Os dados fazem parte da primeira edição do relatório "Estado Atual da Justiça Fiscal", que passará a ser divulgado anualmente.
Thais Carrança
Da BBC News Brasil em São Paulo
20 novembro 2020
Brasil arrecadou cerca de R$ 1,5 trilhão em tributos em 2019 |
Segundo o levantamento, são US$ 14,9 bilhões (cerca de R$ 79 bilhões ao câmbio atual) em impostos que deixam de ser recolhidos pelo país por ano. A economia estimada pelo governo com a reforma da Previdência é de R$ 800,3 bilhões em uma década, o que resulta em uma média anual de R$ 80 bilhões.
Esse valor faz do Brasil o quinto país do mundo que mais perde impostos devido à elisão (uso de manobras lícitas para evitar o pagamento de taxas, impostos e outros tributos) e evasão fiscal por multinacionais e pessoas ricas, atrás apenas dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e França, conforme o estudo.
Em todo o mundo, são US$ 427 bilhões (R$ 2,3 trilhões) em impostos perdidos, sendo US$ 245 bilhões devido à transferência legal ou ilegal de lucros de multinacionais para paraísos fiscais e US$ 182 bilhões não pagos por milionários que escondem ativos e rendimentos não declarados no exterior.
O estudo foi possível pois, pela primeira vez, em julho deste ano, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) disponibilizou ao público os dados dos chamados relatórios país a país, colhidos pela entidade nos últimos cinco anos como parte da iniciativa Beps (Erosão da base tributária e transferência de lucros tributáveis, na sigla em inglês).
Nesses relatórios, todos as multinacionais com sedes em países da OCDE e lucro acima de 750 milhões de euros (R$ 4,7 bilhões) por ano são obrigadas a reportar seus registros financeiros, com dados para cada país em que a empresa atua.
Propostas de reforma tributária em discussão focam apenas em impostos que incidem sobre o consumo |
"O que os dados mostram é que há espaço para se pensar o ajuste através de melhorias na arrecadação", diz Casnati.
"Os dois eixos principais para isso são reformas tributárias progressivas a nível nacional — porque hoje, no Brasil, os mais pobres pagam mais impostos, e benefícios fiscais para grandes empresas poderiam ser revistos —, e o combate à evasão e elisão fiscal, que são problemas globais, cuja solução exige coordenação internacional."
Segundo o coordenador da ISP, o esforço de aumentar a arrecadação se torna ainda mais relevante no mundo pós-pandemia, onde os países enfrentam forte aumento de suas dívidas e déficits fiscais, devido às despesas em resposta ao coronavírus.
No Brasil, o Ministério da Economia estima que o déficit primário (diferença entre a arrecadação e os gastos do governo, sem contar despesas com juros da dívida pública) deve chegar a 12,7% do PIB (Produto Interno Bruto) ou R$ 905,4 bilhões em 2020. Já a dívida bruta deve ir a 96% do PIB este ano, superando os 100% do PIB até 2026.
"Diversos países da América Latina, e também o Brasil, já tinham um problema fiscal muito grave antes", diz Casnati. "A pandemia acelerou a crise, ao obrigar os Estados a gastarem mais. Governos de esquerda e direita tiveram que aumentar o gasto público emergencialmente, ao mesmo tempo em que a arrecadação caiu muito."
"O grande debate para todos os países nos próximos anos será como pagar essa conta", avalia.
"Nesse sentido, é fundamental colocar na agenda do dia que grandes corporações e os 0,1% mais ricos utilizam mecanismos legais e ilegais para transferir dinheiro para fora e isso drena recursos do país. Independentemente da ideologia, os políticos deveriam estar preocupados em resgatar esse dinheiro, como forma de que a população pague menos a conta da crise."
A título de comparação, o estudo estima que a perda de arrecadação do Brasil com impostos não pagos por multinacionais e milionários são equivalentes a 20% do orçamento do país destinado à saúde ou ao salário anual de mais de 2 milhões de enfermeiros.
Dívida pública bruta deve chegar a 96% do PIB neste ano |
A primeira delas é que seja introduzido pelos governos um imposto sobre multinacionais que estão obtendo ganhos considerados "excessivos" durante a pandemia, como as gigantes digitais globais.
Uma segunda recomendação é a introdução de um imposto sobre a riqueza para financiar o combate à covid-19 e tratar as desigualdades de longo prazo exacerbadas pela pandemia.
Por fim, as entidades defendem que a discussão sobre um padrão internacional para a tributação de empresas, além de medidas de cooperação e transparência fiscal, devem se dar no âmbito da ONU (Organização das Nações Unidas) e não da OCDE, já que esta entidade reúne apenas os países mais ricos.
Casnati defende ainda que o projeto Beps de combate à erosão da base tributária deveria ser ampliado, para que as multinacionais reportem seus dados fiscais não só para seus países-sede, mas também para os países onde suas filiais operam.
Para ele, a declaração de registros financeiros deveria incluir mais empresas, e não somente aquelas com lucros acima de 750 milhões de euros por ano. As multinacionais também deveriam, na sua opinião, ser tributadas como entidades únicas, posto que atualmente muitas têm suas operações internacionais consideradas como entes independentes.
E, por fim, para encerrar a guerra fiscal internacional, o analista avalia que seria desejável a criação de uma taxação mínima para empresas a nível global. "Isso impediria o que acontece hoje, um leilão ao contrário em que quem dá menos [exige menos impostos] ganha e todos os países perdem arrecadação", diz Casnati.
Em junho deste ano, o ICRICT (Comissão Independente para a Reforma da Taxação Internacional de Empresas, em tradução livre) — grupo formado por nomes de peso da economia como o americano Joseph Stiglitz, os franceses Thomas Piketty e Gabriel Zucman, a indiana Jayati Ghosh e o colombiano José Antonio Ocampo — lançou um documento propondo, entre outras medidas, uma taxação mínima global de 25% sobre as companhias para evitar que elas busquem países de menor tributação.
À época, a proposta teve sua viabilidade questionada por alguns especialistas em tributação, diante do pesado esforço multilateral que seria necessário para colocar uma medida do tipo em prática.
Fonte: BBC/BRASIL
Somos roubados a todo o momento e os ASP's só se preocupam com cartola, DEJEP, ações e carros PCD. BRASIL UM PAÍS DE TOLOS.
ResponderExcluirEU aqui , na minha salinha do ADM COM AR CONDICIONADO fico feliz , detesto POEIRA e cheiro de CARCERAGEM, uuuhhh , MÁS, voltando ao assunto , segundo DIZEM que os bancos , Itaú e Bradesco ESTÃO na lista dos maiores sonegadores de impostos , são protegidos pelo governo , VERGONHA.
ResponderExcluirMe empresta sua ruela??
ExcluirDois imbecis acima detectados...
ResponderExcluirTrês imbecis acima detectados
ExcluirPÉ VERMEIOS detectados , OPERAÇÃO BARRO VERMELHO , KKKKK
ExcluirTrês imbecis acima detectados.
ResponderExcluirCINCO CAIPIRAS IMBECIS DETECTADOS
ResponderExcluirAí , EU não vejo a hora de voltar para a minha terrinha , que saudades !!!! Gentiiiii !!!!!
ResponderExcluir1 baitola acima detectado...
ResponderExcluirGENTE ISSO É SERÍSSIMO , MAS DESCOBRIRAM A RODA, OS MAIORES DEVEDORES SÃO OS RICOS, USURPAM E PILHAM A MAQUINA PÚBLICA AI DEPOIS ACUSAM O POBRE PELO ROMBO NA PREVIDENCIA , E O ZÉ POVINHO VESTE CAMISETA CANARINHO . UNIFORME DE FASCISTA NOJENTO.
ResponderExcluirPor isso que não vou sair do ADM Aqui tem ar condicionado , invejosos ,
ResponderExcluirNa minha casa tem ar condicionado... Por isso é que a sua digníssima esposa não quer sair daqui..ela adoraaaaaaaa
ExcluirSegundo estudos científicos, a mulher CONSEGUE ficar nove dias sem fazer sexo , nem um dia a mais .
ExcluirPode ter certeza que na minha humilde residência a sua senhora não fica mais do que 30 minutos sem ter relações sexuais!
ExcluirEita , vou parar de fazer TROCAS e DEJEPS, vou TODA semana para casa , kkkkk
Excluirfazedor de cercas detectado
ExcluirSou ADM. COM MUITO ORGULHO GENTE , CARCERAGEM DETESTO .
ResponderExcluirCovardia absurda comentários esdrúxulos como os acima listados. Denotam caráter desvirtuado e estilo de vida debochado, adoecido, para não dizer coisa pior. Infelizmente está cheio de psicopatas entre nós, os inimigos sentam na cadeira ao lado. Gente boa no sistema virou mosca branca de asa azul, panacéia de zumbis.
ResponderExcluirProfessor Pasquale detectado
Excluirinfelizmente ESTÃO cheios de psicopatas entre nós . Mosca branca de olhos azuis. Frases corretas kkkkkkk
ExcluirAnônimo das 15:43 quis corrigir o "Pasquale" e assassinou a língua portuguesa kkkkkk.
ExcluirSe não sabe, fique quieto para não passar vergonha!
Esposa do professor Pasquale detectada
ExcluirMoscas branca de olhos verdes kkkkk
ExcluirAs grandes empresas , emissoras , Bancos são os maiores sonegadores de impostos , quem sempre paga essa conta são os pobres , qual é a novidade ? Prática antiga.O povo sempre aceitou de cabeça baixa , aumenta GASOLINA e TUDO aumenta , noventa porcento do transporte no Brasil é Rodoviário, então cada vez que a Gasolina dispara no preço , O pobre paga a conta , sempre foi assim.
ResponderExcluirIntelectual detectado mas que tem medo de "descer para a carceragem"
ExcluirA carceragem fica no subsolo ? O meu escritório fica no térreo kkkkk .
ExcluirNa CARCERAGEM TEM cheiro de MOFO , CREDO !!! TENHO PAVOR !! LONGE DE MIM.
ExcluirO DÓRIA DEU um aumento de três porcento , na sequência NOS tirou três porcento/previdência e mais dois % IAMSPE , ALGUÉM RECLAMOU ? SONEGAÇÃO DE IMPOSTOS É CAFÉ PEQUENO PARA ESSES SAFADOS.
ResponderExcluirPSDB é um atraso para o país.
ResponderExcluirCientista político da Globonews detectado
ExcluirQUE HORROR !!!!!!!!!!
ResponderExcluirA T E N Ç Ã O P É S V É R M E I O S , VOTEM NO BOULOS, TUDO MENOS PSDB .
ResponderExcluir