Robert Pruett, de 38 anos, recebeu injeção letal na prisão de Huntsville. Ele sempre negou crime, cometido enquanto cumpria pena de 99 anos por outro homicídio, e para o qual não havia provas materiais.
Agencia EFE
Por Agencia EFE
12/10/2017 22h25
Foto não datada de Robert Pruett, executado nesta quinta (12) no Texas (Foto: Texas Department of Criminal Justice via AP) |
A Justiça do Texas, nos Estados Unidos, executou nesta quinta-feira (12) Robert Pruett, um homem condenado pela assassinato de um agente penitenciário em 1999, um crime que ele sempre negou ter cometido e para o qual não havia provas materiais que o conectassem ao homicídio.
Pruett, de 38 anos, foi declarado morto às 18h46 locais (20h46 em Brasília) após receber uma injeção letal na prisão de Huntsville, de acordo com o Departamento de Justiça Criminal do Texas.
"Causei danos a muitas pessoas e muitas pessoas também fizeram isso comigo. Tive que aprender as lições da vida da maneira mais difícil. Algum dia já não existirá a necessidade de prejudicar as pessoas. Estou pronto para ir, mas voltarei", disse Pruett em suas últimas palavras antes de receber a injeção letal.
Pruett cumpria uma pena de 99 anos de prisão por participar do assassinato de um vizinho em 1995, quando acabou condenado pelo homicídio do agente penitenciário Daniel Nagle na prisão de McConnell, também no Texas, onde estava detido.
Junto ao corpo de Nagle, morto dentro de seu próprio escritório no presídio, as autoridades encontraram uma punição disciplinar contra Pruett por comer em uma área restrita da prisão. Esse foi o motivo usado pelos investigadores para conectá-lo à morte, apesar de as impressões digitais de Pruett não estarem na arma do crime.
Pruet foi condenado a morrer por injeção letal |
Os testemunhos de outros presos também foram usados na acusação de Pruett, que acabou mais uma vez condenado. Ele se dizia inocente e vítima de uma armação dos detentos que depuseram e de guardas corruptos que queriam Nagle morto porque ele estava prestes a revelar um grande esquema de desvios dentro da prisão.
No momento do segundo crime, Pruett tinha apenas 20 anos e cumpria 99 anos de prisão pelo assassinato de um vizinho, cometido quando ele ainda era um adolescente, junto com o pai e o irmão.
O pai de Pruett foi condenado a prisão perpétua e o irmão a 40 anos de prisão.
O estado do Texas tinha tentado executar Pruett em seis oportunidades nos últimos quatro anos, mas os advogados do preso conseguiram suspender a medida ao afirmar que os exames de DNA nunca foram conclusivos.
A estratégia foi repetida desta vez, mas acabou não dando certo.
A execução de Pruett foi a sexta do ano no Texas e a 20º no país.
Fonte: G1