Nesta segunda-feira (31), ainda foram cumpridas buscas na residência e no escritório do investigado, acompanhadas por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Por G1 Presidente Prudente
31/08/2020
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Operação Camaleão prendeu advogado em Presidente Prudente — Foto: Polícia Civil |
A Polícia Civil prendeu na tarde desta segunda-feira (31) um advogado, de 42 anos, suspeito de envolvimento com o crime organizado em Presidente Prudente (SP).
Segundo a Polícia Civil, as investigações apuraram que o advogado sediado em Presidente Prudente trabalhava para uma organização criminosa realizando pesquisas sobre autoridades públicas e sobre material usado rotineiramente em ações do bando, como explosivos, armas, emulsões e drones, além de articular o que chamou de “tabuleiro” (planos de ação criminosa) e “ameaças” a outros detentos do sistema prisional, a depender da conveniência determinada.
Nesta segunda-feira (31), além da prisão preventiva decretada pela Justiça, os policiais ainda cumpriram duas buscas em imóveis do investigado, sendo uma na residência e outra no escritório, na presença de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), todas em Presidente Prudente.
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Advogado Wellington Alcântara preso na operação foi servidor penitenciário por algum tempo antes de se dedicar a advocacia criminal na região de Presidente Prudente |
Ainda com o advogado, segundo a Polícia Civil, foram apreendidos, através da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Presidente Prudente, equipamentos de informática e um simulacro de arma de fogo.
Após o término das diligências, o preso foi encaminhado a Unidade Penitenciária de Caiuá(CDP), onde permanecerá à disposição da Justiça.
O presidente da 29ª Subseção da OAB em Presidente Prudente, Wesley Cardoso Cotini, afirmou ao G1 que a entidade foi acionada para acompanhar as diligências e apreensão de documentos para averiguação no escritório e na residência do advogado, resguardando a prerrogativa do profissional.
"Não há como emitir nenhum juízo de valor quanto aos fatos, tendo em vista ainda estar em fase de investigação", salientou Cotini ao G1.
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Materiais foram apreendidos na Operação Transponder em 2019 — Foto: João Alberto Pedrini/G1 |
Operação Transponder
Os indícios da participação do advogado militante em Presidente Prudente em atividade criminosa foram identificados após o compartilhamento de materiais originários da Operação Transponder, realizada pela Polícia Civil em janeiro do ano passado.Na ocasião, foram expedidos 39 mandados de prisão e outros 59 de busca e apreensão em 22 cidades do Estado de São Paulo.
As investigações da Operação Transponder tiveram início a partir de fragmentos de manuscritos apreendidos na região de Presidente Prudente e identificaram que integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) estariam comandando ações criminosas de dentro da Penitenciária Ozias Lúcio dos Santos, na cidade de Pacaembu (SP).
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Penitenciária de Martinópolis manteria uma célula de comando com o resto do pais, segundo investigações-Imagem: Leandro |
A organização criminosa tinha ligação do presídio de Pacaembu com as penitenciárias de Junqueirópolis (SP) e Martinópolis (SP) e comandaria ações criminosas, inclusive, em outros estados.
De acordo com a polícia, o grupo investigado era responsável por atividades de movimentação financeira, tráfico de drogas dentro e fora dos presídios e comunicação da organização criminosa.
Dos 39 mandados de prisão expedidos, 14 eram de pessoas que já estavam presas e 25 em liberdade.
Para Presidente Prudente, houve 11 mandados de prisão e 15 de busca e apreensão. Segundo a polícia, no município, a facção negociava drogas a partir do Paraguai.
A polícia identificou, ao todo, o envolvimento de 65 pessoas e bloqueou as contas bancárias de 47 dos integrantes do PCC.
Fonte: G1
Fico satisfeitíssimo qdo vejo estas operações sendo feitas e tendo êxito. Nao estão atrás de tainhas. Estão pegando grandes tubarões. Estão pegando o braço financeiro, braço intelectual da organização criminosa. Esta é uma, das duas formas de extirpar organizações! Parabéns a todas as autoridades envolvidas, em especial aos colegas que, no interior das unidades prisionais, apreendem manuscritos que, muitas vezes, dão início a estas operações. emanuel-assis
ResponderExcluirEle trabalhou como servidor penitenciário, sabe o tipo de pessoas(se é que dá para chamar assim) que estão lá dentro e quis ser advogado criminalista e ainda por cima esquema de PCC?É pra matar de vergonha mesmo.Todo castigo para esse traste é pouco!!!
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