Cármen Lúcia diz que combate à violência exige solidariedade e capacidade de amar. Presidente do STF participou do lançamento da Campanha da Fraternidade 2018 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Amanda Pupo, O Estado de S.Paulo
14 Fevereiro 2018
Presidente do STF, ministra Cármen Lúcia participa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Foto: André Dusek/Estadão |
BRASÍLIA - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou que "há uma imperiosa necessidade de se superar o quadro de violência" vivido atualmente pela sociedade brasileira. A ministra falou da missão do Judiciário para a superação da violência na manhã desta quarta-feira, 14, durante o lançamento da Campanha da Fraternidade 2018 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cujo tema é "Fraternidade e Superação da Violência".
Para a ministra, a situação exige "solidariedade, fraternidade e a capacidade de amar e perdoar". Cármen disse que a missão do Poder Judiciário é a aplicação do direito para buscar a solução de conflitos "de todas as formas contra todas as pessoas", acentuando que umas sofrem mais que outras.
Cármen Lúcia se pronunciou após o secretário-executivo da Comissão Brasileira de Justiça de Paz da CNBB, Carlos Moura, destacar que a comunidade negra é a maior vítima de violência do Brasil. "Há necessidade de encararmos, todos nós, emanados na perspectiva de superação do preconceito, da discriminação, que vitimiza essa comunidade", afirmou.
A presidente do STF disse ainda que Judiciário tem "atuado de forma digna e de forma correta" para tentar superar esses problemas de forma democrática.
No lançamento da campanha também falaram o presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, o secretário-geral da CNBB, d. Leonardo Steiner, e o deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ), coordenador da Frente de Prevenção à Violência e Redução dos Homicídios na Câmara dos Deputados.
Durante os discursos, foram citados os números de violência do Brasil e os recentes episódios que marcaram o Carnaval, vivenciados principalmente no Rio de Janeiro (RJ).
Desconfiança. Em sua fala, Cármen também destacou que a desconfiança que marca o quadro de violência pode tomar conta de "forma perigosa uma sociedade com marcos civilizatórios de pacificação". "Essa pacificação que o Poder Judiciário procura permanentemente", afirmou a ministra.
Cármen também destacou a necessidade da sociedade "voltar a amar" e crer no outro como aliado, e não como inimigo. "Eu fico me perguntando em que sociedade sonhamos quando a desconfiança e a violência contra o outro é o que se prega, e o que pelo menos se põe como a semente que pode florescer fazendo do outro não seu irmão, mas alguém que é preciso combater", refletiu a ministra.
Fonte: Estadão
Contraponto: Bandidos são insensíveis, não estão preocupados com a vítima e ou se haverá vítimas em efeitos colaterais a suas ações, o que eles desejam é simplesmente espoliar, roubar, furtar, traficar, não importando de quem seja, para quem seja ou qual a finalidade do uso do produto deste ato, a anarquia, a violência desmedida virou síndrome em nosso país porque não existe punição, o bandido sabe que a possibilidade de ele vir a ser punido é ínfima.
Nossa maior pena em regime fechado é de 30 anos, não importa o tamanho da sentença, se 60 ou 600 anos, pois em nosso pais o tempo máximo permitido para que um condenado fique recluso em regime fechado é de apenas 30 anos, e quando isso ocorrer em 1/6 da pena, no máximo em 05 anos, o réu, estará no semi aberto, ou nas ruas novamente, então aqui no Brasil : "O crime compensa". Exemplo claro disso são as tantas condenações que vemos diuturnamente nos jornais e mídias televisivas. Tudo mentira, apenas para inglês ver.
Tudo bem que Dra. Carmem Lúcia estava em uma Igreja, mas então não desse entrevista sobre este tema para vir com parolas em nossos ouvidos, logo ela a Presidente da mais alta corte de nosso país. Na igreja limite-se a falar de assuntos religiosos e não sobre a violência vivenciada pelos brasileiros, que alias os Ministros da corte desconhecem. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O que não pode é o STF ficar concedendo Habeas Corpus para criminosos, corruptos e traficantes contumazes. Isso sim alimenta e aumenta a violência, as ações emanadas na casa em que Vossa Excelência é Presidente, e eu provo.
Superação da violência exige combate eficaz e contínuo contra a criminalidade e a impunidade, que tenhamos leis claras e não obtusas, onde advogados safos tenham possibilidades de livrarem criminosos do cárcere e assim estruturando, equipando e pagando salários decentes as polícias, e aos agentes penitenciários laboram nas prisões, verdadeiras masmorras brasileiras e por último que se invista para que tenhamos prisões decentes onde os presos ao menos possam de fato cumprir suas reprimendas sem serem cooptados pelo crime organizado, pois o estado é o maior fornecedor de mão de obra para as facções.