Entidades de direitos humanos apresentaram queixa pela escalada da violência policial na Baixada Santista ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Isabela Palhares
8.mar.2024
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O governador Tarcísio de Freitas durante evento do Dia da Mulher na Sala São Paulo, nesta sexta-feira (8) - Marcelo S. Camargo/Governo do Estado |
"Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo feito. E aí o pessoal pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí", disse o governador.
A Conectas Direitos Humanos e a Comissão Arns apresentaram nesta sexta-feira uma queixa ao Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) pela escalada da violência policial na Baixada Santista. O movimento das entidades de defesa dos direitos humanos foi revelado pela coluna de Mônica Bergamo.
Na denúncia, a diretora-executiva da Conectas, Camila Asano, afirma que a gestão Tarcísio "vem investindo na violência policial contra pessoas negras e pobres".
As entidades pedem então a implementação do programa de câmeras no estado e a garantia de "atendimento adequado a vítimas, familiares e testemunhas de casos de violência policial".
"Solicitamos a este conselho que inste o estado brasileiro a estabelecer medidas de controle da violência policial no estado de São Paulo, assegurando a implementação do programa de câmeras corporais", afirma Asano, no vídeo.
Conectas @comissaoarns denunciaram as operações letais e escalada da violência policial na Baixada Santista, em São Paulo, promovida pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A denúncia foi feita durante a 55ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra… pic.twitter.com/70D3HHqN1v
— Conectas (@conectas) March 8, 2024
Antes da declaração em que ironizou a queixa à ONU, Tarcísio disse que as operações policiais são baseadas em inteligência, que o enfrentamento ao crime é feito de forma profissional e que excessos serão investigados e punidos.
"A gente está restabelecendo a ordem e isso é importante, não existe progresso sem ordem. Estamos restabelecendo o direito de ir e vir, restabelecendo a segurança, fazendo enfrentamento à maior organização criminosa do Brasil", disse o governador nesta sexta.
"Não tem bandido na polícia. E quando tem, quando tem excesso, esse excesso vai ser punido exemplarmente. Nós não vamos tolerar o desvio de conduta, não vamos tolerar indisciplina, tudo a gente vai investigar", completou Tarcísio.
Além da denúncia de Conectas e Comissão Arns, o Gaesp (Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial), do Ministério Público de São Paulo, disse nesta quinta (7) que abriu uma notícia fato para investigar denúncias de que os mortos na operação estão sendo levados como vivos para hospitais.
Governador fala que "não tô nem ai"....
O governador negou ter recebido tais denúncias e voltou a defender o trabalho dos policiais.
"A nossa polícia é extremamente profissional. É uma pena que toda hora as pessoas querem colocar a polícia na posição de criminosa. Não é isso, esses caras estão defendendo a gente, a nossa sociedade. Estão vestindo a farda para ir enfrentar criminoso", disse Tarcísio, também nesta sexta.
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Morte do Policial Samuel Wesley Cosmo foi o estopim do desencadeamento da Operação Verão, se tornando ainda mais letal que a Operação Escudo segundo a Defensoria e Entidades de Direitos Humanos |
A operação já é a segunda ação mais letal da história de São Paulo, atrás apenas do massacre do Carandiru, quando 111 homens foram mortos durante a invasão da Casa de Detenção, em 2 de outubro de 1992.
O número de mortes da Operação verão também já é superior ao de 40 dias de Operação Escudo, realizada na mesma região entre 28 de julho e 5 de setembro, quando 28 pessoas foram mortas. A ação foi deflagrada após o assassinato do também soldado da Rota Patrick Bastos Reis, 30. Assim como Cosmo, Reis estava em serviço ao ser atingido.
Colaboraram Débora Melo e Paulo Eduardo Dias
Fonte: Jornal Folha de São Paulo
Kardilho vulgo Guarda Juju do Marrey só levou tapa na cara, pronto falei... Priiii piiiiiii piiiii priiii piiiiiii piiiii priiii piiiiiii piiiii
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ResponderExcluirProjetinho de ditador chocado no ovo do bozó mentecapto mostrando as garrinhas detectado!
ResponderExcluirQueria ver o Tarcísio adotar a mesma postura se fosse um fato ou denuncia envolvendo um asp ou aevp. Aí sim eu lhe daria algum prestígio. Como isso nunca vai acontecer, continuo mantendo o meu desprezo por ele.
ResponderExcluirAcha que isso iria acontecer? Os Asps e Aevps estão sendo cassados, precessados e exonerados em Sindicâncias e PADs por escreverem em postagens de redes sociais ou por escreverem o que pensam sobre a SAP. Se isso ocorresse estariam todos presos e expostos a execração pública.
ExcluirClaro que isso não vai acontecer nunca, Lê. Foi isso que falei. Se preparem, quando vier a PP, vai ter muito pai de família sendo mandado embora com uma mão na frente e a outra atrás. Vai dar muita merda ainda. Quem vacilar, e com ctz vai, pois todo ser humano erra, vai vender salgado na rua. Aonde já se viu colocarem gente pra ver o que o funcionário posta em rede social? Já são tantas incumbências que o próprio esgotamento vai nos fazer falhar. Isso é evidente. Eu nunca quis ser polícia. Mas é algo inevitável agora. Vou continuar a fazer o meu melhor pra não sentar no banquinho e assim poder trazer o pão pra casa. Esse é o ritmo.
ExcluirQuem viu o pronunciamento da ONU, sobre o dia das mulheres? Maior hipocrisia! Só homens que manda, todos sentados, e as mulheres são subordinadas e todas de pé. Gostam de meter o nariz em todo lugar porém, não dão exemplo.
ResponderExcluirO filhotinho de ditador faz afagos e empodera somente a polícia que o Estado usa para descer o pau no cidadão que se atrever a reclamar da gestão privatizacionista e desastrosa dele, as outras polícias ele quer que se explodam.
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