Encontro quer conhecer tecnologias e procedimentos de segurança utilizados e a estrutura do Sistema.
Publicado: 28/05/2019 14h51
Última modificação: 29/05/2019 08h49
Depen vai à Israel conhecer Sistema Penitenciário de Israel junto ao secretário da Sap-SP Nivaldo Restivo Imagem Depen |
Brasília, 28/05/2019 - Servidores do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) juntamente com o secretário de administração penitenciária de São Paulo, Coronel Nivaldo Restivo, fazem visita à Israel para conhecerem tecnologias, equipamentos, procedimentos de segurança e a estrutura do Sistema Penitenciário de Israel (IPS).
Acompanhados pelo embaixador do Brasil em Israel, Paulo César Meira de Vasconcellos, a comitiva conheceu 3 Grupos de Operações Especiais do IPS, o MASSADA, o DROR e o NACHSHON que fizeram demonstrações sobre a especialidade de cada grupo e equipamentos e técnicas utilizadas.
A visita também proporcionará encontro com representantes de empresas locais das áreas de defesa, equipamentos táticos, inteligência e tecnologia.Segundo o coordenador geral de Segurança e Operações Penitenciárias, Rivaldo Pereira, a oportunidade de aprendizado e intercâmbio de conhecimento é única “Experiência ímpar que certamente trará bons frutos para o Sistema Penitenciário Federal”, ressalta.
Fonte : Serviço de Comunicação Social Depen
O que é o Sistema Penitenciário de Israel?
Nos últimos oito anos a política prisional está passando por uma transformação estrutural e de grande relevância. O sistema prisional foi totalmente unificado sob responsabilidade do Ministério da Segurança Publica, de uma agência não militar e não policial, como orientam as normas internacionais.
Até 2003 a Polícia podia ficar com a guarda dos presos provisórios e o exército fazia a guarda dos detidos por crimes contra o Estado. O sistema prisional cuidava apenas dos presos comuns. Após uma série de episódios graves, como rebeliões de grande porte, problemas de violação de direitos humanos e fugas, houve a unificação de todo o sistema prisional.
Assim, o Sistema Prisional que em 2003 era responsável por oito mil presos com três mil agentes, no entanto atualmente conta o sistema penitenciário de Israel com vinte quatro mil e duzentos presos e com oito mil e seiscentos e cinqüenta agentes.
O sistema israelense tem uma verba de 2.6 bilhões de shekels, sabendo que o valor do shekel é de R$ 1.10, é uma fábula de dinheiro para administrar apenas as trinta e três unidades prisionais.
Destes vinte e dois mil, dezessete mil são presos criminais e cinco mil presos por crimes contra a segurança nacional. Existem três mil e trezentos presos por imigração ilegal, dois mil e oitocentos por homicídios (ou tentativa), dois mil e oitocentos por violência em geral, mil e setecentos por crimes contra a propriedade e mil e trezentos por tráfico de drogas.
Conforme os gráficos apresentam, têm havido uma queda do número de presos, especialmente de Segurança Nacional (de oito mil em 2007 para quatro mil atualmente).
Tem se destacado no cenário criminal a presença de grupos de crimes organizados, já sendo identificados pelo menos dezessete grupos (ou famílias como são chamados) de grande organização, que totalizam quinhentos presos.
Norte
Detenção de Kishon
Prisão Tzalmon
Prisão de Carmel
Prisão Shita
Prisão Megiddo
Prisão Hermon
Prisão Gilbo'a
Prisão de Damun
Central
Seção de Tel-Aviv
Seção Petah-Tikvah
Centro de detenção de Nitzan
Centro de Detenção Hadarim
Neve Tirtza (Centro de Detenção para Mulheres)
Prisão HaSharon
Prisão de Ofek
Prisão de Rimonim
Prisão de Ashmoret
Prisão de Ayalon
Prisão Mahsihao
Prisão de Magen
Prisão de Giv'on
Prisão Ofer
Sul
Centro de Detenção de Jerusalém
Centro de Detenção de Eilat
Centro de Detenção Ohalei Kedar
Sarhronim (Centro de Detenção de Emigrantes)
Prisão de Dekel
Prisão de Shikma
Prisão de Nafha
Prisão Eshel
Prisão Kitziot
Unidades Especiais do Sistema Prisional de Israel
– Unidade Nachshon: O objetivo da unidade é acompanhar toda a movimentação dos presos fora do presídio, o que é uma das atividades mais perigosas em razão da possibilidade de tentativas de resgate. A unidade acompanha em media até mil e quatrocentos presos por dia, especialmente para tribunais, uma vez que existe garantia de diversos recursos e os juízes não têm aceitado a teleconferência. A Nachshon também faz serviço especial de proteção de agentes ameaçados, como a colocação de câmeras de videomonitoramento em suas residências ou o acompanhamento de familiares. A política é de que os membros dessa unidade não tenham qualquer tipo de contato com o preso.
Todos os agentes da Narshom sáo mestres em Krav Magá (defesa pessoal do exército israelense) e a unidade possui um canil altamente especializado para acompanhar as atividades (ver vídeo). Dentro de todos os camburões encontramos câmeras para evitar violações.
– Unidade Massada: Nasceu após uma rebelião num abrigo de presos que estavam sob responsabilidade do exército. Criada em julho de 2003 e de caráter nacional. Também na Guarda de presos em caso de guerra.
Objetivos: Manutenção da ordem em grandes eventos e resgate de reféns dentro das prisões. Possui a seguinte estrutura:
– Operacional: snipers, escaladores, arrombamentos, utilização de armamento de baixa letalidade;
– Negociação;
– Inteligência: Escutas, localização de foragidos
Fonte: Blog do Kopittke
Contraponto:
Vemos claramente que as nossas lutas apenas estão começando, os interesses por quais estamos lutando, é de que o Sistema Penitenciário não seja privatizado e que também a atividade fim seja alvo de extinção, qual seja a do Agente Penitenciário. E mais a economia que isso trás para o estado, sabedores que somos que as privatizações servem apenas para encher os bolsos de bem poucos.
Para isso então perguntamos, o ue o Estado de Israel tem para nos ensinar em matéria de penitenciária? Nada, absoluta nada. Um sistema penitenciário cuja população carcerária é menor do que o que temos apenas na região da cidade de Bauru, interiror de SP, e nem estou falando da população carcerária da Coordenadoria Noroeste, apenas a população carcerária da região da cidade Bauru.
Infelizmente a insistência do estado em fazer algo que contraria não apenas leis públicas em vigor, mas contrariando também a sua responsabilidade, vislumbra o cidadão que apenas temos um adiministrador que não quer administrar, simplemente fala em privatização, pois assim é muito mais fácil governar.
Resumindo, o sistema israelense não é parâmetro algum para ensinamentos a nós brasileiros, é totalmente irrelevante e não é também referência para nada haja visto sua insignificância em números, padrão de presos, em sua maioria terroristas. Assim temos é que valorizar nosso agentes penitenciários, dando-lhes reconhecimento profissional, respeito e salários dignos.
Uma vez que a resposta para os nossos problemas estão aqui mesmo, só não os vê quem não quer ver.