Policiais penais relataram ter ouvido gritos no pavilhão e se dirigiram ao local, onde corpo foi encontrado.
POR: Carlos Rodrigues
01 de setembro de 2025
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Vista noturna das Penitenciárias I e II situadas no Município de Gália - Imagem: Arquivo Pessoal |
Daniel foi assassinado pouco depois da meia-noite, dentro de uma cela no Pavilhão 6. Três companheiros de cárcere confessaram o crime aos policiais penais que se encontravam de plantão nesta madrugada.
Os agressores, identificados como João Gabriel Silva Melo, Tiago Michel Corbalan e Guilherme Henrique Corrêa Rocha, foram autuados em flagrante pela Polícia Civil por homicídio qualificado e retornaram à prisão.
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A pequena cidade de Gália acordou com uma notícia trágica ocorrida em sua área de abrangência administrativa - Imagem: Arquivo Pessoal |
Gritos na madrugada
Agentes penitenciários relataram ter ouvido gritos vindos do pavilhão e se dirigiram ao local. Presos de uma das celas entregaram dois potes plásticos (marmitas ou bandecos) contendo sangue e orelhas humanas, afirmando que um detento havia sido morto no compartimento ao lado.
Na cela onde estava Daniel, os agentes encontraram João Gabriel Silva Melo, que confessou o assassinato e apontou o corpo da vítima, caído ao fundo do espaço. Segundo ele, o crime foi cometido com auxílio dos outros dois internos.
Todos admitiram participação e, de acordo com a polícia, narraram em detalhes como a execução ocorreu. Os depoimentos indicam que João Gabriel imobilizou a vítima com um golpe conhecido como “mata-leão”.
Em seguida, Tiago e Guilherme utilizaram uma arma artesanal, feita com lâminas de barbear, para cortar o pescoço de Daniel. Após o assassinato, o trio ainda mutilou o corpo, arrancando as orelhas e armazenando-as em recipientes de alimentos que são fornecidos aos detentos.
Os policiais penais isolaram imediatamente o local, retiraram os autores e os transferiram para outras celas, enquanto a Polícia Civil foi acionada.
Afirmação de poder
Em depoimento ao delegado, os três presos disseram ter executado Daniel como forma de afirmação de poder dentro do presídio, principalmente para intimidar detentos da cela vizinha, de quem alegam ter recebido ameaças. Segundo eles, o crime teria sido praticado para “causar temor”.
A Polícia Técnico-Científica encontrou a arma utilizada no homicídio. O corpo de Daniel foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame necroscópico.
Os indiciados ainda devem passar por audiência de custódia. A polícia também juntou a lista com os nomes dos demais presos da cela para investigar possível participação ou omissão de socorro.
O caso segue em apuração e será concluído pela Delegacia de Gália. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) acompanha as investigações.
Fonte: Marilía Notícias
Contraponto:
Segundo informações que chegaram a esse escriba, nem mesmo blitz houve na manhã desta segunda-feira.
O Complexo Penal de Gália tem atualmente 1.294 detentos na PI e 1.329 detentos na PII, totalizando 2.623 presos, quase 39% da população do município de Gália.
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