Histórico de abuso de autoridade, rejeição maciça da Polícia Civil, isolamento na SAP e incapacidade de comunicação tornam sua candidatura um erro estratégico que o governo não pode justificar.
Por Marina Milani
Publicado em 29/11/2025
Nos bastidores, a indicação já é tratada como um dos movimentos mais arriscados que o governo poderia fazer na área de segurança. E os motivos não são poucos.
1. Resistência inédita da Polícia Civil — ampla e explícita
A rejeição ao nome de Streifinger entre delegados e lideranças da Polícia Civil é pública, documentada e generalizada. A corporação entende que sua escolha representaria:
*aprofundamento da desvalorização histórica da Civil;
*enfraquecimento das funções investigativas;
*perda de protagonismo;
*manutenção de uma política percebida como hostil à instituição.
Para setores inteiros, a nomeação seria vista como afronta institucional — algo que um secretário dificilmente sobreviveria politicamente.
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| Delegados e agentes da Polícia Civil expressaram preocupação com uma possível nomeação de Streifinger, citando desvalorização da corporação. - Imagem: Divulgação / Alesp |
2. Histórico de abuso de autoridade — um fantasma que não desaparece
Streifinger já foi investigado por abuso de autoridade após ordenar apreensões consideradas ilegais de armas particulares de policiais penais.
Mesmo com o arquivamento, o episódio permanece vivo porque:
*expôs traços de autoritarismo;
*gerou revolta interna;
*abriu sindicância;
*criou desconfiança sobre sua capacidade de comando;
*levantou dúvidas sobre seu equilíbrio em situações de tensão.
Para uma pasta sob escrutínio constante, trata-se de um passivo delicado.
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| Osvaldo Nico Gonçalves, delegado da Polícia Civil e novo secretário de Segurança Pública de SP - Imagem: Mathilde Missioneiro -Folhapress |
3. Incapacidade crônica de comunicação — um secretário que não fala
A SSP exige exposição diária: operações, crises, casos de repercussão, coletivas, notas públicas. É uma pasta em que comunicação não é acessório — é parte do trabalho.
E Streifinger simplesmente não fala.
Não concede entrevistas, não se relaciona com a imprensa, não explica decisões e não sustenta narrativas em momentos críticos.
Em outras palavras: seu perfil é incompatível com a função.
Um secretário de Segurança que não se comunica é uma crise anunciada.
4. Isolamento interno na SAP e atritos com servidores
Sua gestão na SAP é marcada por:
*distanciamento dos servidores;
*decisões unilaterais;
*conflitos com categorias;
*tensionamento disciplinar;
*falta de diálogo com policiais penais.
Se dentro da própria pasta já enfrenta resistência, levá-lo para a SSP — onde o grau de conflito é maior — é multiplicar problemas.
5. Risco de descontinuidade na SAP caso seja removido
Transferir Streifinger para a SSP criaria:
*um vácuo imediato na administração penitenciária;
*ruptura em processos internos ainda frágeis;
*instabilidade em um sistema historicamente pressionado por facções.
Especialistas alertam que a SAP não tem sucessão preparada. Mexer ali agora seria abrir caminho para crises.
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| Guilherme Derrite então secretário da SSP e Osvaldo Nico Gonçalves que era secretário executivo na pasta - Imagem: Divulgação |
6. Falta de apoio político real
Apesar das especulações, Streifinger não possui base sólida:
*não tem apoio da Polícia Civil;
*não tem apoio da maioria da PM;
*não tem apoio dos policiais penais;
*não tem respaldo de delegados ou investigadores;
*não tem relação com a imprensa;
*não possui boa interlocução política.
Um secretário sem apoio é um secretário isolado.
E secretário isolado cai — e puxa consigo quem o nomeou.
Conclusão: nomear Streifinger não é apenas um erro — é um risco calculado que ninguém quer assumir
A avaliação técnica é direta: a candidatura de Streifinger não se sustenta.
Ela falha:
*na política,
*na técnica,
*na comunicação,
*na gestão,
*na segurança institucional,
*no relacionamento com as corporações.
Para muitos dentro do governo, insistir nesse nome parece mais a criação de um problema do que a construção de uma solução.
Um secretário de Segurança não pode começar já rejeitado pelas forças da pasta, sob sombra de sindicâncias, sem comunicação pública e com risco real de ruptura institucional.
Simples e objetivo: não há sustentação política, técnica ou institucional para sua nomeação à SSP.
Fonte: Diário de São Paulo
Contraponto:
Resumo da matéria, Tarcisio deve odiar os Policiais Penais para dar continuidade com a presença de Streifinger na SAP, mesmo sabendo de todas essas faltas de qualidades e defeitos narrados acima na matéria, e ainda assim manter este senhor, a frente da secretária, e que deveria estar brincando com os seus netos em casa, ou quiça pescando, mas longe da SAP.






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aqui no sertão tem uns coronés igualzinho ele, parece até fiote de confinamento, será que essa raça procria? e se for vender na feira quanto vale? acho que num da nem pra pagar nem a ração que come, Deus me livre, agora é aturá essas crias, se loko num compensa.
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