Ação policial foi realizada nesta quinta-feira (21) para cumprir 11 mandados de busca, quatro de prisão temporária e um de apreensão de menor.
Por G1 Presidente Prudente
21/12/2017 10h32
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| Segunda fase da Operação Judas Iscariotes foi deflagrada em Rosana (Foto: Polícia Civil/Cedida) |
Uma operação policial realizada na manhã desta quinta-feira (21), em Rosana, resultou em cinco prisões de adultos e na apreensão de um adolescente, diversos objetos, droga e dinheiro. A ação faz parte da segunda fase da Operação Judas Iscariotes, que tem o objetivo de combater o tráfico de drogas no município.
O delegado responsável pelas investigações, Ramon Euclides Guarnieri Pedrão, contou ao G1 que foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária, um de apreensão de adolescente e 11 mandados de busca e apreensão.
"Foram realizadas quatro prisões temporárias, sendo que duas dessas pessoas também foram presas em flagrante. Prendemos mais uma pessoa em flagrante e apreendemos um adolescente. Apreendemos 10 celulares, dois notebooks e diversos alto-falantes, que vamos investigar para que eles serviam, além de droga e dinheiro”, relatou Pedrão ao G1.
Ainda de acordo com o delegado, a operação faz parte das investigações da Polícia Civil com o Ministério Público Estadual (MPE), e contou com o apoio da Polícia Militar e da Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP).
“Tudo que a gente queria cumprir foi cumprido. Agora vamos analisar todo o material aprendido para recolhermos mais elementos para dar continuidade às investigações, inclusive em relação aos que já foram presos na primeira fase”, concluiu Pedrão ao G1.
O trabalhou levou o nome de Operação Judas Iscariotes porque um dos envolvidos virou evangélico e resolveu entregar o grupo.
No total, cerca de 60 pessoas, entre policiais civis e militares e agentes penitenciários, participaram dos trabalhos nesta quinta-feira (21).
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| Celulares, notebooks e dinheiro foram apreendidos em operação realizada em Rosana (Foto: Polícia Civil/Cedida) |
Organização criminosa
“As investigações que trouxeram os elementos aqui colacionados são sequências daquelas iniciadas em junho de 2017, quando o Ministério Público local recebeu informações sobre diversas pessoas que estariam envolvidas com o tráfico de drogas nesta Comarca de Rosana. Referida operação recebeu o nome de Judas Iscariotes.
Com a conclusão do inquérito policial e consequente denúncia apresentada pelo Ministério Público, encerrou-se a primeira fase de investigações. Assim, deu início à segunda fase que ora traz novos elementos e novos requerimentos formulados pela autoridade policial e pelo Ministério Público, o que se passa a analisar”, relata o juiz da Vara Única do Fórum da Comarca de Rosana, Ricardo Baréa Borges, na decisão que determinou a prisão temporário dos envolvidos pelo período de 30 dias.
“Foram apontados elementos de convicção e fortes indícios da prática delituosa, buscadas nos resultados das interceptações telefônicas autorizadas pelo Juízo e nos telefones celulares já apreendidos na primeira fase da operação, bem como por trabalho de campo realizado pela equipe investigativa. Os novos elementos colhidos reforçam a existência de indícios da constituição de uma organização criminosa para a prática de tráfico ilícito de entorpecentes nesta Comarca”, aponta o magistrado.
“É dos autos que diversas testemunhas, inclusive policiais, confirmam as informações da representação, tendo pedido para prestar depoimento sob sigilo, ante a periculosidade constatada da aventada organização criminosa investigada.
Tais depoimentos trazem fortes indícios de que os investigados possuem ligação com o tráfico de drogas na cidade e atuariam juntos, divididos em células, de forma organizada. O resultado das interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial no presente procedimento confirma a existência de indícios da participação de ao menos parte dos representados em tráfico ilícito de entorpecentes de forma organizada”, conclui Borges.
O juiz ressalta que as escutas telefônicas materializaram de forma contundente grande parte do que as testemunhas sigilosas já tinham relatado, de modo que a prisão temporária de parte dos representados estaria embasada em fatos concretos e seria imprescindível para o sucesso da investigação.
Segundo Borges, as prisões temporárias de parte dos representados são imprescindíveis para o sucesso da investigação, pois será possível identificar os demais integrantes dessa organização criminosa, bem como realizar a oitiva de diversas pessoas que com eles mantiveram contato durante o período da interceptação telefônica, especificamente sobre a comercialização de drogas.
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| Segunda fase da Operação Judas Iscariotes foi deflagrada em Rosana (Foto: Polícia Civil/Cedida) |
O juiz ainda considera que a maior parte dos investigados conta com folha de antecedentes recheada de crimes, contendo, inclusive, diversas passagens pela prática do crime de tráfico de drogas, “fato que bem demonstra que suas liberdades colocam em risco a ordem pública e a própria segurança das pessoas que foram e que serão ouvidas”. “Elementos que também indicam a necessidade da decretação da prisão temporária”, reforça Borges.
Primeira fase
A primeira fase da Operação Judas Iscariotes foi desencadeada no dia 23 de setembro e resultou em mais de 20 prisões de pessoas ligadas ao tráfico de entorpecentes no município de Rosana.
Os envolvidos tiveram as prisões temporárias decretadas pela Justiça por 30 dias e foram ouvidas pela Polícia Civil durante este período.
Na ocasião, foram presos 23 adultos – 22 homens e uma mulher – e apreendidos dois adolescentes. Os homens foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá. Os adolescentes foram levados à Cadeia de Adamantina. Já a mulher foi remetida à Cadeia de Dracena.
Fonte: G1
