O sindicalista disse ainda que pediu à Justiça a interdição do CPP de Mongaguá justamente pela falta de funcionários. Jabá afirmou que o processo continua tramitando.
Matéria Jornalistíca
O que diz a SAP
A SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária) informou por meio de nota que, com relação ao trabalho externo dos presos, a fiscalização é realizada pelo município, conforme definido em contrato de alocação de mão de obra para presos do regime semiaberto.
Segundo a pasta, os detentos têm autorização judicial para trabalhar e estudar, sem fiscalização externa, além do monitoramento eletrônico.
A nota diz ainda que a SAP abriu investigação com relação aos presos flagrados no motel e que a própria Prefeitura de Praia Grande alertou o presídio sobre o abandono do trabalho.
A pasta informa também que, pelo monitoramento eletrônico, a unidade verificou a localização do motel e pediu auxílio da Polícia Militar que, junto à Guarda Municipal, abordou os infratores no local. Eles foram presos em flagrante e vão regredir para o regime fechado.
Por fim, a SAP ressaltou que a Prefeitura de Praia Grande é responsável pelo transporte dos presos da unidade prisional até o local de trabalho e no retorno deles até o CPP.
Fonte: UOL
É temerário pensar que as empresas, municípios ou qualquer outro, fiscalizem os presos no trabalho externo. Pessoas ou funcionários comuns, não possuem aquele " tato policial " como os agentes que são da área de segurança. É recorrente esse tipo de situação.
ResponderExcluirAgora vai ter mais gente fazendo dejep, vão acabar os problemas.
ResponderExcluirTem que cobrar a vara de execução, que coloca qualquer um para trabalhar. Poderia por o braço armado para fiscalizar.
ResponderExcluirNa época da extinta (COESPE) todos os detentos que saiam a rua para trabalhar tinham um ou mais agente acompanhando .Mas na atual situação não tem nem efetivo para tocar as unidades fica muito difícil.
ResponderExcluirSe os governos que já passaram pelo poder do Estado, com valorização e regulamentação essa seria uma das funções da Polícia Penal, isto é criar uma força um grupo para fiscalizar tais situações.
Mas isto na terra do Pinóquio nunca vão acontecer.
Já nos Estados da Federação que regulamentará a Polícia Penal , alguns possuem até Delegacia Penal, com serviços de inteligência e especialista na causa.
ResponderExcluirJá na terra do Pinóquio, os poucos Agentes que ainda tem, não conseguem oferecer o mínimo de vigilância e disciplina nas unidades por falta de condições das mais diversas imagináveis.
O Agente tenta contornar as situações adversas enquanto que os presos fingem que cumprem as penas e são resosializados.