Magistrado foi executado a tiros, no dia 14 de março de 2003, na saída do Fórum da Comarca de Presidente Prudente (SP). Cinco integrantes de facção criminosa foram condenados pelo caso.
Por Leonardo Bosisio, g1 Presidente Prudente
13/03/2023
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O juiz Antônio José Machado Dias atuava como corregedor dos presídios da região de Presidente Prudente (SP) - Foto: Arquivo/TV Fronteira |
Domingo, final de fevereiro de 2003. Os criminosos Adilson Daghia, o Di ou Ferrugem; Reinaldo Teixeira dos Santos, o Funchal; e Ronaldo Dias, o Chocolate, acompanhados por uma mulher loira, viajaram de carro de São Paulo para Presidente Prudente, no interior do estado.
Eles seguiram para um hotel na região e fizeram uma reserva. Na bagagem de Ferrugem havia um terno. Dois dias depois, se passando por advogado, ele foi ao fórum da cidade com uma missão: acompanhar a rotina do juiz Antônio José Machado Dias, o Machadinho.
O magistrado era o corregedor e responsável por 14 presídios da região oeste do estado, incluindo o CRP (Centro de Readaptação Penitenciária) de Presidente Bernardes e as Penitenciárias 1 e 2 de Presidente Venceslau, fortes redutos do PCC (Primeiro Comando da Capital).
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Corpo do juiz Antônio José Machado Dias dentro de seu carro na Rua José Maria Armond, em Presidente Prudente (SP), no dia 14 de março de 2003 - Foto: Arquivo/TV Fronteira |
Os integrantes e líderes do PCC nutriam ódio pelo juiz-corregedor, segundo as investigações. Para os faccionados, Machadinho fazia vista grossa às sindicâncias abertas para apurar espancamentos nos presídios e demorava meses ou anos para analisar pedidos de progressão de regime e outros benefícios aos prisioneiros.Ferrugem, o falso advogado, estudou por mais de uma semana a rotina do juiz-corregedor. E descobriu que ele tinha o hábito de dispensar a escolta às sextas-feiras. Machadinho saía do fórum de Prudente no final da tarde e costumava ir embora de carro, sozinho.
As investigações indicaram que a ordem do PCC para Funchal, Ferrugem e Chocolate era matar o juiz-corregedor. A data escolhida para o ataque, e não por acaso, foi 14 de março de 2003. Uma sexta-feira.
Machadinho estava em seu Vectra quando foi assassinado a tiros na rua José Maria Armond, na Vila Roberta, perto do fórum.
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Carro furtado em São Paulo (SP) com chapas trocadas e utilizado no assassinato do juiz Antônio José Machado Dias, em Presidente Prudente (SP), em março de 2003 - Foto: Arquivo/TV Fronteira |
O juiz-corregedor tinha 47 anos, era casado, pai de dois filhos e namorava a juíza Cristina Escher, à época, transferida de São Paulo para a região de Presidente Prudente. A vítima foi baleada na cabeça e no peito. Morreu no local.
Agentes penitenciários tinham a informação de que o PCC planejava fazer uma festa ou comemorar algo no dia 15 de março de 2003. A data coincidia com a numeração das letras da sigla da facção criminosa. A letra P corresponde ao número 15 no alfabeto e a C ao 3, igual a 15.3.3.
Na noite do dia 14 de março de 2003, o juiz Antônio José Machado Dias saiu do Fórum de Presidente Prudente (SP) e, segundo assessores da época, dispensou a escolta policial, que sempre o acompanhava, porque era uma sexta-feira e ele iria direto para casa.
A cerca de 300 metros do Fórum da Comarca de Presidente Prudente, na Rua José Maria Armond, na Vila Roberto, o carro dele foi surpreendido por outros dois veículos. O primeiro disparo dos criminosos atingiu a cabeça do juiz, que fez com que ele perdesse a direção do veículo e batesse contra uma árvore.
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Concentração policial próximo ao corpo do juiz Antônio José Machado Dias, no local do crime, em 14 de março de 2003 - Foto: Arquivo/TV Fronteira |
Outros três disparos certeiros atingiram o então corregedor dos presídios do Oeste Paulista, aos 47 anos de idade, na cabeça, no braço e no peito.
A Polícia Militar chegou ao local pouco tempo depois e isolou a área. Na cena do crime, foram encontradas três cápsulas de pistola de calibre 9 milímetros, de uso exclusivo do Exército.
Um dos carros utilizados no assassinato foi abandonado a poucos metros do local e, posteriormente, a polícia descobriu que havia sido roubado em São Paulo (SP) e ostentava uma placa fria de Presidente Prudente.
O corpo do magistrado foi levado para o Hospital Universitário, atual Hospital Regional (HR), para necrópsia e, em seguida, velado na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Presidente Prudente. Ele foi sepultado na capital paulista, onde nasceu, no Cemitério São Paulo.
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O oficial de Justiça aposentado Aparecido de Oliveira Camargo, de 75 anos - Foto: Rodrigo Marinelli/g1 |
'Ele não respondia mais'
Em 2023, 20 anos depois do assassinato do juiz Antônio José Machado Dias, o g1 voltou ao local onde o magistrado foi executado por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Na Rua José Maria Armond, já não existe mais a árvore em que o carro do magistrado ficou preso, porém, a reportagem conseguiu conversar com Aparecido de Oliveira Camargo, de 75 anos, que como oficial de Justiça trabalhou com o juiz no Fórum e mora na rua onde tudo aconteceu. Ele também foi uma das primeiras pessoas a ver o corpo de Machado Dias e contou ao g1 as lembranças que tem daquele dia.
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Juiz Antonio José Machado Dias foi friamente assassinado a mando do Crime Organizado, em um ataque diretamente ao Estado de Direito, e, em afronta direta ao Poder Constituido |
“Eu vim. Eu vim, do jeito que eu estava. De short, sem camisa, sem nada. Cheguei aqui e eu vi o carro. Quando eu cheguei aqui, eu já tinha escutado o barulho dos tiros”, relembrou Camargo.
Após sair de sua casa, que fica a cerca de 50 metros da árvore onde o carro do magistrado ficou preso, o aposentado descreveu emocionado as cenas que viu.
“Olhando para o juiz ali, meu amigo, meu amigo. Falei com ele: ‘Machado, Machado’. Ele não respondia mais. Liguei para o Fórum, para a pessoa que me atendeu lá, a funcionária que me atendeu, falei para ela: ‘Olha, o doutor Machado está aqui falecido ao lado da minha casa’. Aí falei para eles: ’Avisa para alguém que estiver aí, algum juiz, promotor, vem aqui' ", relatou o aposentado ao g1.
Planejamento criminoso
O juiz Antônio José Machado Dias, chamado carinhosamente por seus amigos como Machadinho, é lembrado como uma pessoa extremamente simpática, sempre sorridente e querida por todos. E é assim que o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP), se recorda do amigo pessoal e profissional. Ele contou ao g1 como foi todo o planejamento dos criminosos até o assassinato do juiz.
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Promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) - Foto: Leonardo Bosisio/g1 |
“A facção pretendia cometer um assassinato contra uma autoridade, que esse assassinato tivesse uma repercussão nacional e o juiz Machado Dias tinha uma atuação destacada na área de execução criminal. Ele atuava como juiz de execução criminal em várias unidades prisionais aqui da região de Presidente Prudente, na região oeste do Estado. E, também, eu creio que ele foi escolhido muito pelo fato de atuar nessa área de execução criminal, mas, também, eles verificaram que havia uma vigilância, uma escolta, muito deficiente para o juiz na época", disse Gakiya.
O promotor relatou ainda que a facção conseguiu executar o crime sem muita dificuldade, pois "pegou o magistrado sem qualquer tipo de escolta".
"Eles planejaram esse crime com bastante antecedência, tinham criminosos que são profissionais nessa área, que estudaram o local do crime. Inclusive, chegaram a ir até o Fórum, tiveram contato pessoal com o juiz Machado Dias, fizeram vigilância na residência dele para achar o ponto mais vulnerável, que foi o local onde ele foi surpreendido por um veículo que bateu no veículo dele e acabou sendo assassinado”, reforçou o membro do Gaeco.
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Corpo do juiz Antônio José Machado Dias sendo retirado da Rua José Maria Armond no dia 14 de março de 2003 - Foto: Arquivo/TV Fronteira |
Condenações
Cinco pessoas, todas integrantes da facção criminosa, foram condenadas por envolvimento no assassinato do magistrado.
Confira abaixo as condenações:
*Reinaldo Teixeira dos Santos (Funchal): condenado a 30 anos de prisão por efetuar os disparos que mataram Machado Dias. Atualmente, está preso no sistema penitenciário federal.
*Ronaldo Dias (Chocolate): condenado a 20 anos de reclusão por participação no assassinato. Ele era o condutor do carro que interceptou o veículo do juiz. Atualmente, está preso na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P2, em Presidente Venceslau (SP).
*João Carlos Rangel Luisi (Johnny): foi condenado a 19 anos de reclusão por participação no homicídio. Deixou o sistema penitenciário paulista em abril de 2015.
*Marcos Willians Herbas Camacho (Marcola) e Júlio César Guedes de Moraes (Julinho Carambola): foram condenados a 29 anos de prisão cada por serem os mandantes intelectuais do crime. Atualmente, ambos estão presos no sistema penitenciário federal.
Já Adilson Daghia, o Ferrugem, está preso na Penitenciária Paulo Luciano Campos, em Avaré (SP), e aguarda julgamento. Ele é acusado de ser o motorista de um veículo que fazia a cobertura dos criminosos que mataram Machado Dias.
Também foi denunciado pelo Ministério Público como mandante do crime Sandro Henrique da Silva Santos, o Gulu. No entanto, ele morreu assassinado na Penitenciária Lindolfo Terçariol Filho, a P2, em Mirandópolis (SP), em 2005, antes do julgamento.
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Corpo do juiz Antônio José Machado Dias sendo retirado da Rua José Maria Armond no dia 14 de março de 2003 - Foto: Arquivo/TV Fronteira |
Segundo Gakiya, os familiares dos envolvidos no assassinato do juiz Machado Dias receberam imóveis após o crime e ganham, até hoje, uma pensão vitalícia da facção.
“Um detalhe: eles foram premiados na época pela facção. Cada um deles ganhou um imóvel para sua família e eles recebem uma pensão, por incrível que se pareça, uma pensão vitalícia os familiares recebem por eles terem essa participação e cometido esse assassinato contra o Machado Dias”, reforçou o promotor.
O assassinato do juiz Machado Dias foi um marco para a Justiça brasileira, pois foi o primeiro magistrado morto a mando de uma facção criminosa e, para o promotor Lincoln Gakiya, o crime tem provocado efeitos até os dias atuais com uma parcela do Poder Judiciário preferindo não trabalhar na área criminal, principalmente em casos que envolvam o crime organizado.
O integrante do Gaeco ainda reforçou a situação pessoal em que ele próprio se encontra: com diversos planos para assassiná-lo e precisando de escolta armada 24 horas por dia. Apesar disso, para ele, a instituição é maior do que o crime organizado.
“Então, eu acredito que, embora gravíssimo, embora tenha causado muita dor, principalmente em nós aqui de Presidente Prudente, que éramos muito próximos do Machado Dias, inclusive amigo pessoal de pescaria, de futebol, de horas de lazer, mas nós temos que pensar que a instituição é maior do que o crime organizado. Então, outras condenações vieram, outras investigações, esses criminosos, sobretudo esses líderes, já foram isolados aqui do Estado de São Paulo e eu creio que o episódio do Machado sirva de lição, em termos de combate ao crime organizado, que é um combate que tem que ser duro, tem que ser eficiente e que não pode parar. Assim como o crime não para nas suas ações, em termos de planejamento, de execução, de atentados. Também nós aqui do Ministério Público, as polícias Civil, Militar, Federal e também a magistratura, nós estamos atentos a tudo isso”, finalizou Gakiya ao g1.
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Saída de veículos do Fórum de Presidente Prudente (SP), em 2023 - Foto: Leonardo Bosisio/g1
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'Restam a lembrança e os bons exemplos'
Conforme informou o atual juiz diretor do Fórum da Comarca de Presidente Prudente, José Wagner Parrão Molina, ocorreram muitas mudanças na segurança do local após o assassinato de Machado Dias.
O magistrado informou que o Fórum passou a atender ao público por uma só entrada, ou seja, todos os usuários das dependências da repartição entram e saem do prédio pelo mesmo local, que conta com câmeras de segurança “que tudo registram”.
“Também há necessidade de identificação, por meio de documento com foto, na entrada do Fórum, além de informar o motivo da presença no prédio. Outra consequência foi a presença constante de policiais militares no prédio, além de seguranças de empresa particular contratada pelo Tribunal de Justiça”, afirmou Molina ao g1.
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Velório do juiz Antônio José Machado Dias, na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Presidente Prudente (SP), em março de 2003 - Foto: Arquivo/TV Fronteira |
O diretor também disse que, na época, os juízes receberam inúmeras orientações sobre segurança pessoal, “as quais não há pertinência na divulgação” por uma questão de precaução.
Já sobre os desdobramentos do assassinato de Machado Dias, Molina afirmou que o principal foi o estigma deixado na Justiça em ver uma vida ceifada precocemente pelo crime organizado.
Além disso, após o homicídio, os juízes passaram a ver e tratar o crime organizado também de forma organizada e priorizando o serviço de inteligência no enfrentamento, respeitando o Estado Democrático de Direito.
“Decorridas duas décadas do fatídico episódio, restam a lembrança e os bons exemplos deixados pelo colega Machado Dias, que perdeu a vida no exercício da judicatura honrada e séria”, finalizou o magistrado.
Desembargador: 'Um crime desse tipo ofende de morte a democracia'
Para o desembargador e presidente da Comissão de Segurança Pessoal e de Defesa das Prerrogativas dos Magistrados do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), Edison Brandão, o assassinato do juiz Machado Dias serviu para se discutir medidas de segurança direcionadas à magistratura.
Conforme ele explicou ao g1, houve duas discussões mais relevantes sobre o assunto. A primeira foi a do “juiz sem rosto”, uma ideia importada da Itália e que não foi implementada no Brasil. E a segunda foi a discussão sobre sentenças de varas criminais conterem a assinatura de três juízes, ideia que prosperou em alguns estados, mas não em São Paulo.
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Missa de sétimo dia do juiz-corregedor Antonio José Machado Dias no Tribunal de Justiça de São Paulo, em março de 2003 - Imagem: Tuca Vieira/Folhapress |
O magistrado reforçou que a execução de Machado Dias foi o primeiro crime contra uma autoridade do Poder Judiciário nos tempos modernos, motivado pelo próprio crime organizado. Segundo ele, já havia casos de juízes vítimas, porém, com outras motivações.
Brandão relembrou ainda que, após a execução em Presidente Prudente, vieram os crimes contra os juízes Alexandre Martins de Castro Filho, em Vitória (ES), e Patrícia Acioli, em Niterói (RJ).
Para ele, o homicídio de Machado Dias “mostrou a ousadia e o próprio poderio do crime organizado”, que tinha de ser enfrentado de uma forma mais direta.
“Um crime desse tipo ofende de morte a democracia. Se você tem um juiz que pode ser morto pela decisão dele, ou até menos, ser ameaçado por uma decisão, você quebra um dos pilares da democracia que é o Judiciário independente. Esse crime foi terrivelmente triste e grave e até hoje os reflexos são sentidos porque não foi o último, ele foi o primeiro, outros morreram depois e outros ataques ocorreram”, afirmou o desembargador ao g1.
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Vinte anos após o crime, trecho da Rua José Maria Armond, na Vila Roberto, em Presidente Prudente (SP), onde o juiz Antônio José Machado Dias foi executado a tiros - Foto: Leonardo Bosisio/g1 |
Detector de metais
O desembargador Edison Brandão também é assessor da presidência da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis) e explicou a atuação da associação civil após o assassinato do juiz Machado Dias.
Segundo ele, a Apamagis “teve uma ação bastante rápida e efetiva à época”.
“Pedimos ao Tribunal de Justiça de São Paulo a instalação de detector de metais nos fóruns. Depois disso, o TJ-SP passou a contar com uma comissão de segurança que faz um acompanhamento direto com os juízes”, relatou Brandão.
A Apamagis teve origem em 1953 com o propósito de constituir uma entidade beneficente, cuja finalidade seria proporcionar aos seus sócios assistência pessoal e material. Atualmente, segundo o desembargador, é a maior associação estadual de magistrados do Brasil, representando mais de três mil juízes, desembargadores ativos ou inativos e pensionistas em São Paulo.
Escolha proposital
Segundo servidores do sistema prisional paulista, o PCC escolheu a data propositalmente como uma forma de simbologia. O corpo de Machadinho foi enterrado no cemitério São Paulo, em Pinheiros, zona oeste da capital, em 15 de março de 2003.
Essa foi a "festa" dos integrantes do 15.3.3. Agentes penitenciários disseram que o PCC comemorou o assassinato do magistrado em vários presídios estaduais, especialmente na região oeste e noroeste do Estado.
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Ordem para assassinar o juiz Antonio José Machado Dias saiu da Penitenciária “Dr. Paulo Luciano de Campos” de Avaré (PI), vista aérea diurna da Unidade Prisional - Imagem: SAP |
A morte do juiz-corregedor é considerada o primeiro atentado terrorista cometido pela facção criminosa. O ataque está completando 20 anos.
Na época da acusação, Marcola chegou a escrever uma carta, à qual a reportagem teve acesso, alegando não ter envolvimento em atentados do PCC: "Fui contra qualquer ato criminoso, portanto, não é justo que eu seja punido por evitar o terror", diz um trecho da correspondência
Presa em 26/03/2003 pelo Deic em Osasco, a tesoureira da organização, Rosângela Aparecida Lendramandi, a Fia, teria servido de pombo-correio entre os mandantes e os executores do crime durante quatro meses.
Com Fia, a polícia encontrou quatro sacolas de bilhetes de presos do PCC, recibos e números de telefones dos líderes da facção.
Ela também é citada num bilhete que o preso Rogério Geremias, o Gegê do Mangue, enviou a Marcola para informá-lo do sucesso da operação que visava matar o juiz. O bilhete foi apreendido por funcionários da Penitenciária 1 do Avaré, onde estavam presos Gegê e Marcola.
Fonte: G1/UOL