Vídeo: Secretário(alienígena) afirma que SAP irá chamar concursados; enquanto isso o sistema definha

Secretário da SAP-SP , estranho aos próprios servidores penitenciários e extremamente privatista diz em entrevista que remanescentes e concursados não percam as esperanças. 

Leandro Leandro

13/07/2021

Secretário tinha que ter a coragem de pedir para sair, não é a sua praia, mas tem que ter coragem para largar o osso

E que segundo ele, o governador e vice estão sensíveis as demandas dos remanescentes de 2014, (maior mentira do ano, só perde para "os segundos melhores salários do Brasil", depois de Brasília),  afirmou ainda que tratativas podem vir a acontecer e uma boa notícia possa enfim chegar ao lar desses concursados.

"Remanescentes ASP2014 eu diria não devem perder as esperanças nunca, porque quando você perde as esperanças você pode sair da fila para ser nomeado né.."

- Eu digo a esses candidatos que no futuro muito próximo eu quero trazer notícias muito boas a todos eles aqui
Afirmou o Secretário de administração Penitenciária(SAP)-Nivaldo Restivo 

O interessante é que o Sr. secretário segue em uma analogia arcaica de outras pastas, e inclusive a própria corporação a qual pertenceu trazendo as informações de forma velada, e ele insiste em afirmar que a pasta já nomeou mais que o dobro do número de vagas do Edital 121/2014, mas não toca no assunto que dentro desses 2785 nomeados a um déficit de pessoal desistentes e não habilitados por adversidades que surgiram pós nomeações. 

Também não cita em momento algum recente estudo do TCE que afirma o enorme déficit de servidores no Sistema Prisional do Estado de SP. 

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Outro fato é afirmar em live que os ASPs trabalham da muralha pra dentro e os AEVPs da muralha pra fora das UPs, isso não existe, os AEVPs não têm a cautela do apenado no transporte externo, sendo assim, o ASP vive em meio a diversos toma cá, da lá por parte de diretores para executar o desvio de função, e assim o sistema segue em meio a ilegalidade velada.

Penitenciárias gigantescas, superlotadas e desprovidas de servidores, por um capricho de
uma administração que visa apenas a privatização do Sistema Penitenciário de SP

Além da prática recorrente de tais ilegalidades, o secretário segue mau assessorado, assumindo a prática de desvio de função em público no âmbito da secretaria, e mantendo Unidades Prisionais gigantescas, com superlotações e números de servidores aquém do previsto em Leis e Convenções Internacionais, tão reduzidos que apenas por milagre não ocorreu nenhuma tragédia neste ínterim.

Sem contar o verdadeiro descaso que esta administração irresponsável trouxe para todos os servidores da pasta, abandono, desrespeito e precarização é o que existe atualmente no âmbito do sistema penitenciário, e arregaçar as mangas e trabalhar em prol deste sistema só vemos as engrenagens(servidores que batem ponto e trabalham de fato) se movimentando, sem uma liderança firme e que conheça o "chão do cárcere", que nada trouxe para agregar aos servidores, para enriquecer suas rotinas profissionais.

Votos tem consequências, e este pleito eleitoral anterior tivemos a chance de defenestrar o PSDB do estado de São Paulo, mas infelizmente um punhado de covardes apaniguados, nem mesmo para fazer o jogo deles serviu, pois como são todos traíras, nada como provar do próprio veneno. Traí-los também. 

E enfim elegeram mais uma vez, uma pessoa despreparada e que dentre todos os candidatos, o pior de todos, uma pessoa fria, cruel, covarde e mentirosa. E agora o resultado está ai.

Vídeo da Live na qual teve como participante o secretário Nivaldo Restivo

Abandonados a própria sorte

A atividade laborativa dos agentes penitenciários, atuais policiais penais consiste em realizar atendimento às necessidades dos detentos, como: orientação; assistência; guarda e custódia; operação do sistema de veículos; revista nos segregados em celas, pátios e outras dependências; revista dos visitantes, servidores e demais pessoas que adentram nos estabelecimentos; segurança dos profissionais que fazem atendimento aos custodiados; vigilância interna e externa, incluindo as muralhas e guaritas; contenção; escolta armada em cumprimento às requisições das autoridades competentes e nos apoios a atendimento interno e hospitalar e de saídas autorizadas; escolta armada em transferências; assistência em situações de fugas, motins e rebeliões; auxílio na recaptura de foragidos e demais operações especiais.

O secretário em momento algum cita que o excesso de presos(superlotação) e déficit de servidores representa uma sobrecarga de trabalho gigantesca para o número insuficiente de agentes penitenciários. Para se ter ideia, existem Unidade Prisionais com mais de 2.000 detentos que chega a ter apenas 6 a 8 agentes por plantão.

Trabalho extremamente estressante, em um ambiente hostil e insalubre, sem reconhecimento e precarizados

E que durante as movimentações em que acompanham os detentos – para banho de sol, consultas, recebimento de visitas e idas ao fórum –, os agentes permanecem expostos, sem qualquer equipamento de segurança ou de monitoramento nas dependências.

Para exemplificar, com 40 presos em trânsito, um grupo de seis agentes chega a realizar 250 movimentações em um único plantão. A tensão é permanente. O trabalhador precisa estar alerta durante toda a jornada laboral, o que acarreta um nível de estresse altíssimo.

Ao prender os criminosos, o Estado reconhece os riscos que esses sujeitos representam para a sociedade. Na invisibilidade do seu ofício, os agentes penitenciários têm importante papel no processo de ressocialização dos detentos. 

Todavia, vivenciam o temor por sua própria segurança. Eles também testemunham as condições desumanas dos ambientes prisionais, vivem a frustração de não conseguirem atingir o objetivo no processo de ressocialização e a acompanham constantemente práticas de violência, nos mais variados sentidos, impostas pelo próprio sistema em sua (des)estrutura organizacional.

Mais que homens e mulheres, verdadeiros heróis invisíveis à toda a sociedade

Para o exercício da atividade de agente penitenciário, há que se fazer uma adaptação de vida que envolve parentes e amigos. A família é orientada a não comentar sobre a profissão do agente e se priva de atividades sociais comuns. 

Um carro parado à porta ou pessoas estranhas passando por perto são motivo de alerta e medo. Soma-se a isso o terror daqueles que sabem que fazem parte da “lista” dos marcados para morrer por determinação dos líderes das facções. 

Como trabalhar em condições tão desumanas e viver diariamente sob forte pressão e medo? Sem reconhecimento de sua maior Luta que foi a aprovação da Polícia Penal? Sem valorizações e salários decentes? Sem a segurança de um Líder que os defenda junto aos governos e que tenha um um mínimo de afinidade com a categoria? 

 

Estes são os questionamentos que fazemos ao Sr. Nivaldo Restivo de fato, pois porta vozes o governador tem aos montes, queremos um Líder de fato que nos represente e que se for repudiado em suas necessidades para gerir adequadamente a Secretaria, que tenha a coragem de entregar o bastão. 

Leandro Leandro

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