22 julho 2020

MP a enxugar gelo: Traficante internacional do PCC e preso em operação da PF, tem HC concedido por covid-19

A justiça brasileira mais uma vez na berlinda, desta vez soltando perigoso traficante internacional que opera na Baixada Santista.


Leandro Leandro
22/07/2020
Traficante foi colocado em liberdade segundo o HC por fazer parte do Grupo de Risco e
por ser hipertenso, sendo portanto mais um beneficiado com a Recomendação do CNJ 
Suaélio Martins Leda é um velho conhecido nos meios policiais, mas foi com a Operação Overseas que seu nome veio a tona, descobrindo-se assim um importante elo no tráfico internacional de cocaína a partir do Porto de Santos. 

Ele se encontrava preso na Penitenciária de Mirandópolis desde dezembro de 2014, mas foi solto na noite de ontem a mando do Tribunal de Justiça de São Paulo, na ordem emanada em sede de "Habeas Corpus", o Desembargador França Carvalho concorda que por ser o "paciente"  Suaélio Martins Leda, que é nascido em 07/06/1965, portanto com apenas 55 anos de idade, ser hipertenso e que por este motivo faz parte do Grupo de Risco.

Decidiu então da seguinte maneira: "Tendo em vista que o paciente é hipertenso e pertence ao grupo de risco em relação à pandemia do COVID-19 (fl. 34), hei por bem conceder a liminar, para autorizar o cumprimento da pena em prisão domiciliar, até o julgamento do habeas corpus pela C. Câmara, com fundamento no artigo 5º, inciso III, da Recomendação 62/2020, do Conselho Nacional de Justiça, só podendo o paciente se ausentar de sua residência para a realização de tratamento médico, comprovando-se nos autos, ou com autorização judicial, sob pena de revogação, cabendo ao MM. Juízo da Execução estabelecer outras condições, se entender necessárias, nos termos da mencionada Recomendação."



No Brasil, a PF prendeu o traficante Suaélio Martins Leda, que usava o nome falso Hélio Alves Leda, e o advogado Carlos Bodra Karpavicius. Leda foi alvo de outras operações similares da PF, como a Capitão Jack, de 2009. Ele é réu na Justiça Federal por tráfico internacional. Leda agia associado ao traficante Ricardo Blanco de Moura, de acordo com o Ministério Público Federal.

Ele importava droga do Paraguai e armazenava em Santos até conseguir despachar em contêineres. Na Oversea, o traficante foi apontado pela PF como o dono de um sítio “de dimensões cinematográficas” em Mogi das Cruzes (SP). O local fica próximo ao KM 74.4 da Rodovia Mogi-Bertioga. 
As duas quadras do sítio em Mogi das Cruzes que, segundo a PF, é de traficante exportador de cocaína (Veja.com/VEJA) 
As fotografias do sítio registradas durante a Operação Oversea mostram dependências de alto padrão, com lago natural, piscina, deck, jardim ornamentado e duas quadras, sendo uma de tênis. O sítio estaria em nome de uma offshore uruguaia, segundo policiais. A PF também apreendeu uma catamarã de cerca de 70 pés de comprimento, supostamente em nome de Bodra.
Traficante que operava no Porto de Santos tinha sítio com piscina, deck e lago natural (Veja.com/VEJA) 

Traficante teve a pena ratificada pelo TRF este mês de julho

Advogado e comparsa são condenados por integrar grupo ligado ao tráfico internacional no Porto
As penas impostas ao advogado Carlos Bodra Karpavicius e ao comparsa Suaélio Martins Leda foram de seis anos e nove meses de reclusão, em regime inicial fechado, para cada um.

A 11ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) condenou por unanimidade um advogado e outro homem por integrar organização criminosa do Porto de Santos, voltada ao narcotráfico internacional de drogas e conectada a outros grupos mafiosos. O esquema foi desmantelado pela Operação Oversea, da Polícia Federal (PF).
O esquema foi desmantelado pela Operação Oversea, da Polícia Federal (Foto: Carlos Nogueira/AT)
As penas impostas ao advogado Carlos Bodra Karpavicius e ao comparsa Suaélio Martins Leda foram de seis anos e nove meses de reclusão, em regime inicial fechado, para cada um. A decisão ocorreu durante julgamento de recurso de apelação interposto pelo Ministério Público Federal (MPF).

O MPF também pretendia a condenação de um terceiro corréu. Porém, o TRF3 não vislumbrou a sua participação na organização criminosa. Por este delito, o trio foi absolvido pelo juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal de Santos, sob o fundamento de insuficiência de prova.

Com data de 20 de fevereiro de 2015, a sentença de Lemos destacou “a inexistência de prova firme acerca da efetiva associação entre os acusados, de forma estruturalmente ordenada mediante divisão de tarefas, para a prática de tráfico internacional de substâncias entorpecentes”.
Cocaína do "cavalo" e do "pica-pau" estavam entre os tipos mais negociados
para exportação,segundo escutas telefônicas (Veja.com/VEJA) 
No entanto, em relação ao advogado, conhecido por Doutor, e a Suaélio, apelidado por Tuba, a 11ª Turma entendeu de outro modo. Conforme o voto do relator, desembargador federal Nino Toldo, “o conjunto fático-probatório evidencia a estreita relação existente entre Suaélio e Carlos, bem como a perene ligação deles com a organização criminosa”.

“Denota-se a existência de hierarquia, ajuste prévio e alto grau de confiança, dedicação à execução do crime e divisão de tarefas, não se tratando de mera participação eventual. Foi devidamente provada a estabilidade e a permanência do vínculo subjetivo entre os agentes com a finalidade de praticar o tráfico transnacional de drogas”, reforçou Toldo.

Ainda de acordo com o relator, a organização mantinha conexão com outras facções criminosos e alguns de seus membros estavam ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A “sincronia” com outros grupos, no caso do tráfico internacional, é necessária para a recepção da droga em portos estrangeiros.
 Objeto de desejo, o fuzil "de ouro" do tráfico era negociado como "presente",
segundo investigadores (Veja.com/VEJA) 

Entenda a Oversea

A PF apurou que a organização criminosa atuava como distribuidora – em grande escala – de cocaína para a Europa. A droga era camuflada em contêineres, no meio de cargas lícitas, e despachada em navios que zarpavam do Porto de Santos. O grupo era composto por dezenas de pessoas com funções estabelecidas.

As tarefas eram definidas e divididas, desde a compra da droga dos fornecedores sul-americanos até a sua entrega no destino final, aos importadores europeus. As investigações resultaram nas apreensões de 3,7 toneladas de cocaína, no País e fora dele, entre janeiro de 2013 e março de 2014.

Como a droga era enviada


Tuba era o responsável por negociar a droga com os fornecedores e os compradores de outros países, enquanto Doutor, na qualidade de advogado, dava suporte jurídico para o negócio acontecer com aparência de legalidade. Em outra ação da Oversea, a 5ª Vara Federal de Santos condenou a dupla a 12 anos de reclusão por tráfico internacional.

Esta condenação é do dia 30 de julho de 2015 e se refere à apreensão de 145 quilos de cocaína, em 17 de dezembro de 2013. A droga estava em um contêiner com carne. Ele seria embarcado no navio MSC Athos e teria o porto espanhol de Las Palmas, nas Ilhas Canárias, como destino. Em dezembro de 2017, o TRF3 reduziu as penas para 10 anos.


Operação Lava-jato  do MPF também investigou

Resumo

O Ministério Público(MP), as Forças de Segurança como Policia Federal, Civil, Militar e Penal continuarão a enxugar gelo em um país onde o que prevalece infelizmente é o poderio financeiro dos "pacientes", em sede de Habeas Corpus, visto que apenas este conseguem de fato o benefício da Recomendação do Conselho Nacional de Justiça(CNJ), e justamente em um pais cuja população carcerária esta beirando os 800.000 mil detentos. 

Lamentavelmente  não tem como não desconfiar de injustiças e até mesmo de outras coisas que nem mesmo é bom falar aqui, porém todos subentendem exatamente o que eu quero dizer, e que mais uma vez o crime ganha e com isso a população, a saúde pública e a própria segurança pública correm riscos severos, pois mortes, corrupções, conluios e todo o tipo de mal espreita este indivíduo cuja sina é propagar o mal em nome do dinheiro, sujo,frise-se, o mais sujo possível.

Fonte: Revista Veja/ A TRIBUNA/TJSP/BAND-TV - VIDEO

4 comentários:

  1. Por que vocês não entendem?Esse Jui$$ bondoso percebeu que esse "pobre coitado" fazia parte do grupo de ri$$co!Jui$$ "benevolente"!!!

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  2. A polícia federal faz um excelente trabalho para a sociedade, prendendo esse criminoso barra-pesada.E aí vem um juiz borra-botas do crime organizado e, com o perdão da palavra, fode com tudo.Esse nojento não merecia ganhar nem salário mínimo,visto o monte de bosta que fez.

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  3. O chefe "zoio de cabra" admira detentos assim. Diz que eles são inteligentes e sabem "trocar idéia". Só falta ele pedir autógrafo do preso.

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